Amizade Colorida

Perdão - XXXI

- Meu Deuuus... - Estendi, de boca aberta em frente ao espelho. - Esse vestido é simplesmente maravilhoso! - Dei meros pulinhos. (Foto do vestido na divulgação de imagem do capítulo)

- É incrível não é? E esse corpo? que ajuda em muito - Elogiou

- Cade!? Eu quero ver! - Gritou Hyan, da sala.

- Espera! - Exclamei - Júlia... Você não acha que está muito exagerado? Sei lá.

- Está ótimo! Perfeito para ocasião, cores neutras é coisa do passado, Relaxa. - Acalmou. - Amiga, o Lucas vai?

- Não - Bufei - Eu também... - Indaguei - acho bem melhor assim.

- Será? - Se aproximou e ficou de lado, se apoiando com a cabeça em meu ombro, fazendo com que nós duas ficássemos em frente ao espelho. - Vocês ainda se gostam muito e eu tenho certeza que ele não foi atrás dela.

- Por que diz isso? - Forcei um sorriso - Eu não quero mais, entende? Acho que entre nós dois já deu tudo o que tinha que dar, apesar que...

- Eu sei que esse "já deu tudo o que tinha que dar" muda sempre que você realmente para pra pensar, não é? - Sorriu - Amiga - Me virou colocando em sua frente e segurou meus braços. - Não tire conclusões precipitadas! Você nem ao menos sabe o que ele foi fazer na rua.

- Hoje mais cedo nós quase nos beijamos, ele disse aquelas mesmas duas palavrinhas... "Que saudades", Ah... Isso acaba comigo - Bufei, me soltando de Júlia que nem ao menos fazia força com os braços e me sentei na cama.

- Sério? Porque não se beijaram? - Sentou ao meu lado.

- Porque justamente foi ai que a Yasmim apareceu.

- Ótimo... - Resmungou

- Opa... - Disse Hyan, desacelerando após apresentar uma pressa ao vir para o quarto. - Que isso! - Afinou no final, se aproximando.

- Gostou? - Sorri de lado, me levantando.

- Você está maravilhosa! - Pegou em minha mão e me rodou - Assim você vai acabar saindo casada de lá também.

- Bem que ela queria, porém com aquela pessoinha certa... - Disse baixo.

- O que? - Perguntamos juntos.

- Nada - Respondeu rápido.

- Então tá... Hyan, e sua namorada?

- Terminei - Disse frio, ajeitando o cabelo no espelho.

- E você diz isso, assim? - Ri - Ela aparentava ser uma pessoa legal, mas não vou perguntar o motivo.

- Acho bom - Parou rapidamente a admiração no espelho e me deu um leve beijo na testa. - Te vejo no casamento.

- Já? - O-abracei

- É... Eu... - Resmungou um pouco como se não espera-se o abraço e em seguida me abraçou mais forte e logo escutei sua respiração mais aliviada.

- Tudo bem? - Perguntei.

Ele se direcionou para perto da minha orelha e disse baixo - Você não sabe como é bom receber um abraço seu novamente, eu tive que vir aqui, fazer o meu papel de irmão, te elogiar e me desculpar...

- Vou deixar vocês conversando. - Avisou Júlia, já saindo do quarto.

Saiu de perto da minha orelha e ficou na minha frente com uma certa distância.

- Aliás, Desculpa é um pedido meio fraco em comparação ao que eu fiz. Eu te peço perdão, se eu já pedi, eu não me sinto nem um pouco desconfortável em repetir isso.

- Tudo b...

- Olha - Me cortou - Eu admiro muito você e tenho um enorme orgulho de ter você como irmã, por você ser corajosa o suficiente para reconstruir um laço comigo depois do que eu fiz. Eu queria admitir o que eu não tive coragem.

- Hyan, não precisa - Pedi, colocando minhas duas mãos sobre seu rosto.

- Precisa sim! - Agarrou minhas mãos e tirou sobre seu rosto. - Eu contratei aquelas garotas e liberei a sua casa, eu tive coragem de participar do plano do Thomas, EU - exclamou - Tive a coragem de gravar a sua reação após você ver ele com aquelas meninas na sua própria cama. Ele te chamou de otária Bia, e eu que deveria estar de protegendo, ria do outro lado da câmera - Deixou escapar uma lágrima e logo enxugou-lá.

- Hyan, esquece isso, nós éramos jovens, não tínhamos noção de quase nada que fazíamos. O que importa é que agora você tem consciência disso e eu estou muito feliz por isso. - o-abracei novamente - Eu te amo maninho, e independente de qualquer coisa vou continuar te amando.

- Eu também te amo muito baixinha - Me levantou por segundos e me colocou novamente no chão.

Quando nos soltamos, ele deu dois pulinhos e sacudiu suas mãos, respirando fundo. - Ok, vamos parar, antes que eu comece a chorar aqui. Meu rímel foi muito caro - Brincou.

- Ainda bem que eu não estou usando - Ri e enxuguei as lágrimas que apostavam corrida em meu rosto - Você vai ficar muito lindo de terno - Fiz um rápido carinho em seu cabelo.