11- Respeito

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Para quem queria me bater: bate que eu adoro ;) kkkk

Agora sério (não que eu estivesse brincando), espero deixá-las mais feliz nesse capítulo!

Boa leitura, garotas(os) verdes!

—Eu ainda não consigo acreditar. Cara, como você virou aquela menina tão gostosa e fofa?

—Nem me fala, saudades peitinhos do Luke.

—Vão se foder — ralhou o loiro rindo enquanto se arrumava.

Tinha acabado de deixar o banho e não esperava que os amigos estivessem em seu quarto jogando vídeo game quando saísse, por isso tinha apenas uma toalha enrolada na cintura.

Já fazia quase uma semana que tudo aconteceu e, como bons amigos que eram, já conseguiam fazer piadas para amenizar a situação. Quer dizer... Desde que o nome Michael não estivesse no meio.

—Merda, Ashton! Para de apertar qualquer botão e joga direito, porra!

—Eu disse que não gosto de FIFA, idiota!

—Então escolhe outro!

Luke enfiou uma Tanktop qualquer observando a briga, mas acabou se distraindo com a imagem dos dois, mais especificamente com a de Calum.

Quando Cal veio lhe visitar a primeira vez, ele estava um tanto desconcertado e assustado, mas em momento nenhum teve nojo ou o tratou diferente; pelo contrário, o moreno lhe visitou todos os dias junto a Ashton.

No começo Luke supôs que o cacheado havia lhe contado tudo, mas logo descobriu que quem o tinha feito foi Michael. E apesar de não saber como exatamente o platinado o fez, sabia que não poderia ter sido ruim já que ele estava lá agora, em seu quarto sendo o mesmo Calum de sempre.

Quanto ao outro, não tinham se falado mais. Os garotos afirmavam que ele logo entraria em contato, mas não sabiam ou não queriam lhe dizer o que ele pensava sobre Luke agora. Seu coração era bondoso e grande demais, mas isso não significava que o aceitaria depois de tanta loucura.

Um dia, quando Calum esqueceu o celular desbloqueado no banheiro, o loirinho não resistiu e entrou nas mensagens dos dois. Não podia demorar então leu apenas as últimas. Nelas Michael perguntava onde ele estava e, quando soube que era em sua casa, perguntou se Luke estava bem. Calum escreveu "daquele jeito" e perguntou o que ele fazia, mas Michael não respondeu de volta. Com essas informações, não conseguiu se quer sofrer ou aliviar a dor que sentia no peito; apenas ficou mais ansioso do que já estava.

—Ô, loira! — Luke chacoalhou a cabeça no susto, saindo de seus pensamentos para ver os amigos encarando-o preocupados — Para de carregar aí e senta aqui perto que temos que falar com você.

Luke se sentou no chão ao lado da televisão, esticou suas longas pernas e suspirou cansado de não fazer nada. Afinal, desde que voltou a ser O garoto gay, era arriscado sair de casa. Poderia voltar com algum membro quebrado, chorando ou quem sabe nem voltar. De qualquer forma, sua vida de prisioneiro havia recomeçado naquela merda de cidade preconceituosa.

—E então? Qual é a boa? — brincou estranhando quando os dois pausaram o jogo e saíram da cama para acompanha-lo no chão.

 Ashton soltou alguns resmungos por culpa de uma caixa de papelão incomodando suas costas. A empurrou para de baixo da cama vendo Luke dar de ombros; não era como se tivesse outro lugar para guardar as roupas de Lucy. Também não se livraria delas, não sabiam se um dia voltaria a se transformar.

Todos acreditavam que suas preces haviam feito aquilo e que sua sina foi cumprida quando Michael disse que lhe amava, mas vai saber. O mundo provou ser um lugar louco, não precisava necessariamente seguir uma lógica.

Can You Love Me Again? [muke]Onde histórias criam vida. Descubra agora