Fevereiro de 2016
"Tira a mão de mim, seu arrombado!!!"
Quando a voz familiar acompanhada de um estrondo soou do outro lado do pub, Kazutora estava sentado à mesa mais próxima da saída há tão pouco tempo, que o garçom ainda nem tinha retornado com a cerveja que ele pediu.
Era noite de sexta-feira. Chifuyu saiu para se encontrar com os antigos amigos de gangue. Além do chefe, Draken e Pah-chin também o telefonaram convidando para se reunirem, mas ele imaginava que Shiori estaria presente e preferiu recusar o convite... mais uma vez. Ela não queria vê-lo e, talvez, precisasse estar junto daquelas pessoas mais do que ele. Para escapar um pouco da rotina, que se resumia a casa, trabalho e uma certa atividade de monitoramento, e aquecer a noite fria de inverno, Kazutora decidiu passar em um bar próximo de seu bairro depois do expediente.
A surpresa ao reconhecer o rosnado furioso o fez se dirigir até o fundo do estabelecimento, mas ele não poderia dizer que a cena que encontrou ali também não fosse familiar. Havia um homem jovem, na casa dos vinte e poucos anos, porte atlético, cerca de um metro e oitenta de altura e vestido com roupas caras da moda, caído no chão com um olho roxo e o rosto esfolado. Ele tinha as costas amparadas contra o balcão do bar e parecia ter acabado de ser derrubado. As pessoas mais próximas voltavam seus olhares assombrados para a responsável pelo nocaute.
Diante do desconhecido, a mulher de cabelos negos, com mechas internas descoloridas, usando mini saia justa, jaqueta de couro e botas de salto com cano alto, segurava um copo de vodka e fuzilava sua vítima com olhos ameaçadores.
"Acha engraçado passar a mão em mulheres desacompanhadas?! Wicup!" com as pernas um pouco bambas, ela soluçou e apontou para o outro. Estava visivelmente irritada e... embriagada "Depois que eu te der uma lição, você vai se cagar só de pensar em tocar numa bunda outra vez!"
"Vadia desgraçada!" o homem retrucou no mesmo tom, enquanto se levantava apoiando-se no balcão às suas costas "Você vem encher a cara com essas roupas de puta e ainda quer achar ruim quando é tratada como uma?! Teve sorte de me acertar quando eu estava despreveni..."
"Aarrgh!! Cê tá morto, filho da puta!!" a mulher atirou o copo que segurava no chão, alcançou o outro com um soco em punho e arregalou os olhos surpresos quando sentiu a pressão da mão firme segurando seu pulso para travar o golpe a milímetros do rosto do oponente.
"Já chega, Shiori! Você está caindo de bêbada." Kazutora falou severo ao observar que dois funcionários do estabelecimento se dirigiam para o local da briga com expressões nada satisfeitas "Quer ser enxotada daqui pelos seguranças?!"
"Não me toque!" ela puxou o pulso ainda mais raivosa "E sai fora, que isso não é assunto seu."
"Então a vadia trouxe o namorado?!" como se lidar com Shiori alcoolizada não fosse difícil o suficiente, o homem que a provocava se aproximou dos outros dois, dando prosseguimento à importunação "É até melhor, eu não curto muito bater em mulheres. Mesmo nas que merecem..." ele encarou Kazutora "E ai, cara?! Vamos resolver isso lá fora!"
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Burakkutora
Fanfiction"A Toman não é o lugar certo para você ter experiências que o ajudarão a crescer como adulto. Então todos, por favor, embarquem em jornadas para achar seus valores. Eu também perseguirei a minha própria para achar o que é importante para mim. E, tal...