- Meu Deus Tobirama. Achei que tinha acontecido alguma coisa com você.
O detetive se voltou para o irmão que parecia legitimamente preocupado com seu atraso. De fato Tobirama tinha voltado muito mais tarde do que estava acostumado, mas para ele estar em casa às onze da noite não era nenhum problema, ele gostava daquele período perto do começo da madrugada, então estar fora não parecia raro. Desde que Hashirama não soubesse desse detalhe, ficaria tudo bem.
- Trabalho. - Disse simplesmente antes de deixar o casaco sobre o apoio atrás da porta. - Mas depois a gente conversa melhor.
- Está tudo bem? – O outro franziu o cenho. - Aconteceu alguma coisa?
Tobirama negou. - Algumas pistas que podem ajudar. O caso do Izuna está sendo em conjunto com a Homicídios, então o protocolo fica mais longo. Eu devo começar a chegar mais tarde nos próximos dias.
Tobirama não falou nada, mas seu corpo cansado se sentiu mais confortável com o calor e o cheiro bom da comida que vinha da cozinha. Madara estava por lá mexendo em alguma coisa, e Hashirama parecia estar lhe acompanhando.
- Cadê o Izuna? - Ele seguiu até o banheiro, sendo seguido por Hashirama. A água aquecida também era um ótimo conforto para seus dedos frios. - Dormindo?
- Sim. Nós limpamos o quarto de hóspedes então ele está descansando lá no seu. Disse que estava sentindo dor.
- Você não dormiu? Nada?
- Dormi o suficiente. - Hashirama parecia cansado naquele horário, mas ainda ajudava no jantar. - O Izuna está meio deprimido, estou preocupado com o que o médico vai dizer amanhã.
Tobirama virou o rosto, sem responder imediatamente. Aquele dia tinha sido muito pesado para os ombros de todos eles, e para o Senju era ainda mais delicado lidar com os sentimentos que aqueciam seu peito.
- Nós recebemos uma pista importante. - Ele falou em tom baixo, para que apenas Hashirama ouvisse. - Que pode ser a resposta para a resolução do caso.
- Ai meu Deus. Por isso demorou?
- Sim. Parece que quem fez isso ao Izuna também era procurado na Homicídios já faz um tempo, então pode ser um pouco mais perigoso do que estava parecendo.
Tobirama não gostava de contar como era seu trabalho, porque sabia que Hashirama se preocupava com seu bem-estar, mas com tudo que tinha acontecido recentemente, era bom que ele estivesse ciente do que poderia resultar nos próximos dias.
- Se cuide, tudo bem? - O mais velho tocou em seu ombro; Tobirama anuiu.
- Eu vou devolver a vida do Izuna. Vai ficar tudo bem.
Hashirama o viu seguindo para o quarto, mas não disse nada, tampouco tentou lhe seguir. Ele sentiu um pesar com as novas informações, mas achou melhor não confrontar Tobirama, ou contar qualquer coisa para Madara. A vida de seu irmão era complicada por conta do trabalho, e apesar de não desejar que tivesse uma rotina tão perigosa, só podia cuidar de longe. E, por enquanto, era melhor que guardasse segredo.
Ele voltou para a cozinha enquanto Tobirama seguiu para o quarto. O abajur ligado dava uma iluminada parcial, sem causar incômodo a quem descansava. Izuna estava encolhido, com a parte longa dos cabelos caída por sobre o travesseiro, e um dos braços descobertos, como se ele tentasse abraçar o edredom. Dormia tranquilamente.
Tobirama se aproximou com cuidado, sentando no lado vago da cama. Seus dedos tocaram com suavidade sobre a pele maculada de Izuna, num afago tranquilo que passava muito carinho e evidenciava os sentimentos do Senju sem ele precisar falar qualquer coisa, que talvez não fosse suficiente para expressar. Era possível que Tobirama não tivesse as palavras exatas para dizer algo coerente sobre o fato.
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Fiksi Penggemar[TobiIzu][HashiMada] [Universo Alternativo] ~ [20/20] Tobirama é detetive da Crimes Sexuais de Nova York, e uma pessoa cética para com a vida, não somente, mas também por influência de seu trabalho. Porém, seus dias rotineiros entre ir até o Departa...