𝟶𝟻

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Felix estava com os pensamentos a mil, pensava o porquê era tão odiado pelos alunos. Poxa, ele era superior a um beta e mesmo assim continuava sendo zoado, até mesmo por híbridos de sua classe.

Enquanto pensava acabou se distraindo e batendo em alguém, ação que o fez cair com a bunda no chão. Quando ele ergue o olhar, viu um garoto de cabelos escuros e um sorriso angelical, acompanhado de belos olhos, os lembrava de uma raposa.

— Está tudo bem? Machuquei você? — dizia preocupado, ajudando o loiro a se levantar e checando se o mesmo estava bem, e, apesar da queda, ele aparentava estar ótimo.

— Estou bem, obrigado. — sorriu fraco, querendo escapar longo das vistas do moreno. Felix não gostava de esbarrar em pessoas, ainda mais as que não conheciam.

— Como você se chama, eu sou...

— Desculpe, tenho que ir... Minha vó está passando mal! — o sardento inventou qualquer desculpa e rapidamente desapareceu ao correr, deixando um moreno confuso para trás.

— Que loucura... — aquele garoto decidiu seguir seu caminho, logo encontrando seu primo de longa data e sorrindo largo, abraçando apertado. — Hyunijn, que saudades em vê-lo!

( . . . )

Quando Felix chegou em casa correu para seu quarto, jogou a mochila em qualquer canto do cômodo, deixando sua mãe curiosa para trás enquanto perguntava o que queria almoçar. O loiro pegou rapidamente seu celular e ligou novamente para o primo, não contendo o sorriso e Chris logo franziu o cenho por ver ele tão sorridente.

— Que felicidade é essa, Felix?

— Eu fui contratado! Consegui um emprego!

— Sério? Onde?

— Muito sério... Bem, a uma semana atrás eu fui atrás de emprego e o café que Seungmin trabalhava estava procurando confeiteiros. Você sabe que eu sei fazer ótimos doces, bolos e até falei a eles sobre o brownie! — Christopher fez uma cara engraçada ao se lembrar do gostinho do brownie de Felix, querendo o provar novamente, mas estavam longe demais para isso.

— E então?

— Eles falaram que avisariam o chefe assim que ele chegasse de viagem, e quando eu passei em frente ao café, vi que a placa de confeiteiros sumiu... E, adivinha! — o mais velho até abriu a boca para falar, mas Felix já começava a explodir de felicidade. — Eles me ligaram e falaram que posso começar meu treino ainda hoje!!

Os gritinhos de alegria do loiro foram ouvidos pelo seu pai, que passava pelo corredor, e este logo deu batidinhas na porta, abrindo um pouco.

— Filho? Está tudo bem?

— Sim! Muito bem! — Felix sorria largo, estava muito feliz de ser contratado. Começou a planejar toda a sua roupa para o primeiro dia, contando tudo a seu primo enquanto o pai observava eles com um sorriso fraco, sabendo que seu filho estava bem, os deixando só. — Acha que se eu ir com uma camisa branquinha, posso me sujar?

— Vá com uma camiseta fresca e um pouco escura, cadê o seu avental que tinha comprado?

— Ainda não chegou. — o loiro fez um bico ao se lembrar que a compra ainda estava em outro país. — Mas eu pego um emprestado deles, não tem problema.

— Que horas você vai ao trabalho?

— Daqui alguns minutos! Acha que vou me sair bem?

— Tenho certeza... Agora eu que tenho que ir para o meu, nos falamos no fim do dia, Fe... — e mais uma vez o loiro desliga na cara de Chris por odiar as despedidas por telefone.

Ele deu um pulo da cama e foi correndo até o banheiro, gritando para sua mãe para ela fazer uma marmita que iria sair em menos de meia hora.

Felix tomou um banho quente, com aquele clima esfriando iria ficar gripado alguma hora, mas não queria que isso acontecesse tão cedo, por isso os banhos quentes todos os dias. Ele se arrumou com um sorriso estampado no rosto, e assim que se viu pronto, correu para o andar debaixo.

— Para quê tanta correria, filho?

— Eu fui contratado para o emprego no café, mãe! — avisou após pegar a marmita e deixar um selar na bochecha da mais velha. — Onde está o meu pai?

— Dormindo antes do trabalho, como sempre. — os dois riram baixo.

— Já vou indo!

— Ah, filho, o bolo!

— Obrigado. — agradeceu e logo sumiu das vistas da matriarca, indo apressado até o café para não se atrasar nem um segundo.

Felix foi bem recepcionado pelos funcionários, todos foram educados e gentis com ele, ensinando tudo o que deveria fazer para um bom doce. E o loiro sabia muito bem confeitar, ainda mais fazendo os doces gostosos que sua família adora.

— Na bancada está faltando os pirulitos, pode repor eles para mim, Felix? — o chefe da cozinha pediu, recebendo um aceno positivo do loiro. — Obrigado.

Enquanto colocava mais pirulitos decorados na cestinha, escutou o sininho da loja tocar e ergueu a cabeça no automático, curioso para saber quem era o novo cliente, e toda a alegria que estava estampada em seu sorriso foi embora quando ele murchou.

Os olhos de Hyunjin encontraram os do ômega, tirando um sorriso de canto do moreno por se lembrar do que tinha feito com os seus amigos.

— Agora é um bom momento, vai lá. — um dos seus colegas falou, dando tapinhas em seu ombro para que ele fosse o mais rápido possível. — Não se esqueça do prêmio.

AMAR OU APOSTAR? | HyunlixOnde histórias criam vida. Descubra agora