"E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música."
- Friedrich Nietzsche.
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1.780 d.L.S | Agosto, Décima nona Lua do mês, Verão
As flores de acólito sempre foram as favoritas da jovem rainha, eram as flores que resistiam ao inverno rigoroso de Aloysia, e uma das únicas flores que tinham a capacidade de mudar sua cor de acordo com as estações do ano.
No inverno costumavam se manter arroxeadas, algumas num tom tão escuro que algumas pupilas poderiam jurar enxergar o azul escuro de um céu noturno limpo, já no verão suas pétalas são amarelas, tão claras que contrastam tão bem com o verde vivo da grama que parece tão viva.
E era exatamente isso que intrigou Ahri naquela tarde, as flores não estavam amarelas e nem mesmo davam indício de estarem mudando sua coloração. O início daquele verão estava sendo lento, não era todos os dias que o sol se fazia presente de forma que aquecesse a epiderme do povo, pelo contrário, ainda nevava em algumas noites esporádicas.
A muitas décadas atrás a flor de acólito também foi conhecida por ser capaz de camuflar-se com a verbena, descobrimento dos próprios caçadores que acharam uma forma de dizimar milhares de vampiros através da flor. Em chás medicinais, em arranjos de bailes e festas onde o odor podia se alastrar pelos aires e pelas narinas daqueles que repudiavam.
A verbena conseguia esconder-se de forma prática e imediada na flor, contaminando as raízes que faziam com que as flores se tornassem ainda mais chamativas em sua coloração, até mesmo um toque banal em suas pétalas poderia ser fatal caso a dose de veneno fosse forte o bastante.
O chá de acólito era recomendado para mulheres grávidas por acalmarem e relaxarem os músculos da mulher parteira, além do sabor adocicado que continha o que saciava diversos vampiros da sede de sangue por um curto período necessário.
Não demorou para que os caçadores começassem a sabotar todas as flores ao seu favor, e em alguns anos os acólitos foram esquecidos e rejeitados por todo pelo medo absurdo que tinham da flor. Se tornou um dos maiores aliados dos mortais que se embebedavam do chá, não se importando se a flor estava ou não envenenada, para que pudessem ter em seu sangue uma proteção contra aqueles que o queriam.
Em Aloysia a flor foi dizimada, em reinos vizinhos foi preservada em pequenas estufas de jardinagem real, sem acesso algum a polução mortal.
E agora havia florido nos jardins reais de Aloysia, havia revivido, revivido envenenada, crescendo com verbena.
E com a nova ordem decretada por Ahri, todas elas foram queimadas mais uma vez, junto com toda a utopia da jovem rainha.
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- Está ótimo desse jeito, Alteza, sua mãe não tarda mais em espera-lo acompanhada de seu convidado. - Lisa disse ao ajeitar os últimos fios de cabelo de Jeongguk que suava frio, ainda apreensivo pela noite passada.
Havia chegado de fino ao seu quarto com ajuda de Jisoo, esta que prometeu confidência até seu leito de morte, e por isso havia conseguido ao menos ter míseras quatro horas de sono antes de ser acordado com o ânimo de Lisa.
- Sorria, pelo amor dos Deuses, parece que passou a noite como um zumbi. - Segurou o rosto do jovem príncipe e deu leve tapinhas para as maçãs do rosto ganharem alguma coloração, estavam pálidas.
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Lua de Sangue | kth + jjk (taekook)
VampireTAEKOOK | VAMPIRE!AU | ROMANCE | SLOW BURN Jeon Jeongguk é o herdeiro primogênito do reino de Aloysia, um reino onde há vampiros no poder desde a primeira Lua de Sangue, onde se deu origem ao primeiro homem imortal, Micael. Porém, Jeongguk é um h...