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                              Maria Manuela

Acordei lembrando de tudo que aconteceu! Eu tava feliz por tudo que a gente fez, foi gostoso, eu tava com muita saudade, mas eu não posso fazer isso, não posso mesmo!

Procurei minhas coisas e vesti minhas roupas em seguida. Quando estava calçando minha sandália ele se mexeu na cama me fazendo olhar pra ele que ainda dormia. Terminei de calçar minha sandália e arrisquei avisar que iria embora.

Manu: Tô indo embora!- parei em frente a cama e ele sussurrou um "Ahan".

Não fiz questão, e pelo visto nem ele! Desci as escadas e procurei minha bolsa e meu celular pra ligar pra Virgínia, não dei nenhuma satisfação e ela deve tá louca uma hora dessas.

📞Ligação📞

Manu: Oi, tu tá na minha casa?

Virgínia: Oi, vida.- pareceu nervosa e eu estranhei.- tô aqui no morro, me encontra lá em baixo?

Manu: tá fazendo o que aqui ainda?- perguntei já saindo da casa.

Virgínia: Depois te explico, só me encontra lá!- desligou.

(...)

Cheguei na entrada do morro e eu vi a louca com o cabelo bagunçado e mexendo no celular.

Manu: Tava onde, Virgínia?- dei um susto nela.

Virgínia: olha só, tu não me assusta não porque já basta o susto que você me deu ontem.- me olhou brava.- conta o que rolou, porque eu não tô entendendo nada.

Manu: A gente transou!- ela me olhou indignada.- É Virgínia, a gente transou e agora eu tô mal com isso, só quero ir pra casa!

Virgínia: Aquele show todo pra vocês irem transar e agora você tá arrependida? Porra, e eu tava me sentindo culpada por ter transado.- disse andando em direção ao carro que chegou.

Manu: Ele é o Caio, amiga!- ela abriu a boca em um "O".

Virgínia: Meu Deus Manuelaaaa, você namorou um bandido?- disse chocada.

Manu: Pois é, e eu nem sabia!- encostei na janela e ela passou a mão no meu cabelo.

Virgínia: Ei, não fica assim, eu também dei pra um! É normal, eu acho.- tentou me consolar, mas eu comecei a rir.

Manu: Tá me ajudando muito, obrigada.

A nossa conversa foi baseada em rir e se lamentar pelo acontecido.

Eu não tava arrependida de ter transado com ele, mas sim de ter sido fraca e ter me deixado levar naquele momento só pelo tesão. Não agi com a razão e sim com a emoção. E eu sei que isso vai doer mais por ter visto ele novamente, a dor voltou toda do início e acho que só agora a indiferença de agora de manhã tá me machucando.

Chegamos em casa e a Virgínia disse que ia pra casa dela e que só passou pra pegar as coisas, e na real eu queria muito ficar sozinha.

Assim que ela saiu eu tomei um banho e vesti só uma calcinha, coloquei comida para as calopsitas e pro Gin que só queria brincar.
Vendo que não teria sucesso ela pulou na cama comigo e quem me acalentou enquanto eu chorava foi ele.

Eu amo demais aquele cara, tudo nele me faz falta e de verdade? Eu não tô nem aí para o que ele faz, não apoio, mas eu sou egoista demais pra não ficar com ele por esse motivo.

O real motivo de não querer ficar com ele é por eu não confiar mais, porque ele mentiu pra mim! É isso que me corrói, me machuca demais saber que ele mentia tanto pra mim e nem sentia um remorso se quer.

Passei o dia todo na cama e a tarde fui dar uma voltinha com o Gin.

Coloquei um biquíni laranja da nova coleção da loja da minha mãe e fui me encontrar com ela.

Flora: Que saudade, meu bebê.- me abraçou que eu pensei que ia me esmagar. Minha mãe tem essas manias de proteção.

Manu: também tava com saudade mãe!- sentei na cadeira de praia com ela e soltei o gin pra brincar um pouco, ele tava amando toda aquela areia.

Flora: Porque tava chorando.- olhou pro mar e eu soube que meus olhos estavam inchados e por isso ela perguntou.

Manu: Sabe que eu e o Caio terminou né?- ela assentiu.- ontem eu vi ele.- ela olhou pra mim rápido.- Lá no PPG.- arregalou os olhos.- ele é o chefe de lá.

Flora: Puta que pariu, Maria Manuela! Eai?- balançou a mão mandando eu prosseguir.

Manu. eai que a gente transou.- fechei os olhos esperando o xingo.

Flora: Tá arrependida?

Manu: Não pelo sexo, e sim por ter me deixado levar!- olhei pra ela que olhou pra mim e passou a mão no meu rosto.

Flora: Você ama ele né, minha filha?- eu assenti.- então não se arrependa. O amor é assim, sei que você acha que foi um tombo mas a vida é assim.- ela pegou minha mão e apontou pro meu pulso onde tem uma tatuagem de batimentos cardíacos- A vida tem altos e baixos, se tudo se alinhar, a gente morre. Passou o dedo nas linhas da tatuagem e eu desabei chorando.

Manu: Eu amo ele demais, mãe! Eu não sei o que fazer por que ele mentiu pra mim, mas eu amo ele demais.

Flora: ele te falou o motivo de ter feito tudo isso?- limpou minhas lágrimas.

Manu: Disse que era pra me proteger e que tinha medo de algo acontecer comigo.- abaixei a cabeça e senti o Gin me lambendo.

Flora: Então meu amor, ele só estava preocupado! Eu sei que ele devia ter te contado desde o início, mas as vezes foi o jeito que ele achou pra te proteger.- me olhou e eu assenti.- Conversa com ele.

Manu: Eu não vou atrás dele, quando tudo aconteceu eu insisti demais pra ele ficar e mesmo assim foi embora e hoje de manhã eu disse que tava indo embora e ele só falou "Ahan".

Flora: Então espera ele vim atrás, mas não faz nada com medo do que os outros vão dizer, ninguém tem nada haver com a tua vida!- disse e pediu uma cerveja pro garçom que passou do quiosque que ela alugou as cadeiras.

O resto da tarde foi assim, brinquei muito com meu bebezao e entrei na água. Ali sim eu me permito chorar forte e deixar com que Iemanjá leve toda essa angústia de mim, que me limpe e me deixe bem.

Me despeço da minha mãe e pego minhas coisas pronta pra comprar um açaí e depois ir pra casa.

(...)

Quero bastante interação por que agr vamos voltar com tudoooo

Até mais.Where stories live. Discover now