21 - Irmãos

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Agosto de 2005

Um prédio abandonado sob o céu azul em uma tarde ensolarada de Tokyo. As janelas quebradas, paredes grafitadas e rachaduras por toda a estrutura. Ruídos, ora metálicos, ora orgânicos, se misturavam aos sons de passos, saltos e suspiros que ecoavam do interior.

"Toma essaaa!!" o rapaz de cabelos negros, amarrados em um rabo de cavalo, segurou o bastão de bambu com as duas mãos e o moveu velozmente contra o abdome da garota de cabelos longos com mechas descoloridas nas pontas.

"Hoje não, cuzão!" ela abaixou de uma vez, se desviando do golpe, estendeu a perna e girou o corpo, batendo o tornozelo contra os pés do oponente.

Baji caiu, batendo as costas pesadamente contra o chão e, antes que fosse capaz de qualquer movimento, Shiori estava sentada em seu abdomem, pressionando a balisong fechada contra o pescoço dele.

"Você morreu. Hehe." ela sorriu convencida e com o mesmo tom que usava nas raras ocasiões em que nocauteava o irmão, saiu de cima dele e estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar.

Keisuke desconsiderou o gesto e se pôs de pé sozinho. Shiori ignorou a expressão rabugenta do mais velho e deu a lição. Afinal, foi ele quem a pediu que aproveitasse a tarde de folga para ajudá-lo a treinar.

"E hoje aprendemos que o Yantok [1], é uma ótima arma quando se está em desvantagem numérica. Mas não é a mais eficiente contra um só oponente de punhos vazios, porque limita sua velocidade e movimentos, principalmente quando usado só para ataque como você fez. Mas você já sabe disso e não é o tipo de pessoa que deixa tantas aberturas na defesa. Por que está tão distraído?"

"Merda!!" Keisuke esbravejou raivoso e bateu o bastão deitado contra a própria coxa, partindo o objeto em dois.

"Meu bastão, desgraçado!"

A caçula se revoltou imediatamente e, em um primeiro momento, cogitou acertar o irmão com os cacos da arma quebrada até que fosse remendada por mágica. Mas ela não faria algo assim, não contra Keisuke. Diante do nervosismo da pessoa que nunca quebrou a promessa de sempre estar ao seu lado, a empatia falou mais alto.

"Aniki, eu soube sobre o Pah-kun. Ele pegou seis meses né?! Também ouvi que o Mikey-kun e o Draken-kun brigaram. É isso o que está te chateando?"

"..."

Os olhos de Baji agora eram muito mais melancólicos do que raivosos, uma expressão rara de se ver no rosto daquela pessoa. Ele se sentou em silêncio em um degrau da pequena escada no galpão. A garota tirou uma squeeze da mochila, jogada próximo à parede, e o seguiu.

"Hey... eu sou a sua irmã, você pode se abrir comigo." ela se sentou ao lado dele e ofereceu a garrafa com água "Você podia ter me contado sobre o que tá rolando na Toman. Às vezes conversar alivia mais do que quebrar coisas."

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