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Poucas pistas, muitas dúvidas

Tobirama chegou ao departamento pela manhã, no horário costumeiro. Ele não ia até lá já tinha dois dias, tempo que precisou para conseguir ajudar Izuna a se ajustar, mas também recolher seu depoimento e adiantar as questões sobre o caso. Já estava tudo redigido e gravado, bastando apenas colocar a polícia na rua. Com as informações dadas por Izuna, eles precisavam agora encontrar pistas que lhes dessem algum rumo.

- Ele me falou do irmão, mas não consegui contato com ele. – O Senju estava na sala de Jiraiya, acompanhado por Kakashi. - Mora em Boston e estuda em Harvard, mas o Izuna tinha me falado que ele vinha tentando voltar para cá atrás deles, depois da falta de contato.

- Então pode ter a possibilidade de ele estar aqui, ou ter sido encontrado por quem fez isso ao irmão. - Disse o Hatake.

- Como ele está? - O Tenente chamou a atenção dos dois. - Não teve nenhuma procura por ele desde o acontecimento, então talvez o irmão não saiba, ou o pai não tenha saído vivo.

- É uma possibilidade. - A roupa de Tobirama tinha o cheiro do Uchiha, e o deixava mais confortável. - Ele está frágil, com medo de ser sequestrado novamente, principalmente por estar cego.

- Se não for um problema, mantenha ele na sua casa. – Disse Jiraiya. – Vou pedir para duas viaturas fazerem ronda no quarteirão enquanto a situação não é resolvida. – Tobirama anuiu. – Ele está sozinho agora?

- Meu irmão fica com ele durante o dia. Por enquanto deve ser suficiente.

- Ótimo. Quero que você e o Kakashi vão até o endereço que ele passou, tentar descobrir alguma coisa.

- Tudo bem. – Tobirama se levantou. Às vezes ele sentia falta da adrenalina daquele trabalho. Desde que Hashirama nunca soubesse disso, obviamente. – Depois se der tempo vou até a loja que ele trabalha tentar descobrir se alguém foi até lá tentando procurar alguma informação.

A neve já tinha dado trégua suficiente para que as ruas fossem liberadas, mas muitos pontos da agitada metrópole ainda estavam interditados, e quando isso alcançava um ponto de grande movimentação, gerava um transtorno desagradável. Ao menos para fazer o caminho de volta para o Brooklyn não estava tão perturbado quanto parecia.

- Eu pesquisei um pouco daquilo que me passou. - Kakashi tinha comprado dois copos de chocolate quente, que foram mais bem apreciados por seu estômago e o de Tobirama do que a agressão constante do café. - O irmão dele cursa medicina em Harvard, um dos melhores alunos.

Kakashi havia conseguido acesso as fotos dos alunos do curso atual com a intervenção de Jiraiya, e agora eles tinham um rosto para ajudar em sua busca. Tobirama não tinha conseguido contato algum pelo telefone, e isso deixava muitas dúvidas em aberto, e o medo de que pudesse ter acontecido algo semelhante à Izuna. O que gerava uma preocupação sobre como o pequeno poderia ficar devastado com a ideia de algo tivesse acontecido ao irmão.

- Isso pode chamar bastante atenção. - Kakashi prosseguiu. Eles alcançaram a ponte em direção ao bairro vizinho. - Mesmo que as informações sejam confidenciais, o pai parecia querer chamar atenção de gente barra pesada. E conseguiu.

- Mas o filho mais velho ainda pode estar em Boston. Ele cursa medicina, não é como se tivesse de tempo de ir e vir quando quisesse. O que também não é nada bom.

- Se essas pessoas tiveram acesso a alguma recordação da família do Izuna, devem pelo menos saber que ele tem um irmão. - Kakashi mirou o horizonte lateral. A água calma e gélida logo abaixo deles. - E isso já é um grande perigo pra ele.

O Brooklyn era um bairro com característica própria e influenciado por sua arte bastante presente nas ruas. A área residencial contava com forte presença judaica entre os moradores, e o bairro para o qual Tobirama ia era o Brooklyn Heights, considerado por muitos o local mais elegante dali. Era bastante tranquilo em relação ao que se propunha, considerando a área residencial, com parques nos arredores e uma bonita vista do horizonte da cidade de Manhattan.