Capítulo 30

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Pov Kara

Selina pensou em colocar um saco na minha cabeça, mas em vez disso ela pegou uma placa de chumbo após eu tentar acertar ela com um raio laser, e então cobriu meus olhos, amordaçou minha boca e então foi me arrastando para longe. Aquelas algemas estava me machucando cada vez mais que eu tentava me mexer.

Ouvi mais passos além de nós, e então ela parou.

— Indo pra algum lugar gatinha borralheira? - uma voz familiar surgiu "de onde eu conheço essa voz?"

— Olá morceguinha, não sabia que morcegos voavam durante o dia - Selina me puxou mais pro canto.

— Só quando precisamos. Solte a garota! - ordenou e eu pudia ouvir os passos se arrastarem mais para perto.

— Ah não vou mesmo! Mas sabe, o carequinha vai amar ter você de brinde, então que tal se juntar a loirinha? Gostou da ideia? - ela ronronou e me largou perto de uma parede.

Acho que a partir daí elas começaram a brigar pois eu comecei a ouvir socos, e tapas, e xingamentos "elas precisam mesmo xingar tanto assim?". Para o meu azar a briga acabou e a Selina quem venceu. A morceguinha, seja lá quem ela for, se juntou a mim e fomos jogadas em um carro. Meus pulsos doíam, minha cabeça estava ficando zonza, a kryptonita estava afetando ainda mais meus sentidos, tava começando a ficar difícil manter a consciência.

Acho que foram mais uma ou duas horas para chegar ao lugar onde eu seria entregue para Lex Luthor, fui arrastada por uns minutos até que eu ouvi a voz do desgraçado.

— Kara Danvers, um prazer rever você - tiraram a placa de chumbo do meu rosto, meus olhos ardiam mas eu não tinha forçar para lançar um laser se quer.

— Lex Luthor, e essa careca aí? Usando muito lubrificante pra deixar ela brilhando? - respondi com o pouco de força de que tinha.

— Como os super's tem senso de humor - riu sem graça - e ai, qual a sensação de estar amarrada? Não é a primeira vez né?

— E como você já deve saber o roteiro, logo logo eu vou sair daqui e partir sua cara em quatro, porquê em duas ela já é dividida, seu babaca.

— Poupe suas forças, garota de aço, se você realmente quiser sair daqui vai precisar delas. E o que temos aqui? - se virou para a garota do meu lado e puxou o saco preto que estava em sua cabeça e tirou a mordaça de sua boca.

— Aí seu filho da puta! Você não vai escapar dessa - berrou.

— batwoman, achei que você tivesse se aposentado - comentou e eu me surpreendi com o nome, ja havia ouvido falar da batwoman mas nunca cheguei a vê-la - A identidade da Supergirl eu conheço, mas quem será você? - puxou sua máscara e então o rosto da garota foi revelado, e eu fiquei em puro choque.

— Você! Eu te conheço - falei em um fio de voz e ela parecia um pouco envergonhada.

— Me desculpe, eu não consegui lhe proteger - seus olhos encaravam o chão. "Como assim me proteger?"

— Mas quem é você? - Lex estava confuso, pelo visto ele não esperava por aquela garota.

— Meu nome não importa, o que importa é o seu destino assim que eu conseguir sair daqui - se debateu e o careca riu.

— Ah garotinha ingênua, meu destino é a vitória e a dominação do mundo, a única coisa que você vai conseguir quando sair daí é me servir - cuspiu as palavras em sua cara e deu as costas - levem elas daqui. Agora que tenho a Supergirl em minhas mãos irei trabalhar em meu plano para colocá-lo em prática em breve.

Fomos novamente arrastadas até um lugar escuro, parecia um porão, a única luz que entrava era de uma pequena fresta no chão da parede, e agora das minhas algemas e de mim que brilhava por causa da kryptonita, não havia janelas e nem lâmpadas.

— Que ódio - a garota bufou.

— Você é a garota que eu conheci no telhado né? Chloe?

— Sim, mas na verdade meu nome é Ryan Wilder. - diria que estava surpresa mas aquela altura do campeonato para algo me surpreender só se algum ex meu aparecesse pra atormentar minha vida.

— E o que você quis dizer com me proteger? Você foi mandada por alguém? Você já sabia que eu era a Supergirl quando estava naquele telhado?

— Sim, tinha alguém preocupado com você e pediu para eu ficar de olho, alguém que sabia do plano de Lex e que ele estava atrás de você.

— Você pode me dizer quem é? Já que estamos presas aqui me deixe apenas saber quem é!

— Ele disse que seu nome é Jeremiah, falou que era seu pai - isso sim me surpreendeu e me deixou em choque.

Por meses, após Lillian tentar capturar alienígenas e tentar mandar para fora do planeta, Alex e eu pensamos que ele havia morrido, mas como pode esse homem estar vivo?

— Você está mentindo, Jeremiah morreu, faz meses! Alex viu ele morrer, a Lillian o matou! Como pode?

— Lillian pensou que o tivesse matado, mas sabe como seu pai é, ele foge da morte sempre que pode. Um dos agentes do Cadmus o ajudou a planejar aquilo, ele achou que fingindo sua morte poderia viver longe de Lillian e assim ela pararia de ameaçar você e sua família, e com ele escondido poderia proteger vocês. Então ele foi para o interior e quando ele estava lá encontrou com alguém próximo a mim, e quando soube que eu morava perto de National City ele pediu para que eu ficasse de olho em você, estou a meses observando cada passo seu, cuidado de você. No restaurante, no telhado do prédio, hoje com a Selina, só não consegui lhe proteger hoje, me desculpe! - sua história era convincente, mas pensar que Jeremiah está vivo... Alex não poderia saber, ela iria querer ir atrás dele novamente e isso poderia colocar ela em risco.

— Okay, esqueça essa história, você nunca me contou sobre isso, se alguém perguntar você estava - gemi de dor - fazendo seu trabalho de campo.

— Mas por quê?

— Apenas, faça o que eu digo. Então, se puder me ajudar - me joguei no chão e comecei a sussurrar - aqui, se aproxime

— Isso dói muito?

— Nada que eu já não tenha sentido antes, agora vem cá e aperta nesse negócio que está no meu ouvido - informei e ela se aproximou de mim com dificuldade.

— Ah, um comunicador!

— Xiii, eles não foram espertos o bastante para tirar de mim quando me capturaram, não queira que eles tirem agora.

Ela apertou e eu pude ouvir um grito da Alex bem no meu ouvido, a kryptonita deixava tudo mais sensível.

— Alex, eu tô bem! Mas estou presa com kryptonita, Lex me pegou, não sei onde estamos, mas preciso da sua...

— Ora ora, acho que tenho que contratar capangas melhores - Lex entrou de surpresa na cela - vamos tirar isso de você, com licença - puxou o comunicador do meu ouvido e o esmagou - passei para verificar se estavam gostando do serviço de quarto e acho que foi uma ótima ideia. Você - apontou pra Ryan - vem comigo.

— Não, deixe ela em paz - tentei me levantar mas era difícil com as mãos nas costas e kryptonita na pele.

— Quietinha Alien nojenta, sua vez vai chegar logo. Agora, venha, preciso de uma ratazana para testar meu novo dispositivo - a levou e eu voltei a ficar sozinha.

A kryptonita não doía tanto quanto o sentimento de impotência e de estar presa. Todas as partes do meu corpo doíam e tudo por causa de uma distração. "Novamente você se deixou levar pelos outros kara, parabéns pela tamanha estupidez". Agora eu estava a beira de uma alienação e o que me restava era ter esperanças, algo que eu não tinha a décadas...





Gente eu demorei? SIMM

Eu voltei? Tbmmm

Eu vou fazer todo mundo entrar numa montanha russas de emoções? Não sei, tlvz! Então comentem, curtam, e não me abandonem, até a próxima :)

Coração de gelo - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora