Capítulo 10. Destruo Alguns Foguetes

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Atravessei o Mall em disparada, sem ousar olhar para trás. Irrompi no Museu Aeroespacial e tirei o boné de invisibilidade assim que passei pela área de entrada.

A parte principal do museu era um espaço imenso com foguetes e aviões pendendo do teto. Três níveis de balcões se espiralavam em torno do espaço, de modo que você podia olhar as exibições de diferentes alturas. O lugar não estava lotado. Eram apenas algumas poucas famílias e uns dois grupos de excursão de crianças, provavelmente numa daquelas viagens escolares de férias. Eu queria gritar para que eles fossem embora, mas concluí que isso só me faria ser preso. Precisava encontrar Yamileth, Alex e as Caçadoras. A qualquer minuto os esqueletos iriam invadir o museu, e eu não achava que eles se contentariam com uma audiotour.

Esbarrei com Yamileth — literalmente. Eu estava subindo a rampa para o último balcão e me choquei contra ela, derrubando-a numa cápsula espacial da Apollo.

Alex gritou, surpreso.

Antes que eu pudesse recuperar meu equilíbrio, Any e Heyoon tinham flechas apontadas para o meu peito. Seus arcos tinham simplesmente surgido do nada.

Quando Any se deu conta de quem eu era, não pareceu ansiosa para baixar o arco.

— Vós! Como ousais mostrar vossa cara aqui?

— Noah! — exclamou Alex. — Graças a Deus.

Any fuzilou-o com os olhos, e ele enrubesceu.

— Isto é, hum, aos deuses. Você não devia estar aqui!

— Josh — disse eu, tentando recuperar o fôlego. — Ele está aqui.

A raiva nos olhos de Yamileth imediatamente se dissolveu. Ela pôs a mão no bracelete de prata.

— Onde?

Contei a eles sobre o Museu de História Natural, o sr. Sarça, Josh e o Chefe.

— O Chefe está aqui? — Any parecia estupefata. — Isso é impossível. Estais mentindo.

— Por que eu mentiria? Olhem, não temos tempo. Guerreiros-esqueletos...

O quê? — perguntou Yamileth. — Quantos?

— Doze — respondi. — E isso não é tudo. Aquele cara, o Chefe, disse que estava mandando alguma coisa, um amiguinho, para distraí-los por aqui. Um monstro.

Yamileth e Alex trocaram olhares.

— Estávamos seguindo o rastro de Ártemis — disse Alex. — Eu tinha quase certeza de que ele nos indicava este local. Um cheiro forte de monstro... Ela deve ter parado por aqui procurando o monstro misterioso. Mas ainda não encontramos nada.

— Any — disse Heyoon, nervosa —, se é o Chefe...

Não pode ser! — disse Any bruscamente. — Noah deve ter visto uma mensagem de Íris ou alguma outra ilusão.

— Ilusões não quebram pisos de mármore — disse eu.

Any respirou fundo, tentando acalmar-se. Eu não sabia por que ela estava levando tudo tão para o lado pessoal, ou como ela conhecia esse Chefe, mas concluí que aquele não era o momento de perguntar.

— Se Noah estiver falando a verdade sobre os guerreiros-esqueletos — disse ela —, não temos tempo para discussões. Eles são os piores, os mais terríveis... Temos de partir agora.

— Boa ideia — concordei.

— Eu não vos estava incluindo, garoto — replicou Any. — Não fazeis parte desta busca.

Noah Urrea e os Olímpicos: O Anátema do Colosso [3]Onde histórias criam vida. Descubra agora