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Medelin sentiu toda a discussão dele com a Manuela, mas mesmo assim deixou que fosse tudo no tempo dela. Não queria que ela se estressasse mais do que ele já tinha se estressado.

Medelin querendo ou não é um homem bom, que valoriza a mulher dele e mesmo todo mundo acreditando que ele tinha traído a manu, isso nunca tinha acontecido.

As vezes a ingenuidade te faz perder muitas coisas, e a prova viva disso foi a Manu voltar para o seu apartamento. Ele pensou muito em ir atrás dela, mas o que ele fez foi mandar uma mensagem.

"Me perdoa por isso! Eu te amo mais que tudo nessa vida e não consigo me ver sem você. Vou respeitar seu tempo, mas quando se sentir pronta, volta pra casa amor!"

Assim que a Manu viu aquela mensagem na casa de seus pais, ela chorou muito no colo da sua mãe e não era por conta dos hormônios da gravidez e sim pela dor interna da briga com o cara que ela ama.

Seu pai chegou anoitecendo e Manu decidiu passar a noite ali e aproveitar com sua família. Fizeram uma noite em família e curtiram como não curtiam a anos. A felicidade nos três era notória e aquilo foi a única coisa que manteve a Manu bem.

Na barriga a neném estava agitada e quando seu pai tocou e perguntou se havia escolhido um nome, ela negou. Manuel se empolgou e logo sugestionou um nome, que foi aceito pela sua neta que chutou forte indicando que tinha escutado.

"Meu pai me deu uma sugestão de nome, se você gostar acho que poderia ser o nome dela"

Lá no complexo o sorriso de Caio cresceu ao ver a sugestão do nome para sua filha é assim foi declarado que iria ser aquele.

"Maria Ísis"

Caio mandou algum dos seus vapores para manter a segurança de Manu e Ísis, que foi aceito por ela de bom gosto.

Por volta das 04 da manhã, Flora começou a passar muito mal. A dor no peito e angústia ia crescendo de hora em hora. Todo mundo da casa já estava preocupado só que o que preocupava no morro era o tanto que Medelin estava inquieto.

Medelin: Vai acontecer alguma coisa, irmão, eu tenho certeza!- disse andando de um lado para o outro enquanto Guará tentava entender ele.

Guará: Você precisa se acalmar pô, desse jeito vai infartar ja já!- disse agoniado com toda situação.

Medelin: Se acontecer algo com elas eu vou ficar maluco, não sei o que eu faço nesse lugar.- sentou na sua cadeira e colocou a mão no rosto.

Guará: Vou pedir a Virgínia pra ir ficar com ela. Você e a Maria se falaram hj?- perguntou enquanto digitava uma mensagem para Virgínia.

Medelin: Sim, a mãe dela tava passando mal e mais tarde ela vai voltar pro apartamento dela.- pegou o celular ligando pra manu, mas em seguida foi pra caixa postal.

Guará: Fica de boa, não vai acontecer nada não!

Aquilo não foi o suficiente pra acalmar o Caio. Ele sabia que algo estava errado e sabia que ele precisava agir de alguma forma naquele momento.

Medelin: Pede pra rastrear aquele português safado!- guará olhou pra ele confuso.- Eu sei que tem dedo dele nisso, só faz o que eu tô mandando.

É assim Guará fez! Colocou todo mundo pra trabalhar e Medelin ficou na sala tentando de alguma forma achar alguma coisa que mostrasse pra ele que o português estava agindo.

E assim o dia se passou, a mãe da Manu conseguiu se acalmar e então ela resolveu voltar pra casa.

Manuel: Filha, eu vou deixar meu carro na garantia amanha de manhã por que tá dando alguns problemas, empresta o pai o seu?- perguntou abraçando sua filha.

Manuela: Empresto pai, o senhor só me leva em casa agora então! Preciso arrumar umas coisas lá e descansar também.- foi dar um beijo na sua mãe.

Flora: Descansa aqui, filha!- pediu.- Depois você arruma essas coisas. Fica com a mamãe.

Manuela: Eu volto mais tarde, meu amor, eu prometo!- abraçou a mãe que estava deitada no sofá.

Flora: Promete?- perguntou olhando nos olhos da Manu que concordou.- Tá bom, não demora! Eu amo vocês.- olhou pra filha e pro marido que esperava a filha na porta.

Manuel: Eu também te amo, mi amor, em 40 minutos eu estou em casa!- foi em direção a esposa e a beijou.- Vamo, mamãe do ano?- perguntou pra sua filha.

Manuela: Vamo vovô do ano!

A pequena Maria Ísis, se agitou na barriga da mãe que já estava começando a sentir dor em todo o trajeto até sua casa.

Manuela: Calma filha, mamãe já vai deitar!- disse alisando a própria barriga e seu pai olhou pra ela com um sorriso no rosto.

Manuel: É lindo ver toda essa sua mudança filha!- segurou sua mão.- Eu estou orgulhoso de tudo que você está construindo.

Manuela: Obrigada pai.- Disse com os olhos lacrimejando.- Eu sou grata demais a você e a mamãe por tudo que sempre fizeram por mim.

Manuel: Nós só te demos amor!- beijou a mão da filha e continuou o caminho.

Manuela: E foi o suficiente!- beijou a mão do pai também.

O carro foi estacionado enfrente o condomínio da Manuela e ela abraçou seu pai se despedindo.

Manuel: Tá entregue!- A filha o abraçou e deu um beijo em sua testa como sempre fazia quando se despediam.

Manuela: Tchau pai, eu te amo!- desceu do carro e pegou a mala nos bancos de trás.

Manuela observou os meninos da contenção do pai da sua filha ali, e viu eles levando o radinho até a boca falando algo enquanto se aproximavam dela com uma expressão preocupada no rosto.

Os passos deles aumentaram e Manuela estranhou quando um abraçou ela a virando de costas e o barulho de explosão foi ecoado por toda avenida.

O susto foi enorme, e quando Manuela se deu conta do que avisa acontecido ela olhou em direção a explosão. E lá estava seu carro pegando fogo.

De longe dava pra ver que não tinha sobrando nada ali, tudo tinha ido para os ares e junto, seu pai tinha ido.

No morro, Medelin escutava o barulho da explosão pelo rádio e o desespero o tomou conta. Ele correu até o carro com seu amigo atrás dele e seu celular tocou.

Português: Eu te avisei pra não me desafiar, Medelin!- riu.- Espero que a linda Manuela esteja bem.

A ligação foi encerrada e Caio não teve nenhuma reação a não ser entrar no banco do carona e deixar seu amigo dirigir até o local.

Em Ipanema o desespero de Maria era gigante, os gritos estridentes e o choro eram doídos até pra quem via. O vapor tentava acalma- lá mas não era possível.

Caio desceu do carro procurando ela e quando ele a viu foi em sua direção. Ela correu em sua direção quando o notou e o abraçou chorando mais.

Manuela: Meu pai, Caio, ajuda o meu pai!- gritava olhando pra ele e ele não conseguia raciocinar.

Medelin: Amor, Calma, pensa na Ísis agora!- Era o que ele conseguia falar.

Manuela: Eu não quero ficar calma, eu quero que ajudem o meu pai!- gritou mais.- Ajudem ele!- gritou para os meninos da contenção que só abaixaram a cabeça sabendo que não tinha mais o que ser feito.

Guará observou todo aquele desespero e viu o momento que a calça branca de Manuela foi ficando vermelha. Ali ele viu que o desespero estava só começando.

(...)

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Até mais.Where stories live. Discover now