Tortura no Cárcere - Síndrome de Estocolmo

6° Você me Ama?

**Mônica**

Hoje é o terceiro dia que estou presa, mas pra mim parece semanas!

Choveu a noite toda, deu pra escutar a chuva forte caindo e os trovões. Havia goteiras no telhado que humedeceram todo o chão e faziam vários focos de água.

Não consegui dormir, e quem conseguiria?

As dores do meu corpo me incomodavam muito, sem contar com a sede e a fome.

O sol aparece fraco, já era de manhã. Escuto a porta se abrindo e engulo em seco quando vejo meu sequestrador entrando com seu comparsa mascarado.

Lucas - Bom dia princesa! - diz empolgado.

Cão me desamarra da cadeira e me puxa pelos cabelos, senti fios do meu cabelo sendo arrancados com a força dele. Lucas se aproxima de mim com um olhar confuso e diz:

Lucas - Princesinha eu fiquei pensando em uma coisa essa noite. - coloca a mão no queixo - Você me ama?

Isso realmente é sério? Só pode ser pegadinha!

- Claro que NÃO!

Sua expressão muda e parece um pouco surpreso com minha resposta.

Lucas - Uau! Estou chocado! - ele da uma pausa - Puxa vida, estou desapontado!

- Você é Louco! - Franzi a testa.

Lucas - Talvez eu seja mesmo.

Cão me levou até a parede e começou a prender os grilhões novamente em meus punhos. O desespero tomou conta de mim.

- NÃO! Por FAVOR! O que eu fiz dessa vez? - digo me debatendo.

Lucas pegou seu chicote e me acertou uma atrás da outra.

- Paraa!! Por favor! - chicotada - Por que está fazendo isso? - choro
Lucas - PORQUE EU QUERO! - chicotada - E.. Porque Eu Sou Louco!!! - chicotada.

- Você não é louco! Me desculpa!

Lucas - HAAA! Eu acho que sou louco sim! - chicotada - E eu estou adorando ser louco! - ele dar uma pequena risada.

[...]

1 hora depois...

Depois que meu sequestrador se cansou de me bater ele prendeu uma corrente no meu pescoço deixando assim minhas pernas e meus braços livres.

Pra mim não faz muita diferença, eu estava deitada no chão molhado, sem muitas forças pra se levantar. As minhas feridas minavam sangue fazendo o meu vestido mudar de cor para marrom, eu cheirava a morte e a carne podre. Chorei tanto que já nem saiam mais lágrimas, mas os meus soluços eram altos e frequentes.

Lucas não estava no cômodo, ele disse "Mais tarde eu volto princesinha!", Não sei porque ele faz essa questão de me avisar, deve ser pra me deixar mais aflita.

Enquanto isso eu beijava e lambia o chão molhado tentando sugar sua Umidade. Eu me sentia um animal: um cachorro, talvez eu esteja pior do que um cachorro!

Eu tenho uma cachorrinha, ela se chama Layla. Bom.. Layla tem casinha revestida de couro, as melhores comidas, rações e refeições que um cão pode ter. Dei uma ordem para a cuidadora trocar a água de Layla a cada 1 hora. Ela prática esportes, tem sua própria piscina, participa de clubes, enfim, sua agenda é bem lotada!

Eu queria muito ser Layla agora!!

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13:05 da tarde...