Capítulo 32

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Pov Kara.

Quanto melhor você é pior eles vão te tratar. Não importa se você foi a melhor filha, a melhor aluna, se esforçou sempre pra dar seu melhor para os outros, sempre tem alguém mais arrogante, ou que acha que sabe mais do que vocês porque tem experiência de vida, eles sempre vão te pisar. Se você da seu melhor pra outras pessoas a chances delas te manipularem para conseguir algo de você são grandes, se você está sempre ajudando alguém, mesmo sem esperar nada em troca, aquela frase que todos dizem "futuramente alguém vai te ajudar" é total mentira. Eles nunca ajudam.

Não importa se você da o seu melhor, nunca vai importar pra quem recebe, você sempre estará errado, você sempre será colocado para baixo, e você sempre será o perdedor.

"A esperança é a última que morre" se você for um trapaceiro, egoísta, uma pessoa que se aproveita do outros, se você for uma pessoa boa ela morre no segundo seguinte em que você dá dinheiro para alguém achando que ela vai comprar um pão mas na verdade vai apenas suprir o vício em produtos ilícitos que ela adquiriu ao longo da vida.

É por isso que eu mudei. As pessoas viviam montando em cima de mim, esperando que eu fosse a boazinha que sempre perdoasse as merdas que eles faziam, sempre esperavam que acata-se as regras sem reclamar, sem pestanejar, mas era minha culpa, eu que não impus meus limites, fico pensando que se eu tivesse sido mais como a minha irmã, determinada, ousada, corajosa, eu nunca teria passado por isso tudo, mas eu tinha que ser fraca, idiota, e é por isso que eu estou aqui, com kryptonita correndo em minhas veias, sufocando a minha alma, fazendo cada junta do meu corpo doer, enfraquecendo mais a minha alma enfraquecida. A esperança, que já não existia, nem fez questão de dar as caras mas eu não ligo, já faz tempo mesmo que não nos damos bem.

Agora, estando aqui algemada, e sentindo dor, eu preferia ter aproveitado mais minha vida, ter sido mais rebelde, sentindo que me arrisquei, ter tido mais experiência, quem sabe assim eu teria aprendido logo cedo a não confiar em ninguém e evitaria traições.

Ouvi a porta ranger e se abrir, levantei a cabeça e era Ryan, ela parecia já estar sob efeito da lavagem cerebral de Lex. Ela se aproximou de mim e jogou um prato de metal no chão com uma coisa horrível e com um cheio pior ainda.

- Coma. - sua voz estava sem nenhuma emoção cortava o ar gélido daquele local, seu corpo enrijecido mas sua mão tremia um pouco, tentei usar minha super audição para ouvir as batidas do seu coração, e antes que eu desmaiasse eu percebi que ele estava acelerado. Ela realmente estava sob controle mental?

Pov Ryan

~ 5 anos antes ~

— Parece que é oficial, supergirl  aposentou a capa. Fontes afirmam que após sua última luta a garota de aço tenha ficado tão machucada que isso tenha levado ela a se aposentar, faz meses que a Terra está em caos, todos nós sentimos muito e caso um dia seja possível, supergirl nós esperamos a sua volta.

A voz da mulher ecoou pelo meu quarto escuro, eu estava em choque, a maior super-heroína da história havia desistido de salvar o mundo. Uma chama dentro de mim não iria aceitar isso facilmente.

— Alô, scoot? Acho que está na hora do Batman voltar a ativa!

— To indo pra caverna, uhul.

Peguei minha moto e fui em direção direção antigo prédio abandonado da empresa wayne, subindo até o escritório do Bruce para me encontrar com o scoot.

— Ola Ryan, finalmente o grande dia! -  Falou emocionado abrindo a passagem secreta que dava diretamente para de batcaverna.

— O mundo precisa de mim, e a super garota também.

— Aí mulher apaixonada é fogo - debochou e seguiu ligando todos os matérias. - Vamos lá tornar esse mundo mais organizado! Ou pelo menos uma parte dele.

~ 2 anos antes dos dias atuais ~

— Quem são eles scoot?

— São o cadmus, organização da Lilian Luthor, mãe do Lex! Acho que eles estão atrás das armas que seu tio fabricou. Ele as escondeu em algum lugar de national city após a batalha com o superman.

Ah que legal. Ele precisava ter feito isso? E essas armas são para que? - falava já ofegante enquanto tentava derrotar dois caras marombas de uma vez.

— Aparentemente essas armas neutralizam o poder dos supers, bruce fez em caso de emergência, acho que foi esse o motivo do cuequinha ter dado fim em toda kryptonita que havia na Terra - disse tentando fazer piada. Péssimo momento.

— Acho que eu vou precisar de uma mãozinha - falei mas na mesma hora fui atingida por uma espécie de drone que me arrastou por metade de national city até um lugar um beco sem câmeras.

— Ryan, você bem? Onde você está? Eu te perdi de vista - scoot gritava preocupado no meu ouvido.

— Então você que é a famosa batwoman? - um velho manco apareceu de trás de uma lixeira - eu nao tenho muito tempo, preciso que me faça um favor. Então me escute com bastante atenção - ele se aproximou de mim mas eu não conseguia me soltar pois o drone havia prendido meus braços com correntes.

— Eu não vou fazer nada pra você seu velho - me debati mas ele não parecia que iria me sequestrar ou pedi para me juntar ao lado dele, ele estava realmente apreensivo.

— Apenas me escute. Meu nome é jeremiah, você não pode contar para ninguém que me viu, mas eu te peço só uma coisa você a partir de hoje irá vigiar Kara Danvers, e irá mandar um relatório para esse endereço - colocou um papel em minha mão - se você me prometer proteger ela, eu mesmo, prometo te proteger contra os Luthor. Pode fazer isso?

— E por que eu deveria proteger a Kara? O que ela tem de tão especial que eu tive que ser sequestrada e atacada?

— Ela é alguém que precisa ser cuidada a qualquer custo, faça o que eu estou pedido. Sou apenas um pai que quer o melhor para minha filha. Posso ter sua palavra? - um pouco relutante com o que sua palavras mas seu olhar parecia verdadeiro.

— Está bem. Você tem a minha palavra, mas eu posso ter a sua? - falei e olhei para as correntes que foram soltas no mesmo instante.

— Com toda certeza.

Coração de gelo - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora