Durante uma conversa entre um café e outro, me pediram para descrever você, querido estranho. E, daquele momento em diante, me pego relembrando seus traços e jeitos que por tanto tempo me encantaram.
E, dito isto, segui me questionando se me apaixonei por você por causa da cor do seu olho claro, o seu par de pequenos infinitos particulares escondidos sob os óculos ou se pelo seu cabelo cacheado, castanho, que nunca te encantou como a mim. Talvez tenha sido pelo seu sorriso, que em toda dança sempre me pareceu tão brilhante e sincero, fazendo o mundo se tornar pequeno ao seu redor. Quem sabe também tenha sido pelo jeito que a sua barba lhe servia tão bem, sempre impecável no seu rosto.
Talvez tenha me apaixonado pelo aconchego do seu abraço, afinal meu corpo inteiro cabia e fazia morada ali, permitindo aos nossos corações ficarem frente a frente em sintonia. Imagino que também me perdi em cada detalhe seu desde a maneira com que seu sorriso surgia durante as nossas conversas e da sua voz tão doce que eu sempre amei ouvir nas canções tão minhas que me enviava.
Mesmo assim, com tantos detalhes pairando em minha mente, ainda não sei afirmar quando foi que me perdi em você, nem sei ao certo qual ponto seu fez com que eu me tornasse alguém completa e totalmente entregue a você. Apenas sei que mesmo depois destes anos todos, uma parte minha seguirá amando a suavidade do seu toque e do seu beijo pousando com delicadeza em meus lábios, permitindo que você, por algum tempo, se tornasse morada em cada parte do meu ser.
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Infinitos de um coração particular
Roman d'amourSentimentos perdidos, confusos e intensos demais para permanecerem guardados em um só ser. Um coração que sente muito além do que consegue manter. Intenso demais, sentimental demais, verdadeiro demais.