E aí, gente? Gostaram da capa nova do livro?
Bora para um capítulo cheio de idas e vindas?
Não esquece de comentar e dar estrelinha!
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Desde que cheguei ontem à noite em casa, o tempo que não passei ensaiando ou dormindo, eu passei orando. Nunca orei tanto na minha vida. Estou com essa sensação incômoda no estômago que até tirou a minha fome, então mal comi no almoço. Julia, minha fiel escudeira, não está por aqui hoje, mas antes de sair me deu vários abraços de boa sorte e pediu para eu mandar uma mensagem de texto para ela quando contasse a Alex o que preciso contar.
Sento-me no sofá e ligo qualquer besteira na TV enquanto aguardo Alex chegar. Ele mandou mensagem há uns dez minutos dizendo que estava saindo de casa, então não deve demorar muito para ele bater na porta. Como Samurai San, ele não me mandou mais nada desde o tempo que eu pedi. Fez exatamente como eu fiz quando ele disse que iria se afastar: parou de me procurar. Graças a Deus.
Tento não ficar pensando ainda mais na reação que Alex pode ter quando eu tocar para ele, mas quando ouço o som de alguém na porta, vejo que destruí o esmalte de seis das minhas dez unhas. Levanto-me tão rápido do sofá que meus cortes nas pernas me fazem gemer com um pouco de dor. Abro a porta e lá está ele com uma camiseta preta lisa, uma bermuda cáqui e uma joelheira na articulação machucada.
– Bom dia, futura vocalista da Wild Radicals.
– Bom dia, futuro guitarrista da Wild Radicals.
Alex ri e eu me encaixo em um meio abraço enquanto fecho a porta.
– Quando eu contei para o Kal e para o Terry que primeiro você faria uma apresentação especial para mim, eles ficaram muito curiosos e perguntaram se eu poderia gravar – Alex conta. – Você me deixa gravar?
– Em vídeo?
– Ou em áudio, tanto faz. Eles querem te ouvir só.
– Ah... Okay.
Esfrego as mãos nervosamente indo para o meu quarto, onde o violão está. Tenho uma enorme introdução para fazer antes de começar a tocar e cantar para Alex, mas sabe quando o medo de falar demais vai tomando conta do seu sangue e você já não tem mais certeza se vale a pena falar tanto? Pois é, estou nessa.
Paro ao lado da minha cama e indico que Alex pode se sentar nela, se quiser. Aumento o ar-condicionado para ter certeza de que esse nervosismo todo não vai me fazer suar dentro de casa. 13 graus está ótimo.
Pego o violão encostado à minha parede, sento-me com uma perna para fora da cama, numa posição espelhada à de Alex, que também está com a perna do joelho machucado para fora enquanto se senta sobre a perna boa no colchão, e eu posiciono o violão para a música.
Com a mão no braço do instrumento, vejo a clave de sol tatuada no meu dedo do meio. Essa clave de sol é para me dar a força que eu preciso. E calma também, de preferência. Alex foi quem propôs as matching tatoos. Ele gosta de mim o suficiente para manter a nossa amizade, eu tenho certeza. Não se propõe matching tatoos para qualquer um.
– Hey – Alex diz. Ergo os olhos para ele. – Você vai passar, fica tranquila.
– É, eu sei... É só que... eu vim imaginando algumas reações suas e não saber qual será está me matando.
– Por quê? – Alex dá risada. – Se você não cantar do jeito que cantou lá em casa, já tem 99% de chance de eu gostar. E você vai tocar também? Não seria melhor só cantar? Se quiser, eu toco e você canta.
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Ao Som da sua Musica - Livro unico
RomanceQuase seis anos atrás, Erika conheceu um amigo virtual enquanto buscava tutoriais de suas músicas favoritas no Youtube e acabou se apaixonando. Ao chegar no Canadá, ela o conheceu pessoalmente por acaso e manteve esse segredo, mesmo ficando amigos...