Amizade Colorida

II

Depois de comer uma besteira qualquer com Júlia e conversar sobre as possíveis traições da festa, voltei para casa com um ponto de interrogação na testa, de quem é aquela voz?

Já no outro dia,

~ toque do despertador ~

– Despertar no domingo? Mas que...

Após minhas tarefas matinais, desci até a cozinha e preparei o café da manhã. 

Eu desaprendi a fritar um ovo, eu acho... 

Sentei no sofá e chequei as horas, 10:01 marcava o relógio. 

~ toque da campainha ~ 

Levantei do sofá e fui até a porta.

Ao abrir a porta, me deparei com um rapaz alto, com um sorriso esticado e iluminado que até os meus vizinhos poderiam ver. Era lindo, e o melhor é que eu o-conhecia. 

– Lucas? – Confirmei a identidade do sujeito, mesmo o-reconhecendo. 

– Surpresa! – Anunciou me dando um abraço apertado

– Que saudade! Quanto tempo! Seu maluco! Por que não disse que era você por telefone? 

Após um beijo molhado em minha mocheca, ele respondeu – Calma! Desde quando você tem essa mudança de humor tão drástica? É assim que são feitas as surpresas. 

– Desculpa – Parei por um segundo para admirar seus lindos olhos azuis. Estavam mais claros, isso é possível?  – Entra! Fica à vontade.  

– Obrigado. – Agradeceu gentilmente, já se acomodando no sofá. – Tinha esquecido de como você é bonita. 

Respondi ao elogio apenas com um sorriso sem mostrar os dentes, o-acompanhando sentando no sofá. – E então, o que te trás aqui? – Perguntei. 

– Tenho alguns compromissos com meu pai por aqui, aluguei um apartamento e to me acostumando. – Sorriu – E você? Beijando muitas bocas? 

– Você não muda, né? –  Retribui o sorriso –  Sem nenhum relacionamento, se é isso que você quer saber. 

– Não vou mentir, eu estava ansioso por essa resposta. –  Me encarou, analisando minha boca sem ser discreto. –  Estava com saudades de você.