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                         🥀Bárbara Passos🥀

Observo o Victor entrar no cômodo arrumando a manga da camisa. Ele deixa um beijo na minha testa antes de ir para a cadeira dele.

— pensei que você tinha saído - digo enquanto ele se senta.

— fui nadar um pouco, quando voltei pro quarto você não estava mais lá.

— fui para o meu, tive que me arrumar pra faculdade.

— hmm...- ele me encara - ELIZABETH.

Em questão de segundos ela está do lado dele com um sorriso no rosto. É nítido a diferença de tratamento aqui.

Antes não me incomodava tanto, agora me deixa extremamente irritada.

— sim, senhor ? - observo a bajulação enquanto devoro os meus morangos. Não gosto dela.

— Bárbara vai almoçar fora, não precisa fazer almoço. Quero que use o seu tempo para por as roupas e utensílios da Bárbara no meu closet.

— o que ? - Elizabeth e eu perguntamos ao mesmo tempo.

— faz semanas que dormimos no mesmo quarto, não faz sentido ocuparmos quartos diferentes.

— ah ...

—alguma objeção? - ele se serve de uma xícara de café.

— por incrível que pareça não.

— ótimo, cuide disso Elizabeth.

—claro. Vou por as coisas da gestante no seu quarto.

Olho indignada pra ela. Essa maluca não vai aprender meu nome nunca ?

— a sua patroa tem nome, Elizabeth. Acho que você já teve tempo o bastante para aprender ele. Não é ?

— sim, senhor - ela concordo - vou por as roupas da senhorita Passos no seu quarto.

— certo, já pode se retirar - ela sai da cozinha .

— tem certeza que você nunca pegou ela ?

— eu lembraria se tivesse.

— será ? Lembra do dia que eu fui te contar da gravidez?

— já te provei que lembrava de você.

— bom. Apaixonada por você - ele se engasga com o café.

— o que ?

— Elizabeth é apaixonada por você.

— ah. Não , ela não é.

— essa implicância comigo é nada mais, nada menos que ciúmes.

— acho que você está falando bobagem.

— Victor, você já viu como ela te olha ? Ela é totalmente apaixonada por você.

— bom, não faz diferença. Não quero nada com ela.

— por que é sua funcionária?

— esse é um motivo. Mas não o mais importante.- ele me encara.

— certo. Vejo você no jantar ?

— acho que chego bem mais tarde. Vou resolver algumas coisas no casarão.

— um dia em vou conhecer esse famoso casarão.

— se sair tudo como o planejado,não. Aquele lugar não é um ambiente bom pra vocês duas. É lotado de homens com um comportamento inadequado.

— mas você estaria lá ... Por que eu tô insistindo pra ir em um lugar que só tem droga e homem?

— também não sei, amor.

[...]

Depois da faculdade a gente almoçou e agora estamos em uma loja de roupa de bebê. Tainá e Carol estão super empolgadas. Hanna não veio, tinha compromisso .

Mas a regra é que cada uma pode comprar só 6 roupinhas. Um recém-nascido cresce rápido, vai ser muito dinheiro jogado fora. Ela nem vai sair muito de casa no início. Quando ela estiver maiorzinha, lá com seus 4 meses e começar a passear eu deixo elas comprarem mais.

— sua filha vai ser bem mimada - Dean diz ao meu lado .

— sim, vai. Principalmente pelo pai dela.

— que mudança. Do cara que te acusou de golpe pra pai babão.

— é....

— que bom, Manu merece um pai que ame e cuide dela.

Dean não se da bem com a família paterna, ele não derrubou uma lágrima quando soube que o pai morreu.

Ele é ligado a família materna. Os Moris são incríveis. Eu adoro à família da mãe do Dean.

— e seu pai, Babizinha ? Não se acertaram ainda?

— ele não coopera Dean, ele não consegue nem fingir que gosta do Victor.

Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas ele nem respeita o Victor. Tá sempre implicando e deixando bem claro o seu desgosto e sus infelicidade em não ter um neto do seu antigo genro.

— queria que eles ao menos tentassem se dar bem pela Manu.

Ele põe a mão na minha barriga e fica fazendo carinho.

— talvez a situação mude quando ela nascer. Seu pai pode não gostar do Victor, mas não vai perder a infância da neta.

— amo você - abraço ele - Sua amizade é muito importante pra mim.

As vezes fico mal por não contar tudo sobre o Camilo pra ele.

— também amo você.

Eu acabei passando o dia todo fora, jantei na casa da Carolina e depois vim pra casa. Como dito, Victor não estava em casa.

Minhas roupas e acessórios já estão no closet do Victor e meus produtos de higiene já estão no banheiro.

Tomei o banho e coloquei uma blusa do Victor, meus pijamas já não cabem mais em mim. Não vou comprar já que não vou usar depois da gravidez.

Deitei na cama e capotei. Nem escutei quando o Victor chegou e foi pro banho, só notei a presença dele quando a cama afundou.

Ele parece tenso. A forma como ele respirou fundo ao deitar

— tudo bem ?- viro na direção dele.

— tudo sim - deito minha cabeça no ombro dele e a mão dele vai até meu cabelo acariciando.

— tá bom. Boa noite, Victor

— Boa noite, amor.

Não fico no ombro dele por muito tempo já que a posição não é muito boa por conta da barriga. Deito de lado e Victor me abraça por trás.

— você vai pra boate no meu aniversário?

— claro que vou - ele deixa um beijo no meu pescoço, vou ficar de olho na senhorita- isso me tira uma risada

— não vai cortar a minha onda.

— claro que não. Vou cortar a onda de quem se aproximar.

— você é muito chato.

— só cuido do que é meu.

— não sou sua, Victor.

— é sim. Se acostume.

Manu deve me odiar porque mudo de posição de novo. Agora deitada de frente pro Victor.

— você parece ter muita certeza que " eu sou sua".

— certeza absoluta- ele põe uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— não concordei com isso- ele ri e me dá um selinho.

— que pena -ele afunda a língua na minha boca me beijando e tirando um gemido baixinho- Babi?

É estranho ouvir ele me chamando de Babi, geralmente é Bárbara.

— oi ?

— também gosto do que estamos tendo agora...

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora