Opostos se Atraem! - kth, [+18]

✿ . . OITO!

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8: Eu Preciso de Você.
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15 anos atrás, Jeju.

Minhas mãozinhas pegavam as flores mais belas que eu encontrava naquele descampado, eu dava passinhos pequenos da largura que minhas pernas de criança permitiam enquanto me aplicava profundamente em recolher as plantinhas para poder oferecer à minha mãe. Eu estava em meu mundinho, fascinada com a natureza ao meu redor enquanto mentalmente me recordava de cada termo científico para cada bichinho e floreado que via, remetendo aos ensinamentos de minha mamãe.

Contudo, assim que ergui meu rosto, observei um garotinho da minha idade me olhando sério, ele estava ali parado, estático, apenas me encarando como se ele fosse uma mera assombração. Decidi lhe sorrir, já não era a primeira vez que via aquele menino, tinha a certeza que ele era filho do casal da casa ao lado da casa dos papais.

— Olá! — disse alegre e na hora o menino virou o rosto para um dos lados, completamente vermelho de corado e exibiu uma expressão de durão que eu percebi que não condizia com sua pessoa.

Decidi então me aproximar do garoto, não sabia ao certo o porquê mas meu coração me dizia que eu deveria ser amiga dele, eu sempre o via sozinho observando eu e Jimin brincarmos, talvez ele também quisesse brincar mas tinha vergonha de perguntar.

— Olá! — repeti sorridente. — Queres brincar?

— Eu? — o caçula respondeu tímido, me olhando pelo canto do olho por ainda estar de rosto virado.

— Meu nome e Park Yujin e minha mãe é bióloga!

— Meu nome é Taehyung... Meu pai é diabético.

— Huh? — questionei e na mesma hora brinquei com o pirulito em minha boca de forma pensativa. — O que é diabético?

— Não sei. Mas é muito importante! — ele falou fascinado e eu apenas sorri. — Porém ele não pode comer doces, ele não pode comer chocolate, nem sequer pirulitos! — murmurou e na mesma hora virou seu rosto na minha direção, me encarando.

— E você? Pode? — questionei risonha.

— Sim, mas mamãe não compra doces por causa do meu papai. Então eu nunca provei.

— É uma delícia! Meu pirulito é de morango. — falei animada e na mesma hora peguei o canudo do doce aproximando da boca do caçula. — Toma, pode ficar com o meu.

O garoto hesitou mas em questão de segundos tomou o pirulito em seus lábios e pela primeira vez pude ver seu sorriso ao qual eu retribui de igual forma, ele parecia gostar então deixei que ficasse com o meu doce, afinal sentir o açúcar em suas papilas gustativas o deixou alegre e isso era reconfortante para mim.

— Queres brincar? Eu e meu irmão achamos um barco abandonado! Você tem que ver. — pedi animada e segurei a mãozinha dele, o puxando comigo.

— Ok! — aceitou com sua total inocência, não questionando mais nada e se limitando a me seguir.