Morder a sua boca - XIX

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A festa já estava na faixa da madrugada e cada vez ia chegando mais gente, Lucas havia incorporado o lado cafajeste e enquanto olhava para mim, beijava Yasmim.

Me cansei, avisei para Júlia e ela mandou ir para o seu apartamento. Dave também estava percebendo a tal cena desnecessária e pediu para ir junto. Então fomos.

Quando chegamos na casa de Júlia, trancamos a porta como ela havia pedido, e logo nos jogamos em seu sofá.

- Porque aquele tal de Lucas te olhava daquela forma?

- É uma longa história... - Avisei.

- Vocês já tiveram algo, não é? Por que pelo que eu sei, vocês dois moram juntos.

- Sinceramente? Sim. Já tivemos. Só que eu estou começando a me arrepender disso.

- Então... Eu estou com a baba dele?

- Não - Ri - Idiota.

- Ahhhh - Se aproximou - Isso sim é uma boa notícia. - Me puxou pelo ombro e me beijou e em seguida se direcionou para o meu ouvido e sussurrou - Deixa eu fazer você esquecer dele.

Quando ele ia voltar para me beijar novamente, Júlia começou a bater fortemente na porta e eu logo levantei e fui abri-la.

- Oque aconteceu? - Perguntei.

- Desculpa atrapalhar o casalzinho, só pra avisar que tem um quarto de hóspedes, vocês podem dormir lá.

- Só para isso?

- Não, também vim pra pegar mais cerveja.

- Ah, Ok.

Virei para Dave e vi que ele estava com a mão na boca, como se estivesse rindo de algo. Talvez por causa da palavra "casalzinho" então, deixei para lá.

- Bia, me ajuda a levar? - Pediu Júlia, já me dando as garrafas.

- Quer que eu ajude também? - Perguntou Dave, se levantando.

- Nananão, pode ficar ai bonitinho, depois eu trago a sua donzela de volta. - Provocou.

Levamos as garrafas até o salão e quando chegamos lá, Yasmim estava com a perna cruzada e com um bico enorme.
Perguntei para Júlia se Lucas tinha ido embora e rapidamente ela me respondeu.

- Ata, ele disse que queria falar muito com você. Acho que ele está na parte de trás do parquinho. - Deduziu pegando as garrafas de minha mão e colocando no chão.

Fui a procura de Lucas no lugar indicado pela Júlia, mesmo não querendo muito.
Quando cheguei no local, ele estava encostado na parede e olhava para o céu. Cheguei sem nenhuma delicadeza, já perguntando o que ele queria.

- Vem até aqui, eu quero ter uma conversa séria com você - Ordenou.

- Ah, jura? Comigo? Sobre o que? - Me aproximei do próprio

Logo ele chegou mais perto ainda, deixando nossos rostos quase colados.

- Eu estou sendo um idiota de estar com ela e ainda continuar pensando em você. - Colocou a mão em minha nuca, e acariciou meu cabelo em seguida. - Eu sinto falta da sua boca, de pode morder ela.

- Sai - O-empurrei - A escolha foi sua, você que quis que fosse assim - coloquei o dedo indicador em seu peito - Você perdeu. - Afirmei e virei para ir embora.

Ele fortemente me puxou pelo braço e me colocou na parede.

- Porque você sempre faz isso? - Tentei empurra-lo

Ele me conteu, segurando os meus dois braços, fazendo com que eu não conseguisse sair e se aproximou para me beijar.

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