[ABO] [jikook]
"Que a fé nos guie e as Deusas nos protejam."
Menosprezado por sua origem e oprimido por sua classe, depois de uma infância e adolescência turbulenta, Jeon Jeongguk desenvolveu uma ira inigualável por alfas e pela monarquia. No entant...
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Taehyung fora incapaz de conter o repuxar de lábios ao ver a grande construção de pedra se erguer bem diante de seus olhos azuis.
Os fios loiros-claros herdados de seu pai alfa saltavam a cada galopar do garanhão manchado, os olhos tornando-se quase cristalinos sob a luz de Sol que beijava sua melanina intensamente. O rapaz não via a hora de encontrar seus pais e abraçá-los. Não os via há anos.
Quase não dera tempo suficiente para Tempestade parar o galope completamente, saltando de cima do cavalo alto apenas para avançar pelas portas do castelo a passos ligeiros, repuxando os lábios em contentamento ao ver que os guardas ainda lembravam de si e apenas afastavam para que pudesse passar. No cenário atrás de si, alguém guiava Tempestade aos estábulos.
― Sir Taehyung?
O alfa cessou sua caminhada abruptamente ao encontrar um certo sorriso acolhedor. Não demorou a envolver o corpo pequeno em seus braços, apertando de forma firme. Não foi retribuído, mas aquilo passou despercebido no momento de tamanha euforia.
― Ah, que saudade, Nes!
Nesta era filha de uma das antigas criadas do castelo e havia crescido dentro daqueles muros, assim como Jimin e Taehyung, o que colaborou para que fossem próximos mesmo com a diferença social. Hoje em dia, a garota havia ocupado a vaga que um dia pertencia à sua mãe e trabalhava para a família real. A última vez em que a vira, não passava de uma ômega de trancinhas ― que era sua paixão de infância.
― Sir, p-preciso respirar!
Taehyung a soltou bruscamente, arregalando os olhos ao pensar que poderia estar machucando-a. Por alguns momentos esquecera-se de que era muito mais forte que a garota.
― Perdão ― murmurou, vendo-a se recompor com um sorriso pequeno e um leve rubor nas bochechas. Instintivamente, ergueu uma das mãos para tocar-lhe a face, mas a mesma soltou uma pequena exclamação de surpresa e se afastou um pouco. Taehyung recolheu a mão, afinal, apesar de tudo, ela ainda era uma jovem ômega solteira, e ele, um libertino de moral questionável. Não eram mais crianças. ― Senti tua falta, Nes.
A moça sorriu e se curvou levemente, fazendo o loiro comprimir os lábios com tamanha formalidade.
― Igualmente, sir. É um prazer vê-lo aqui novamente.
― O que é isso? Sou eu, Taehyung! ― Exclamou, indignado com a forma que ela falava, como se fosse apenas uma criada, e não sua amiga de infância. ― O garoto que você chutou depois de roubar-
Nesta arregalou os olhos e foi rápida em avançar em sua direção, cobrindo a boca do alfa com as duas mãos, as bochechas vermelhas.
― P-pare! Não deves dizer essas coisas livremente!
