Tortura no Cárcere - Síndrome de Estocolmo

34°

**Mônica**
Um mês depois...

É estranho como comecei ter uma vida totalmente diferente de como era á quase quatro meses atrás! Tudo mudou radicalmente.

Após ter saído de cárcere encontrei minha mãe na rua, falava sozinha e andava sem rumo. Ela obteve alzaime que é um tipo de demência.

Procurei uma casa de aluguel e levei minha mãe pra morar comigo. A casa tem apenas um cômodo com banheiro mas já dava pra alguma coisa!

O dono queria o dinheiro adiantado mas eu não tinha, depois de muita conversa combinei que no próximo mês pagaria as duas mensalidades de uma vez!

Fiquei alguns dias andando procurando emprego, e graças a Deus o dono de um restaurante me contratou. Desconfio que ele me contratou por segundas intenções, Porque eu não sei fazer porra nenhuma!

Já estava alguns dias no trabalho novo, meu horário era das 13:00 às 22:00, mas quase sempre eu dobrava para o turno da noite, precisava muito de dinheiro.

Agora nesse momento estou trabalhando. Estou colocando batata para fritar na fritadeira elétrica, minhas mãos viviam cheias de cortes e queimaduras, no começo foi muito difícil pegar o ritmo, mas aos poucos estou me adaptando.

Senti braços atrás de mim me abraçarem, já meio que sabia quem era: Mateus meu colega de trabalho.

Mateus - Não está com calor? - diz passando os dedos na minha blusa de manga comprida.

Fiquei um tanto que nervosa com a ousadia dele, e nervosa por ser tão intrometido!

Mônica - Quer me soltar! - falo grossa - E não, não estou com calor! - falo o empurrando.

Meu rosto pingava suor, mas não queria que ninguém visse as marcas, então eu sempre uso blusa assim pra sair de casa. Com mangas bem compridas!

Mateus - Calma, calma! Não precisa ficar nervosa! - diz com as mãos levantadas em sinal de rendição - Vejo que aprendeu a ligar a fritadeira! - diz sorrindo e eu não respondo, apenas continuo trabalhando.

Parece que quanto mais eu sou grossa mais o ser atenta!

Mateus - vai ter uma festa hoje, oque acha de irmos juntos? Eu tenho carro! - diz com um sorriso no rosto.

Mônica - Não!

Mateus - vai ser legal! Você nunca mais esquecerá essa noite! - diz malicioso.

Mônica - Eu não quero sair com você nem hoje, nem amanhã e nem nunca!! - tento falar com o máximo de grosseria possível.

Mateus - Nunca diga nunca gatinha!

Mônica - Nunca!

Uma outra funcionária chegou perto dele e lhe entregou um papel com um número de telefone.

Xxx - Mas eu quero! Esquece essa esquisita! - diz olhando com malícia para o garoto.

Mateus - Deus me livre! - fala com tom divertido.

Deixei os dois sozinhos com as batatas, e me direcionei até o vestiário. Pedi permissão para o meu chefe ontem se podia sair mais cedo hoje. Precisava resolver uns assuntos importantes.

Sai do restaurante sufocada de tanto calor e comecei a caminhar até minha casa que era algumas ruas depois.

Sabe oque é mais estranho? Lucas não me procurou nem uma vez se quer!

Sabe oque é mais estranho ainda? Sinto não estar sozinha.. em todo tempo tenho essa sensação.

E não! Não estou doida! Eu acho.