Como dormir depois daquilo tudo?
Como poderia ficar tranquila?Pilar se perguntava, enquanto permanecia debaixo de sua coberta. Muita coisa em sua mente durante tão pouco tempo, em plena madrugada fria.
Já não bastava ter alguém correndo perto de sua casa e agora ela escutava o barulho de um carro. Seria o seu que estaria levando? Mas não, pelo barulho o carro estava chegando, e não saindo, não ligaram o motor, então não tinha como ser o dela.
Ela se senta na cama e aguarda, porem rezando que aqueles invasores fossem realmente embora. Seu coração estava acelerado, quase saindo pela boca, suas mãos suavam, indicando o nervosismo, o medo.
E então ela escuta passos em madeira como se estivessem subindo sua escada, ou até já estavam na varanda de sua casa. Ela se levanta, calça seus pés e fica parada na frente da porta de seu quarto, já perto de abrir aquela porta ela escuta.
- Pilar?
Aquela voz era totalmente reconhecível. Seu coração suspira aliviado mesmo ela sem saber o por que. Ela anda em passos largos até a porta, sem pensar, sem imaginar o por que dele está ali, ela só queria se sentir segura e com ele, mesmo sem o conhecer bem, ela se sentia assim.
- Sou eu Vicente... você está bem?
E então ela que já estava de frente para a porta de entrada, com a chave no trinco, abre a mesma. Aqueles olhos preocupados, aquele homem a sua frente, como seu protetor. Ela não pensou duas vezes e o abraçou. Abraço apertado. Ela não se importava em mostras suas fraquezas, seus medos, nao, nesse momento ela só queria se sentir segura, e com ele ela estava.
Pilar o agarrava pelo pescoço quando sentiu seu corpo ser levado novamente para dentro de casa. Esse homem era diferente, ela sentia isso, ele a deixava mais leve, mas calma, mesmo em um momento como este, de puro medo, receio.
- Vou desligar o carro, volto já.
Ela já estava sentada no sofá quando ele falou e seguiu para a porta, que a princípio já estava fechada e ela nem percebeu quando isso aconteceu. A porta ficou entre aberta, mas agora Pilar não tinha mais tanto medo, ela continuava assustada sim, mas agora tinha alguém com ela que poderia pelo menos lhe fazer companhia.
Vicente já estava ao seu lado quando ela virou o rosto. Sua cabeça girava, seu corpo tremia, ela se perguntava em como conseguiria permanecer ali hoje.
Um chamado baixinho, suave, mas Pilar não sabia explicar, ela parecia não conseguia o responder, não conseguia raciocinar direito. Ela o olha e ele pergunta se a fizeram mal, ele era fofo todo preocupado.
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Ao Nascer do Sol.
RandomPLÁGIO É CRIME. * Dois corações feridos, duas almas "apagadas", duas pessoas que acham que erraram no passado. Perder alguém que se ama não é fácil, ainda mais quando achamos que fomos o motivo dessa perda.* NÃO COPIE, NÃO MONTE UMA HISTÓRIA BASEA...