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🥀Bárbara Passos🥀

Coitada da Tainá, já tinha que ficar me ouvindo desabafar o tempo todo, agora então...

— ele só falava em abortar. Ele não chegou e perguntou se eu queria tirar, ele só determinou que eu tinha que tirar e deu.

— bem escroto da parte dele. Só você e o pai do bebê podem opinar sobre isso .

— o pai do bebê - reviro os olhos com força- aquele projeto de capeta- a morena ri - não ri, não. Aquele infeliz me chamou de promíscua e ainda meio que ordenou que eu não me envolvesse com ninguém durante a gestação porque não vai ser decente com o filho dele.

— bom, pensa positivo. Agora ele não vê problemas em dizer que é o pai do bebê.

—  ainda estou esperando você me dar um bom motivo pra pensar positivo.  Ele não faz mas que a obrigação em dizer que é o pai do bebê, afinal ele é o pai.

— relaxa Babizinha. Não é como se ele fosse conseguir atrapalhar todas as suas fodas durante os próximos seis meses.

— hmm...

— você tava na boate dele, ele viu. Mas ele não pode ficar de olho em você 24 horas por dia, 7 dias por semana.

— tem razão. Mas eu só queria deixar claro que odeio ele.

— já percebi isso. A cada 10 palavras sobre ele, 9 são xingamentos.

— tenho motivos de sobra pra xingar aquele energúmeno.

[...]

Eu já odiava vir pra faculdade, agora que tenho que lidar com enjoos eu odeio mais ainda . Essa criança não me deixa comer nada e mesmo assim quer que eu vomite. Já tô vendo que vai me dar trabalho.

— quais as novidades ? - encaro o Dean- o que você fez de bom enquanto eu estive fora? Foi quase dois anos. A gente perdeu contato nos últimos 5 meses. O que sem rolou nesses meses?

— ah, deixa eu pensar. O que aconteceu nesses últimos 5 meses? Eu fiz outro furo na orelha, fui em um show de rock, engravidei, troquei de carro...

— peraí, engravidou ? Você .. ? O que ?

— ah, eu tô grávida. 11 semanas ...

— puta que pariu. O seu pai ...

— é surtou.

Acho que se o bebê fosse do Dean meu pai não teria surtado. Ele sempre apoio nosso namoro, acho que ele nunca vai superar que o Dean não é mais o genro dele.

— meu Deus Babi, um bebê. Posso perguntar quem é o pai ?

— um cara aleatório. A gente não tem nada, nunca teve. Foi coisa de uma única noite.

— mas ele é um cara legal ?

— vai muito da sua definição de legal- dou um sorriso nervoso

— Babis ....

— ele é um merdinha arrogante. Me acusou de ser golpista e tudo mais ...

— nojento. Mas aposto que você tem o apoio das meninas.

— bom, da Maria Tainá eu tenho apoio completo. Da Hanna...

— Hanna é uma doída até vive no limite, e adora levar você junto. É normal ela não ser muito a favor dessa sua nova fase.

— muito a favor ? Ela sugeriu que eu devia abortar.

— ah...

— e você ?

— não é meu direito opinar sobre isso. Mas você tem que ter noção do quão grande vai ser a mudança na sua vida quando essa criança nascer.

— eu sei. Eu vou ter essa criança, estou disposta a passar por essas mudanças. Eu só não gosto que tentem me forçar a algo que não quero.

— o pai do bebê quer ?

— não falamos isso. - mas depois do surto de ontem - mas eu acredito que queira.

— você sabe que eu tô aqui pra te apoiar e super disponível para o papel de padrasto. E nós dois sabemos que eu ia mandar muito bem.

— espero que minha paciência como mãe seja tão grande quanto a sua persistência - ele ri - bom, ainda sobre o bebê. Você sabe a Carol ? - ele me olha confuso - Carolina Camilo.

— ah, sim a carolzinha. O que tem ela ?

— é a tia do meu bebê. O pai é  o irmão dela.

— eita porra ...

— bom a Carol é um anjo. De verdade Dean, ela é incrível- abro um sorriso.

— eu sei - ele sorri

                                         [...]

Ok. O que exatamente está acontecendo aqui ?

— eu vim de carro Ander, não preciso de carona .

— desculpe senhorita, mas eu não vim para lhe  dar carona . Eu tenho ordens para seguir o seu carro.

— seguir o meu carro ? Que merda é essa ?

— é  para a sua segurança.

— minha segurança?  Que merda é essa ? - repito a pergunta.

Camilo só pode estar maluco se acha que vou aceitar isso. Um carro me seguindo.

— eu engravidei, não virei a primeira dama do país- digo indignada- você não precisa me  seguir.

Meu pai é um juiz importante e põe um monte de criminosos na cadeia e nem por isso ele bota segurança as atrás de mim.

Não vai ser um dono de boate que se acha o dono do mundo que vai ficar me seguindo de um lado para o outro.

— olha, sei que isso não lhe agrada. Mas são ordens e  eu só estou fazendo o meu trabalho.

Ele tem razão, a culpa não é dele e sim daquele imbecil.

— que porra - viro as costas e vou até o meu carro.

Coloco minha bolsa no banco do carona e  dou partida rumo a maldita boate, pelo retrovisor vejo o carro do Ander  me seguindo.

— filho ?- respiro fundo- você vai me odiar se eu te deixar órfão de pai ? Porque a mamãe tá louquinha para bater nele, bater com muita força.

Quem esse cara acha que é ?  Tanta gente legal e a camisinha fura logo com esse traste ? Por quê o universo me odeia?

— não posso transar, não posso sair sem ser seguida...

Ele não pode me controlar, nossa ligação é  somente a respeito do bebê .  E eu vou cuidar muito bem do nosso filho, isso eu garanto. Mas ele que não venha querer dar ordens, porque isso não vai rolar.

Paro o carro na frente da boate e entro. Um dos funcionários do Victor tenta me impedir de subir para o escritório mas eu simplesmente ignoro.

Ele tem que me escutar e se por no lugar dele.

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora