Capítulo 27

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Pov Kara.

Notícias: Superman invadi a casa branca e usa a presidente para mandar um recado "Supergirl, eu sei que você está por aí, se você não fizer o que eu digo eu irei destruir a todos" Supergirl, por favor, salve-nos.

Peguei o vaso a minha frente e lancei-o mais longe possível. Eu não podia crer que após anos tentando levar uma vida normal aquele aeroporto de mosquito resolver que seria uma boa ideia tentar dominar o mundo novamente, minha vontade era de mandar ele para a Zona Fantasma e quebrar o dispositivo de vez.

Respirei fundo e tentei colocar minha cabeça de volta no lugar, precisava descobrir o que Lex estava aprontado e como iria derrotar ele sem ter que virar a supergirl novamente.

Ouvi batidas na porta e estranhei, já havia ido para meu antigo apartamento ao qual eu mantinha como um esconderijo, quem quer que fosse não sabia no que estava se metendo.

— Eu sei que está ai, abre a porta por favor - a voz da Alex soou e eu me contive não sair voando e a deixar batendo na porta feito uma louca.

Caminhei em direção a ela e abri, ela carregava caixas de pizzas e uma garrafa de vinho.

— Achei que você poderia gosta de pizza, eu sei que não estamos tão bem mas sei também que você não suporta seu primo e só queria viver uma vida normal, e eu vim também porque queria agradecer por ter impedido aquele brutamontes de me transformar em purê - ela estava divagando, ela nunca divagava.

— Pode entrar, Alex - dei espaço e ela passou indo em direção ao sofá e deixando as coisas lá em cima, peguei dois copos que havia deixado la para por precaução.

— As vezes eu sinto saudades desse lugar - falou olhando para o local onde ficava a televisão.

— Você sente saudades de muitas coisas - comentei baixo mas nem tanto pra ela não ouvir.

— Me desculpa pela nossa última briga, eu sei que sou super protetora e neurótica e não entendo um terço do que você passou, mas não pode me impedir de ser assim porque você é minha irmãzinha querendo ou não, e o maior medo que eu tenho nessa vida é de perder - ela falou com os olhos marejados e de perda eu entendia bem.

— Você nunca vai me perder Alex, não importa o quão longe eu esteja, ou quão brava com você eu fique, depois que a Linda se foi pensei que ia continuar sozinha e não teria uma irmã pra dividir a vida, e você conquistou seu lugar e nada vai mudar isso - fui sincera, apesar de todas as discussões e momentos ruins eu nunca a deixaria por nada.

— Eu te amo! - ela me abraçou de lado e eu a abracei de você - Danvers sister pra sempre?

— Danvers Sister pra sempre - falei sorrindo minimamente para ela não perceber mas eu estava feliz por ela está comigo naquele momento, acho que nunca conseguiria passar por essa situação sozinha.

— Então, qual seu plano pra lidar com o superpombo e o careca? - disse pegando uma fatia de pizza e pondo os pés em cima do sofá.

— Primeiro você tem que se livrar de Lena Luthor, ela com certeza deve está trabalhando para o irmão, segundo, eu tenho que achar ele e dar um jeito de libertar meu priminho e mandar o Lex para a Zona Fantasma onde não iria tentar dominar mais o mundo - respondi e rapidamente peguei uma caixa de pizza só pra mim.

— Não acho que Lena esteja envolvida com Lex, ela me parecia afetada pela forma como você falou antes de sair do DEO - Alex até podia ser boa em saber quando pessoas estão mentindo, mas eu não estava afim de por a provar se Lena Luthor era realmente diferente da família.

— Não sei se posso confiar nele, e se Lex conseguiu controlar o kal-el não vou arriscar que ele me controle também. Então sem Lena Luthor - digo de forma irredutível e ela apenas aceita.

Pego meu celular e vejo que tem mais de quinze chamadas da Andrea, algumas chamadas da Eliza e uma mensagem da minha tia, tentei ignorar todas não queria ouvir ninguém tentando me consolar e me aconselhar sobre o que fazer naquele momento.

— Você e a Andrea parecem estar bem próximas mesmo... Achei que depois que descobriu que ela é Acrata não manteria contato - falou em tom desconfiado e eu sabia o que ela estava fazendo.

— Nós tivemos algumas diferenças, mas depois que ela deixou a catco pra mim e me ajudou a combater alguns vilões eu percebi que tínhamos muito em comum e viramos amigas, ela me entende bem - digo e vejo de soslasio sua cara se transformar em puro ciúme.

— Ah, sim! Certo.

— Sabia que ela levou a Nia pra um encontro? - perguntei tentando contornar a situação.

— Mas e ela e o brainy? - perguntou confusa, como sempre minha irmãzinha estava desatualizada.

— Eles são só amigos faz um tempo, mas eu sei que os dois se gostam, só não sei se a Nia deixou de gostar dele o suficiente para dar uma chance para a Andie - falei por alto.

Ficamos o resto da noite conversando sobre tudo e nada, fazia tempo que a Alex e eu não passávamos uma noite de forma descontraída sem brigar, era uma sensação boa, mas eu ainda estava com medo do que poderia acontecer depois, estamos  em sintonias diferente e eu não estou nem um pouco afim de ficar brincando de rato e gato com ela, sinto que se não conseguirmos encontrar a Linda vou precisar ainda mais ter ela ao meu lado.

—  No que você está pensando? - perguntou voltando a se sentar no sofá depois de jogar as caixas de pizzas fora.

— Na minha irmã gêmea, se ela está bem, se ela sabe que eu estou viva, se ela também está me procurando...

— Você nunca me falou como ela era - disse e eu me ajeitei para que ela pudesse ficar mais perto de mim.

— Ela com certeza era bem diferente de mim, enquanto eu ficava trabalhando na guilda da ciência com meus pais a Linda gostava de treinar com os soldados, quando eu estava estudando sobre as constelações a linda fazia curso de culinária, eu sempre pintava ela na cozinha pois eu a achava muito bonita quando estava concentrada em alguma receita!

— Um pouco narcisista eu diria - brincou e eu lhe dei um peteleco forte o bastante para deixar seu braço com uma manchinha vermelha.

— A única coisa que tínhamos em comum era que gostávamos de ler e de ouvir as histórias que a Tia astra contava sobre quando ela e a ma- Alura era crianças - falei e me senti estranha ao tentar chamar Alura de mãe em voz alta, a minha mãe era totalmente diferente da mulher que eu havia ouvido falar nos últimos dias.

— Sua tia é uma pessoa muito legal, deve está sendo bom passar esse tempo com ela, queria que o papai também estivesse vivo - encarou seu copo com o vinho no final e eu tentei lhe tocar mas acabei recuando.

— Eu também gostaria que ele ainda estivesse vivo, me culpo todos os dias por ter feito você perder seu pai - comentei e ela me olhou rapidamente.

— Nosso pai! E não foi sua culpa, ele era altruísta e bondoso demais para deixar que alguém te machucasse ou machucasse nossa família.

— E você é igualzinha a ele - digo e um sorriso triste apareceu em seu rosto.

Não sei em que momento mas acabamos dormindo no sofá, e apesar do pequeno desconforto, quase inexistente para uma alienígena, foi bom dormir ao lado da minha irmã novamente.

Coração de gelo - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora