The art of eyes contact

Junto de você

Boa noite!

Bem vindos a mais um capítulo e esse aqui está cheio de interações familiares :)

"You.

You are my good days"

f. d. soul

Acordei com um toque de celular em algum canto do quarto. Virei o rosto, notando que dois braços grandes me prendiam num aperto firme e morno, assim como a respiração morna tocando meu ombro. Kageyama dormia serenamente abraçado a mim, num sono tão gostoso que fiquei com dó de acordá-lo.

Meu peito se encheu com um sentimento gostoso. Era algo mágico, como se as coisas finalmente estivessem em seus lugares e o meu era ali, sendo envolto pelo abraço de Tobio.

Me virei com cuidado, notando que o sol já entrava pela fresta da cortina. Fiz um carinho no cabelo escuro, deixando um beijinho na têmpora dele, logo puxando o celular para atender, nem prestando atenção se era realmente o meu.

— Pois não? — murmurei, clareando a garganta, tomando cuidado para não acordar o jogador, que se moveu minimamente contra o travesseiro.

— Boa tarde meu anjo, espero que você esteja bem, mas me diga... que horas você vai buscar a Emma hoje? — Chuuya desatou a falar no meu ouvido, fazendo minha alma descer para o corpo mais rapidamente que o comum. Normalmente, eu só acordava depois de um bom banho e uma xícara de café bem forte, hábito que adquiri depois de morar no Brasil.

— Acho que durante a tarde? — indaguei, afastando o celular da orelha para ver as horas. Já passavam das 13:20. Havíamos combinado para depois do almoço, mas não esperava dormir tanto, nem estar incrivelmente dolorido.

Quem não estaria depois de uma madrugada mais agitada que festa universitária.

— Já é de tarde meu pedacinho de bolo de mel — quando ele queria - ou seja, estava de bom humor - conseguia usar apelidos fofos comigo e com Dazai — Vamos sair para um jantar às 19 horas com alguns amigos do trabalho — avisou e só pude suspirar.

Minha vontade era ficar a tarde toda agarrado a Kageyama, recebendo seus carinhos, conversando e repetindo tudo o que acontece a noite. Mas eu ainda era pai e não podia ser negligente por mais algumas horas.

— Então às 15 eu passo ai — disse, me despedindo rapidamente, percebendo que aquele belo par de olhos azuis profundos me fitavam curiosos — Boa tarde, bebê — larguei o aparelho, me aproximando e deixando um carinho na bochecha amassada pelo travesseiro. Suas pálpebras se fecharam, aproveitando o toque, me deixando mais bobo do que eu já estava.

— Já é de tarde, Shou? — Tobio se espreguiçou, me puxando para deitar em cima dele.

— Passando das uma — me aninhei ao peito definido, passando as mãos "inocentemente" pelo dorso, deixando um beijinho no maxilar marcado. Senti suas mãos se firmarem na minha cintura, me puxando para mais perto — Ainda animado? — sussurrei, me apoiando nos braços e enchendo seu rosto com bitoquinhas.

— Acordando ao lado dessa beldade... quem não ficaria — brincou, deixando uma passada de mão na minha bunda.

Ri, lhe acertando um tapinha no ombro.

— Vamos levantar? Vou fazer nosso café barra almoço — sai de cima dele, me sentando na cama, alongando minhas costas.

— Pode ser — sussurrou, deixando um beijinho na minha bochecha.