MedelinE cá estava eu sentado no camarote enquanto olhava as pessoas dançando, sorrindo e bebendo.
Eu estava totalmente sem ânimo e olhar pra animação daquelas pessoas me fazia pensar.
A seis meses atrás tudo isso aqui fazia sentido, tinha alegria, ânimo e uns bagulho que eu nem sabia que eu podia sentir, agora nada faz sentido tudo ficou escuro, sem graça como se faltasse algo, o foda é que eu sabia exatamente o que faltava
Faltava a minha mulher do lado, a mulher que eu amo e por burrice eu a perdi.
Eu queria proteger ela da minha vida bandida, da vida fudida que eu tenho.
Querendo ou não ela entrando ia fuder muita coisa e eu só queria deixar ela fora disso.
Mas eu tomei uma decisão por nós dois e era algo que eu não deveria ter feito, eu deveria ter dado a ela a opção de meter o pé ou entrar nessa vida comigo.
Mas isso é algo que eu não consigo porque prefiro vê-la segura do que comigo.
Olhei pra escada que dava pra subir pro camarote aonde eu estava e vi algumas pessoas subindo e uma delas era a Lauane, neguei com a cabeça olhando pra outro canto, daqui a pouco essa louca vem encher a porra do meu saco.
Bati o olho no relógio que estava no meu pulso que marcava 00:30, tava cedo e eu já queria ir pra minha casa, essa festa acabou a parti do momento que a minha mulher não está do meu lado.
Tirei um cigarro de maconha do bolso e acendi, senti alguém vindo na minha direção e eu olhei vendo a Lauane vim com uma saia que dava pra ver seu útero, um top rosa e um salto enorme.
A cada passo que ela dava eu via o seu sorriso aumentar, e lá vem a calcinha suja apertar a porra da minha mente.
Lauane: iai senhor Medelin como anda? - puxou uma cadeira que eu nem sabia que tava ali
Medelin: tudo na paz - falei dando um trago no meu cigarro
Lauane: pretende ir pra algum lugar depois daqui? - passou a mão no meu braço enquanto me olhava
Medelin: não, vou é pra minha casa - soltei a fumaça pela boca e bati a mão de leve no braço da cadeira
Lauane: me leva junto contigo - sorriu de lado e eu neguei com a cabeça
Medelin: Lauane não força, já lhe disse várias vezes que não tô no pique e não te quero então por favor da uma segurada, quero te tratar mal não - falei tranquilo fumando minha maconha de leve enquanto olhava a minha irmã dançar com alguns amigos dela.
Lauane: não vou insistir, quando quiser sabe aonde eu estou - falou e levantou saindo dali
Sinceramente eu não tinha vontade alguma de ficar com outras pessoas nesses seis meses, tanto que eu não fiquei com ninguém.
Não conseguir beijar outra boca e pensar que poderia tá beijando a minha garota.
Pensar nos nossos momentos dói mas pensar que eu machuquei a única mulher que eu aprendi a amar dói mais ainda.
Quanto mais eu tentava tirar ela da minha cabeça mais ela voltava, tava foda.
Tirei meu chapéu coçando minha cabeça e depois botei novamente enterrando ele na minha cabeça.
Não sei quantos cigarros de maconha eu tinha fumado nessa noite só sei que era a única forma de me manter mais tranquilo, minha cabeça tava agitada e eu precisava relaxar e a maconha ajudava.
Guará: levanta porra vem curti com nós - me puxou e eu neguei com a cabeça levantando
Fui pra perto deles que estavam animados pra caralho, não sei pra que essa animação toda.
Botei a mão no bolso e girei a chave do carro.
Olhei pra baixo vendo as meninas que devem ter no máximo 15 anos se esfregando em bandido, é cada uma que eu vejo que puta que pariu.
Vuk: aí pega a visão olha aquela mina ali dançando - apontou na cara dura pra mina de short preto - parece uma pata dançando - gargalhou altão o Guará só olhou segurando o riso
Neguei com a cabeça rindo, esses menor marola.
Todo mundo que passava ele apontava e zoava, já tava vendo a hora de cacetarem esse moleque.
Fiquei mó cota ali bebendo e fumando, meu pulmão tá pedindo socorro nesse momento.
Guará, Vuk e Amanda tavam dançando o passinho e os caralho eu só olhava aqueles três patetas.
Papo retão parecia três crianças, não ficam quietos um segundo.
A Amanda errou um dos passos e riu saindo de perto deles vindo até mim.
Ela me olhou com aquele olhar de criança que quer perguntar alguma coisa mas não tá sabendo como perguntar.
Medelin: rum, tá querendo perguntar o que? - olhei pro seu rosto ajeitando minha postura
Amanda: tá tudo bem? - me olhou atentamente e eu respirei fundo
Medelin: tá sim pô - falei e desviei o olhar dando um gole na minha bebida
Amanda: sente falta dela não é? - perguntou passando a mão no rosto
Medelin: sinto e pra caralho mas no momento tô tentando esquecer - virei a cabeça pro lado e depois a olhei de novo
Amanda: não a conheço mas se ela te faz bem vai atrás dela, é tão difícil seguir seu coração uma vez na vida Caio? - falou e cruzou os braços pequenos
Medelin: não é tão simples, não posso ir embora e voltar como se nada tivesse acontecido, não posso voltar, vou machucar ela mais ainda se fizer isso e a última coisa que eu quero é a machucar novamente - respirei fundo
Amanda: eu entendo mas mesmo que vocês não voltem ela merece uma explicação, ela deve tá se sentindo usada agora acho que ao menos uma explicação ela merecia - tocou no meu ombro - Caio você tem certeza que não quer ir procurar ela? - fez uma pergunta que sinceramente nem eu sei responder
Medelin: deixa como tá, talvez algum dia a gente se encontra, eu não disse um adeus eu só disse um até mais - suspirei pesado
Amanda: espero que realmente não seja um adeus - me abraçou de lado e eu beijei sua cabeça
Medelin: vou meter o pé - sai do abraço - se cuida quero tu em casa antes de amanhecer, pede pro Vuk ou o Guará te levar - beijei novamente sua testa
Amanda: eu tenho 20 anos eu sei me cuidar - riu de lado e eu a olhei feio
Medelin: vai achando que passa abatido, tô só lhe olhando, fé doidinha - falei e ela piscou
Fui falar com o Guará e o Vuk que tava metendo o pé, insistiram pra mim ficar mas pô tava cansadão nem dava pra ficar.
Sai do baile metendo o pé pra casa, tava cansado a única coisa que eu queria fazer era dormi.
(...)
60⭐️
60 comentários.O que acharam da forma que o Caio agiu durante esse tempo?
Entrem no grupo no WhatsApp, o link tá na bio 🫶🏻
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Até mais.
FanfictionEu sou yin, você é yang, tu é alma, eu sou sangue E a nossa hora vai ser outra, não adianta bater cabeça Minhas promessas não foram falsas, talvez precipitadas Mas você olha nos meus olhos e vê que não é caôzada