Tortura no Cárcere - Síndrome de Estocolmo

22°

**Narrador**
Alguns dias depois...

Mônica mais uma vez grita em sua cama com os olhos ainda fechados, fica se debatendo enquanto suas lágrimas caiam de seu rosto. Dona Lurdes que estava sentada tricotando alguma coisa se levanta e começa a acalmar a garota mais uma vez.

Já se passaram cinco dias desde o jantar de negócios. Lucas permanecia em seu aposento trancado desde então, e, Mônica estava dentro do mesmo quarto de sadismo, tendo várias crises de ansiedade e pânico excessivo.

A garota não disse nenhuma palavra desde o jantar com ninguém, só sabia chorar constantemente, mas as vezes Dona Lurdes a pegava rindo para o nada.

Lurdes - Calma Mônica!! É só mais um pesadelo, calma!! - diz balançando a garota delicadamente.

Mônica abre os olhos e sua afeição permanecia séria e triste. Lurdes passa a mão tirando os cabelos do rosto da garota que suava bastante.

Lurdes - Está com fome meu anjo? - Mônica não responde nada como sempre - Quer algo em especial? Pode pedir!

Mônica continua imóvel olhando para o nada. Logo seu rosto é preenchido por lágrimas silenciosas.

Lurdes - Me diga oque você quer comer meu amor! - segura na sua mão - Fala comigo Mônica, me diga oque você quer!

A menina olha para a senhora triste e confusa ao mesmo tempo, era difícil saber oque se passava na cabeça dela. Talvez nem ela mesmo saiba.

Mônica - Quero tudo, mas ao mesmo tempo não quero nada!

Lurdes não precisava entender essa matemática, apenas cobriu a garota com os braços dando-lhe um abraço apertado.

Depois de desfazer o abraço a senhora pega animada o objeto em tricô que estava na cadeira.

Lurdes - Olha oque eu fiz pra você! - diz empolgada mostrando um vestido em tricô. - gostou?

A menina segura o vestido e devolve um sorriso meigo.

Lurdes - É melhor do que esse trapo que está vestindo! Vamos experimentar e já aproveito para ver seus curativos.

Mônica levanta da cama e tira o vestido que estava no corpo mostrando seu corpo nú e com várias cicatrizes.

Lurdes - Está bem melhor!! E o ferimento da perna está melhorando também!

Após Dona Lurdes observar, Mônica coloca o vestido de tricô.

Lurdes - Vou sair um pouquinho, querot pedir para Lucas se posso levá-la pra tomar um ar lá em baixo, você precisa andar.

Mônica arregala os olhos e segura com força o braço de Lurdes.

Mônica - NÃO!! NÃO ME DEIXA AQUI SOZINHA!! POR FAVOR!! - chora.

Lurdes durante esses cinco dias não saiu do quarto para nada, dormiu junto com Mônica e comeu com ela. Tudo que ela precisava pedia para Cão, que trazia pessoalmente, por conta, de só ele além de Lucas ter a digital da porta.

Lurdes - Fica calma! Não irei a lugar nenhum, depois eu falo com ele.

Mônica foi se acalmando aos poucos e deita na cama novamente. Ela sabia que se Dona Lurdes a deixasse sozinha abriria uma brecha para Cão abusar dela, e durante esses dias o homem parece bem agoniado para tê-la de novo.

A porta se abre, era Cão. Sempre que Mônica o via seu corpo tremia. Ele sempre a olhava fixado como se a qualquer momento quisesse atacar sua presa.

Cão - Precisam de você na cozinha! - diz para Lurdes.