"Algumas vezes as mudanças acontecem na marra. Uma guilhotina afiada corta as nossas mãos, e todas as rédeas escapam. É o que pensamos ter acontecido, até que a gente se dá conta de que nunca houve rédeas. Ninguém monta na vida. Brincamos de escolher, brincamos de poder conduzir o destino."
— Tudo é Rio.
| 🌓 |
1.780 d.L.S | Agosto, Décima oitava Lua do mês, Verão
O exército de Aloysia estava sendo organizado por Soohyung, o qual se certificava de estar selecionando os melhores soldados para irem no pelotão da frente, ocupados de segurar o máximo que puderem as forças inimigas para que evitassem mortes desnecessárias.A batalha entre os dois reinos existe a milênios, a disputa por territórios e colonos era densa e sangrenta. Com os anos as barreiras de Aloysia com o apoio dos aliados os ataques se amenizaram, mas nunca, jamais se cessaram.
Soohyung havia feito um chamado geral por todo o reino, exigindo que os homens se apresentassem no próximo treino do pelotão, para que assim pudesse começar a fazer sua seleção. Mas é óbvio que não seria de graça, afinal não seria dessa forma que os mortais participariam da batalha, por isso prometeu mais lavouras a quem não as tinha ou as havia perdido no inverno rigoroso e dez mil marcos de ouro a cada soldado vivo e vencedor da guerra.
Se é que voltariam vivos e vitoriosos.
A jovem rainha estava disposta a frente do ministro Soohyung, com os braços cruzados enquanto ouvia as estratégias do ex-general, suas unhas apertavam a pele pálida dos antebraços e logo soltavam a carne.
— Irei convocar os homens do General Kim, são homens bem treinados, os melhores que temos. Uma dessas levas precisa ir na frente para garantirmos a segurança do resto da tropa. - O homem disse sem expressão alguma, parecia já tão habituado com o ambiente caótico de disputas diplomáticas que não se importava com mais uma.
— Faça o que achar melhor Sr. Soo, e por favor, avise sua Majestade de tais planos. Se é que também tem o visto. - Ahri disse praticamente irritada, estava adorando o tempo absorto longe do marido, mas já se passaram cinco dias desde a reunião com o conselho.
Minseok não havia aparecido.
— Não tenho novidades de Vossa Majestade, perdão Minha Rainha. - dobrou um dos joelhos e assim saiu da sala real, carregando as folhas que havia trago nas mãos.
— Pelos deuses Minseok, apareça antes mesmo que eu o decida decapita-lo. - Bufou irritada levantando-se do trono seguindo até o jardim.
Sentiu a brisa do ar fresco do verão lhe invadir o rosto, sorriu ao ter a sensação do sol esquentando todos os seus poros, tendo lembranças de como costumava amar o verão uma época.
Tinha vontade de sentir mais uma vez o coração pulsando e palpitando pelo nervosismo, não o sentia mais, não desde aquela vez.
Vampiros eram absortos de sentimentos comum entre os mortais, mas em alguns casos conseguiam sentir o coração bombear o sangue negro, os pulmões lhe faltarem ar e a bile subir a garganta por pura ansiedade. Conseguiam amar de verdade se encontrassem a pessoa ligada a si, a pessoa que era capaz de lhe trazer não migalhas, mas a humanidade inteira à tona.
Não sentia mais nada, não daquele modo.
Pois seu coração apenas se aflitava e se enchia de amor pelo filho, sua última lembrança mais humana dela mesma.
A última lembrança dele, com os olhos dele.
— Majestade! Faz luas que não vem ao jardim, deseja ver seus acólitos? - Jieun, uma das criadas sorriu gentil ao vê-la encarar as flores ao longe. — Estão tão bonitos por conta do tempo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Lua de Sangue | kth + jjk (taekook)
VampirTAEKOOK | VAMPIRE!AU | ROMANCE | SLOW BURN Jeon Jeongguk é o herdeiro primogênito do reino de Aloysia, um reino onde há vampiros no poder desde a primeira Lua de Sangue, onde se deu origem ao primeiro homem imortal, Micael. Porém, Jeongguk é um h...