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** PILAR **
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*As vezes o indivíduo se pergunta o por quê de certas coisas, o por quê de tantos acontecimentos em sua vida, bons ou ruins.
Mas tem hora que nem você dobrando seus joelhos e erguendo seu rosto para cima, você receberá uma resposta daquele que tanto pedimos explicações.
Pois Deus não deixa essas respostas explícitas, e muito menos que elas cheguem tão rápido.
Em meio a um dia maravilhoso, Pilar se perguntava se merecia tudo aquilo, se merecia ser feliz outra vez.
E então ela lembra da conversa que teve na varanda de Duda, com a própria, e lembra de tudo o que sua amiga lhe falou, então, em meio a questionamentos, Pilar se permite viver esse momento, da melhor forma possível.
Ela comprou muita coisa, riu até cansar, andou tanto que seus pés doeram. As reclamações de Duda, apesar de fazer sentido para Pilar, as faziam sorrir, pois ela sabia que se tratava mais de um exagero da amiga.
Depois de finalizar suas compras, as duas seguem para o seu carro, porém, o caminho é finalizado antes mesmo de chegar no veículo, pois Gabe também estava naquela vilinha, se era coincidência ou não, Pilar não sabia, mas ela adorava o amigo, com suas loucuras ou não, ela o adorava.
Seguir para aquela mesa foi difícil, suas pernas estavam bambas e ela não sabia explicar o que aquele homem, aquele simples homem, estava fazendo com os seus sentidos. Ele era lindo, de longe e principalmente de perto.
Sabem quando dizem: Eu o vi de longe e o achei lindo, mas quando eu cheguei perto, me decepcionei. Pois é, sabemos que beleza não se põe a mesa, mas muita gente vê isso como um troféu, como se fosse uma necessidade enorme, em ter alguém bonito ao seu lado, não, beleza não é tudo, o sentimento, esse sim é o que vale.
Porém, ver Vicente bem na sua frente a fez por um momento esquecer o simples jeito de falar, como se tivesse virado um bebê de meses ou no máximo um ano, e estivesse começando a soltar suas palavrinhas silábicas.
Mas Pilar é uma mulher forte, as vezes, e hoje ela não poderia demonstrar que esse homem poderia apenas com o olhar, retirar sua força.
Ela se volta para os outros e os cumprimenta, Darlan tinha se tornado uma pessoa querida, as vezes eles se encontravam na beira da praia, no finalzinho da tarde, sempre que Pilar saía para caminhar um pouco e sentir a brisa fresca da noite fria que se aproximava.
Sim, sua caminhava sempre se estendia e ela caminhava mais que o que pretendia, e essa caminhada sempre dava por encerada perto da família de Emília.
Uma mulher forte, mãe de três filhos, uma menina e dois meninos, eles sempre vão para a beira da praia esperar pelo chefe da casa que sempre chega pontualmente as 5 da tarde, só que não digo 5 em ponto, ele nunca chega antes das 5 horas, mas também não passa dela, o mas tardar é umas 5:30.
Pilar apenas a observa de perto, Emília parece ser uma mulher simpática, e diferente de muitas da vida, não a olha com desdém, com ciúmes de seu marido, que acena sempre que chega para Pilar, ela não os conhecem, mas sempre sorrir com a festa que seus filhos fazem quando o pai chega, e admira Emília que não se importa com o cheiro de peixe cru, impregnado nas roupas de seu marido, ela sempre o recebe com um beijo, suas mãos acaricia seu rosto, como se estivesse retirando o suor ou os pingos da água salgado do mar.
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Ao Nascer do Sol.
RandomPLÁGIO É CRIME. * Dois corações feridos, duas almas "apagadas", duas pessoas que acham que erraram no passado. Perder alguém que se ama não é fácil, ainda mais quando achamos que fomos o motivo dessa perda.* NÃO COPIE, NÃO MONTE UMA HISTÓRIA BASEA...