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⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯☽♛⚢✵𓌖
𝓐 lua estava em seu maior ponto no céu.
Era mais uma noite calma e fresca à bordo do navio mercante que comprei a quase sete verões. Eu estava sentada no parapeito do lado de fora da cabine de comando, apenas observando as estrelas e o mar calmo em minha frente.Não conseguia dormir, isso acontecia durante todas as noites e sempre no mesmo horário. O relógio marcava 2:45 da manhã, e como uma sina - nada mais me convenceria de que se tratava do contrário - eu acordava aos prantos, ainda sonhando com a noite que mudou a minha vida e a de minhas irmãs.
A pior noite de todas as noites da minha vida.
Respiro profundamente, entro na cabine de comando para descer por uma escotilha que ficava no fundo do cômodo. A passagem me levaria para uma escadaria em formato espiral que terminava no porão, e também na cozinha do navio.
Precisava de chocolate quente com conhaque, era a única coisa que me acalmava, - além de observar o mar- durante essas minhas crises da madrugada. Era minha bebida favorita. E também era a dela.
Balanço a cabeça em uma tentativa falha de desfazer os pensamentos indesejados que tentavam com afinco se esgueirar em minha mente. Não iria, - não queria - pensar nela agora, não mesmo, caso contrário sabia que não aguentaria.
Calmamente, avanço até o armário embutido na parede lateral, posicionado perto das janelas, tirando de lá uma garrafa de leite e uma de conhaque, esse último já pela metade.
Depois, pego a panela, o açúcar e o chocolate em pó.Como é comum em um navio, a maioria dos móveis e utensílios eram fixados nos chãos ou nas paredes, assim o risco de algo se movimentar, cair ou quebrar era razoavelmente menor.
Eu podia escutar perfeitamente cada barulhinho do navio, cada estalo da madeira, cada respirada que o ar jogava na luz da lua.
Afinal de contas, eu estava sozinha ali e não havia tripulação alguma para fazer qualquer barulho.Por um lado isso era bom - estar sozinha, apenas eu e minha cabeça - por outro era péssimo, pois meus pensamentos não eram muito bons e confiáveis na maior parte do tempo.
Minha irmã mais velha, Nestha Archeron, costumava dizer que eu era maluca, que era uma sociopata sem coração que pensava apenas em mim mesma e no que me convém. Mas não acho que isso seja verdade. Bom, na maioria das vezes talvez...
Porém, o que Nestha não via, era que éramos idênticas, a mesma bolacha do pacote. Nós duas éramos bruxas malditas que só pensavam em si mesmas e afastavam as pessoas quando as coisas ficavam difíceis.
E era exatamente por ser assim que fui embora. Depois de sermos jogadas no caldeirão, a fêmea loira de beleza estonteante - amiga de Feyre - nos levou para uma cidade chamada Velaris. Não prestei atenção em nada, nenhum detalhe, estava machucada demais para isso.
Engulo em seco me lembrando da sensação de ter a pele rasgada e dilacerada pelo chicote de espinhos de ferro do rei de Hybern. Ainda consigo sentir o gosto de sangue escorrendo pelos meus lábios, dele escorrendo dos variados cortes pelo meu corpo.
O rei queria fazer um experimento, ver se o caldeirão além de transformar em feérico, também curaria e removeria as cicatrizes que ficassem. Então ele mandou um homem que viveu há 500 anos atrás, - mas que foi revivido - para me torturar. Nunca esquecerei de seu nome.
Jurian.
Eu iria me divertir muito me vingando dele. Como o bom cachorrinho do rei, Jurian me espancou, chicoteou, torturou e estuprou na frente de todos. Das rainhas mortais, das minhas irmãs, dos amigos e inimigos de Feyre.
Lembro de escutar os gritos de minhas irmãs mais velhas. As três gritavam e choravam e imploravam para que o rei ordenasse a Jurian para parar. Ele não ouviu as súplicas. Na realidade, acho que ele fez isso apenas para mostrar que podia, e também para tentar me fazer ter alguma reação, pois diferentemente de Nestha e Elain, eu não chorei ou gritei.
Pelo contrário, do início ao fim, desde quando arrombaram a porta de meu quarto a noite até quando fui cuidada pelo o que descobri serem gêmeas espectros, eu não gritei. Em momento algum emiti qualquer ruído que seja. Não faço ideia de como consegui resistir.
E isso irritou o rei hyberiano.
Uma vez jogada no caldeirão, parei de sentir dor, pelo menos momentaneamente. Quando comecei a ficar sem fôlego e a água adentrou meus pulmões, desisti de ser forte. Pela primeira vez na vida eu chorei - nunca me toda a minha existência havia feito isso antes, nem quando nasci- e então me quebrei.
Deixei aquela onda de poder me invadir e reivindicar tudo o que quisesse de mim, e foi isso que aconteceu. Uma luz branca e forte proveniente da onda de magia atingiu meus olhos, todo o meu corpo explodiu com uma dor ainda maior do que já estava.
Os ossos estalaram e cresceram, a pele se esticou, meu sangue ferveu e congelou. Tudo em mim se alterou, a prova disso foi quando saí do caldeirão, ou melhor, quando fui cuspida dele. Agora como uma grã-feérica, porém quando toda a minha humanidade foi tirada pelo objeto mágico ele levou algo com ela, os meus sentimentos e emoções - pelo menos pouco que ainda possuía delas.
Uma constatação poderosa tomou minha mente nos segundos seguintes: Não me restava mais neste mundo, nada que era verdadeiramente meu, ou feito por mim.
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Olha eu aqui de novo com mais uma fanfic kakakak
Como vcs estão? Espero que gostem da fic, pfv curtam e comentem.
Bjs e boa leitura.
28/07/22
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𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮 𝓭𝓮 𝓣𝓮𝓶𝓹𝓮𝓼𝓽𝓪𝓭𝓮𝓼 𝓮 𝓝𝓪𝓾𝓯𝓻𝓪́𝓰𝓲𝓸𝓼 - 𝕃𝕚𝕧𝕣𝕠 𝟙
Fanfiction𝐸 𝑠𝑒 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑖𝑠𝑠𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑎 𝑖𝑟𝑚𝑎̃ 𝐴𝑟𝑐ℎ𝑒𝑟𝑜𝑛? 𝐸 𝑠𝑒 𝐹𝑒𝑦𝑟𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑓𝑜𝑟 𝑎 𝑖𝑟𝑚𝑎̃ 𝑐𝑎𝑐̧𝑢𝑙𝑎? 𝐸 𝑠𝑒 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑖𝑠𝑠𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑎 𝑖𝑟𝑚𝑎̃ 𝐴𝑟𝑐ℎ𝑒𝑟𝑜𝑛, 𝑞𝑢𝑒 𝑎𝑝𝑜́𝑠 𝑠𝑒𝑟 𝑞𝑢𝑒𝑏𝑟𝑎𝑑�...