Uma mudança repentina de país fez com que Akemi tivesse que se adaptar a um novo local. Vizinha dos LaRusso, sendo considerada membro da família por Daniel no mesmo instante em que ele recebeu a notícia de que a neta do seu antigo sensei estaria ind...
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Demetri foi obrigado pelos seus dois amigos a se desculpar com Akemi. Ele realmente tentou, mas é orgulhoso demais para que a palavra "desculpa" saísse da sua boca de uma forma que fosse possível entender. Quando falou, pareceu a cópia de Eli tentando dizer algo e sendo impedido pela sua timidez.
De qualquer forma, foi o suficiente para que Akemi voltasse a casa de Eli e tentassem estudar de novo. Dessa vez, Eli e Akemi fizeram uma dupla juntos e a garota realmente conseguiu entender a matéria com a explicação dele.
De volta as aulas, na quarta segunda feira desde que elas se iniciaram, tudo pareceu extremamente normal. E para Akemi, quando as coisas estavam muito normais, significava que algo iria acontecer. A questão é que ela não fazia ideia se era algo bom ou ruim. Então, tudo que lhe restava era esperar pela descoberta.
Se sentou com os garotos durante o intervalo, como fizera todos os dias desde a semana passada.
Hoje, pela primeira vez, não pegou carona com Samantha e suas amigas. A mãe de Eli fez questão de buscá-la quando soube que os dois eram amigos, mas ele pareceu extremamente envergonhado com a situação, o que a fez rir. Se sentou na cadeira ao lado dele, enquanto Demetri e Miguel ficaram do outro.
- Sabe, eu pensei melhor. - começou Demetri.
- Droga, ele está pensando. - murmurou Akemi.
- Não me faça mudar de ideia. - disse o garoto. - Eu estava pensando que talvez, apenas talvez, você não seja uma espiã.
Miguel se engasgou com seu suco de caixinha.
- Você está se sentindo bem?
Perguntou Akemi, esticando o braço para tocar na testa de Demetri e conferir se ele não estava com febre. O garoto se afastou antes que ela conseguisse toca-lo. Ela sabia que as coisas estavam normais demais hoje.
- Achei que fosse demorar mais tempo.
A coordenadora entrou no refeitório segurando um microfone, atraindo a atenção dos quatro sentados na mesa.
- Aí não. - resmungou Demetri. - Ela vai dedurar alguém.
- Como assim? - Miguel foi mais rápido em perguntar.
- Sempre que ela vem com o microfone é porquê vai fazer um discurso para os alunos, e ela sempre acaba falando as características de algum aluno pra dar veracidade ao seu discurso. Da última vez foi sobre depressão.
- Cyberbullying não é engraçado. - ela começou, mas nenhum aluno fez questão de olha-la. - Enviar uma mensagem cruel pra alguém pode ser tão prejudicial quanto falar na cara da pessoa. Eu não vou citar nomes, mas outro dia recebi a ligação de uma mãe reclamando que o filho estava chorando porquê alguns alunos tiraram sarro da deformidade facial dele.
