Desculpas - XII

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Depois de ter esfriado mais a cabeça, Lucas me convidou para dormir com ele e prometeu não tentar nada. Não demorou muito para cairmos no sono.

De manhã, as 10, ele me levou para casa e quando cheguei, tratei logo de tomar um banho e assistir aquela série.
Tinha desistido de assistir no quarto, então peguei o celular e desci até a sala, liguei a TV e aguardei a série começar.

Senti uma leve vibração, era meu celular. Olhei no visor e para minha surpresa, quem estava me ligando era Hyan. Não atendi e ai que cada vez mais ele retornava.

Peguei o celular e o-atendi

- Qual o seu problema?

- Primeiramente bom dia, segundamente, não desliga.

- Me dê um motivo para eu não fazer isso.

- Eu sou seu irmão e... Eu quero te pedir desculpas.

- Desculpas? Se eu soubesse que funciona assim, tinha dito pra Lucas bater com mais força.

- Não força a barra, estou sendo civilizado com você, retribua.

- Você precisa tomar vergonha nessa cara, qual é, você tem 21 anos!

- Nossa, tenho 21, sou mais velho a um ano por isso tenho que medir minhas atitudes para dar exemplo para minha pobre e indefesa maninha.

- Vai se ferrar!

~ Desliguei o telefone ~

- Idiota! - Exclamei.

Ele novamente me ligou e eu o-atendi

- Para! - Gritei

- Calma, foi sem querer.

- sem querer? Acha que isso resolve tudo?

- Beatriz, me perdoa. Olha, eu já queria te pedir desculpas antes só que você já veio pra cima. Eu até poupei seu namoradinho.

- Ah, claro!

- Por favor, se você não me desculpar por telefone, eu vou ai pessoalm....

- Eu te perdoou, tchau.

~ Desliguei o telefone ~

Não era pra valer, era só para me livrar dele.

. . .

Um tempo depois e ainda sentada no sofá, escutei a buzina de um carro, era Souza.
Sai, e fui até o carro, rapidamente ele abaixou o vidro.

- Oi Souza! O que meu pai quer desta vez?

- Bom, ele disse que tentou falar com você e não conseguiu, então, mandou eu vir te buscar, e contar da novidade.

- Novidade?

- Sim, ele mandou ser direto, disse que não queria que você gastasse seu dinheiro, então comprou um carro para você... Está em uma vaga reservada na garagem da empresa. Está pronta?

- Você está falando sério?

- Eu pareço estar brincando, Senhorita Figueiredo?

- Não, claro que não, foi uma pergunta boba. Eu vou trocar de roupa rapidamente e já estou voltando.

Corri de volta para a casa com um sorriso estampado no rosto, e subi de 2 em 2 degraus a escada. Peguei qualquer roupa arrumadinha e coloquei.
Fui até o banheiro e arrumei o cabelo. Desci correndo, desliguei a TV e peguei o celular.

Sai e fui em direção ao carro, entrei no mesmo, e fomos.

. . .

Chegando lá, fui recebida por Taís, (infelizmente) ela me disse para ir direto para a garagem, por que meu pai já estava me esperando. Quando cheguei lá, dei de cara com um carro coberto com um lençol branco. E meu pai, falando ao telefone logo ao lado. Quando me viu, tratou de desligar.

- Querida! Está bonita! - Me abraçou

- Obrigada pai, você não vai acreditar em quem me pediu desculpas.

- Quem? - Perguntou com as mãos na cintura.

- Hyan.

- Hyan? Seu irmão?

- Pois é.

- Tem certeza que estamos falando da mesma pessoa, amor?

- Tenho pai, isso foi agora cedo.

- Ora, ora, ora! Parece que o grandão está finalmente amadurecendo. Ou não. - Indagou. - Então! Sem mais delongas, coisa que eu odeio. - pegou no lençol - aqui está o seu carro! - Puxou.

- Este é um Kia cerato flex, da cor neve, como você pode ver. Fiquei indeciso em comprar um vermelho, porém, achei muito feio e provavelmente você também iria achar. Oque achou querida?

Eu com a boca aberta, fazia movimentos com a mão sem acreditar no que eu estava vendo.

- Pai, ele é lindo - Disse com voz de choro e o-abracei - Obrigada.

- De nada amor. Você tem carteira de motorista, certo?

- Tenho. - Ri de nervoso.

- Ok, então você já pode sair dirigindo. Aqui está a chave - me deu. - Os documentos estão no porta-luvas. Eu não vou poder dar um passeio com você agora, tenho muito trabalho, mas, qualquer dia eu me dou uma folga e vou te visitar. Agora pode ir querida.

- Obrigada, obrigada, obrigada - destranquei o carro.

Entrei, e sentei em seu banco ultra confortável. Aquele cheirinho de carro novo reinava. Meu pai, de frente para o carro, me deu tchau, e saiu, Indo em direção ao elevador.

Liguei o carro, e logo botei ele para andar.
Dava algumas falhas, pois a última vez que dirigi foi quando meu amigo me emprestou o carro dele em uma festa, a meses atrás.

Depois de sinais ultrapassados, fiz juízo as notas boas na auto-escola e comecei a me acostumar mais com o carro, mudei a direção e fui até a casa de Lucas, para apresenta-lo ao novo xodó.


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