Capítulo 11

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⚠️ Aviso: Este capítulo pode conter gatilho. ⚠️






Estava andando pelas ruas escaldantes da Diurna quando avisto um pub aberto. E, embora fosse nove horas da manhã, eu adentrei ao estabelecimento.

Precisava de uma bebida para me acalmar um pouco. Acho que isso é de família, sabe? De ter que recorrer à bebida e às drogas quando as coisas ficam difíceis.

Minha mãe era assim.

Meu pai era assim.

Nestha é - era - assim.

Elain é assim.

Eu sou assim.

Essa é a maldição da família Archeron que persegue cada geração. Agradeço a Mãe por Feyre não ser assim, por ela não ter esse peso cruel em sua alma. Pelo menos isso não era mais um dos fardos que a família Archeron passou para ela.

Mesmo estando longe, sabia de tudo oque acontecia na vida de minhas irmãs. Meus raios sempre me informam, como velhinhas fofoqueiras. Através deles, soube como foi a guerra e, principalmente, como foi depois dela.

Nestha estava péssima, mal comia ou dormia. Vivia à base de pão velho, vinho e trepadas com qualquer macho que aparecesse em sua frente - não à julgo. Durante um tempo, antes de conhecer Alice, eu vivia da mesma forma, porém com fêmeas em sua maioria.

Desde aquele dia não suporto estar nem no mesmo ambiente com um macho desconhecido, imagine trepar com um, não, sem chance alguma - a menos que seja em uma orgia ou um ménage, porém, mesmo assim não os toco.

Mas então Alice estendeu a mão, e me tirou do buraco na qual eu mesma cavei e me enfiei. Devo minha vida a ela, à minha irmã de alma. Mike também me ajudou muito, ele me mostrou que ainda existiam alguns machos que prestavam, embora fossem poucos, infelizmente.

Com ajuda deles e do resto de minha pequena, vasta e esquisita família, consegui me reerguer, me libertar dos fantasmas do passado. Ainda tenho muito com oque trabalhar, - assumo isso- mas fiz um enorme progresso. E sinto orgulho em dizer que no afinal de contas eu sou uma sobrevivente.

E no que puder fazer para ajudar mais mulheres - fêmeas - que já passaram, ou estão passando, pela mesma situação que eu, em momento algum hesitarei em resgata-las.  

Elain, por mais quieta que fosse, também estava gritando por ajuda. Porém ninguém escutava. Então, para não sufocar em seus sentimentos tristes e amargos, ela recorreu à jardinagem. Pela falta de amigos, de pessoas para que a ajudassem, às flores e plantas em geral fizeram este papel. Queria ter estado lá para ajudá-la, mas não consegui.

Porém, não foi apenas o caminho da jardinagem que Elain recorreu. Infelizmente, minha doce e amorosa irmã mais velha, utilizou as drogas para tentar superar os eventos traumáticos de sua vida.

Durante este meu tempo em Prythian, farei de tudo para ajudá-la, serei aquela em que estenderá a mão para Elain. Assim como Cassian, Gwyn e Emerie estenderam para Nestha, como Alice e Mike estenderam para mim, e também, como Rhysand e Morrigan estenderam suas mãos para Feyre.

Tenho certeza de que as gêmeas espectro, Nuala e Cerridwen, estarão mais do que dispostas a estenderem suas mãos comigo para ajudar Elain. Acho que as espectros foram os únicos empecilhos para que minha irmã não tirasse sua própria vida.

Sento-me em uma mesa nos fundos do estabelecimento. Como era de manhã havia poucos clientes, provavelmente chegará mais no horário do almoço, mas o pico de clientes mesmo será a partir do pôr do sol.

Sinalizo com a mão para chamar o garçom, peço um drink atrás do outro, e fico assim até o meio da tarde que é quando Alice me encontra e me arrasta até o palácio. Estava tão bêbada que não lembro de mais nada na metade do caminho.




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N/a: Olá pessoal, tudo bem cm vcs?

Gostaria de saber oque estão achando da história, se possuem alguma dúvida ou se alguém tem uma sugestão/ideia que gostariam que eu acrescentasse para a história.

𝓒𝓸𝓻𝓽𝓮 𝓭𝓮 𝓣𝓮𝓶𝓹𝓮𝓼𝓽𝓪𝓭𝓮𝓼 𝓮 𝓝𝓪𝓾𝓯𝓻𝓪́𝓰𝓲𝓸𝓼 - 𝕃𝕚𝕧𝕣𝕠 𝟙Onde histórias criam vida. Descubra agora