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Eduarda Sanchez

Acordo sentindo o peso do braço de Vinnie sobre a minha cintura, levanto devagar e vou para o banheiro fazer minha higiene pessoal. Assim que acabo vou pego meu celular e decido deixar o Vinnie dormindo, ele deve está bem cansado, vou para a cozinha e encontro minha mãe sentada enquanto meu pai estava arrumando algo.

- Bom dia. - Falamos em um uníssono. - O que você está fazendo? - Pergunto para o meu pai me sentando a mesa.

- Hoje algumas pessoas da família vem passar a tarde aqui, então eu vou fazer o almoço. - Ele explica e eu assinto. - O que acha?

- Acho muito bom, já faço ideia de quem são, estava com saudades de passar os domingos assim. - Falo enquanto corto um pedaço do bolo.

- Fazia tempo que eles não vinham aqui também, então essa é uma ótima oportunidade. - Minha mãe fala tomando um gole do seu café. - Cadê o Vinnie?

- Ele estava cansado de ontem então decidi o deixar dormindo. - Ela assente e vejo Carol entrar na cozinha. - Bom dia!

- Anotaram a placa? Parece que um caminhão passou por cima de mim. - Ela resmunga enquanto se senta. - Isso que dá ser sedentária, estou fazendo muitas coisas ao mesmo tempo.

- É, está mesmo, até esquecendo de ir a escola né, amanhã a senhora não vai faltar. - Minha mãe fala e ela nega.

- Amanhã eu vou ficar doente, não vai ter como, infelizmente, vamos aguardar, se na quarta eu estiver 100% eu vou. - Minha mãe estreita os olhos negando. - Aí mãe, qual é? A Duda está aqui, deixa eu passar esse tempinho com a minha irmã querida.

- Amanhã eu vou embora, daqui a dois dias tenho um ensaio fotográfico, eu vim para o Brasil sem avisar a ninguém. - Explico e ela massageia as têmporas.

- Por favor, fica aqui, estava adorando minha folga, tudo bem que semana passada eu só fui segunda e quarta, mas eu não aguento mais ir para escola. - Ela começa a reclamar.

- Você mata aula? - Minha mãe pergunta estreitando os olhos. - Porque você diz que vai para escola sempre.

- Eu não mato aula, a aula que me mata. - Ela responde e eu começo a rir. - E eu vou para aula sempre.

- Como você está na escola? - Pergunto, ela se ajeita na cadeira e paga sua xícara de café.

- Olha... Eu até posso faltar a escola mas eu tenho ótimas notas. - Ela se gaba e minha a olha cruzando os braços. - Menti dona Vanessa?

- Não, mas acho isso bem estranho né dona Carolina? - Ela da um sorriso largo. - Eu estou de olho em você.

- Juro, vocês não aceitam que eu sou super inteligente mesmo não indo para aquele hospício, estudo online, tem essa opção. - Nós rimos e sentimos um cheiro de queimado. - Meu pai fazendo comida é um barato, o que você queimou?

- Só foi um pouco do arroz, está tudo sob controle. - Ele fala desligando a panela e verificando o forno. - Estou fazendo um fricassê que está dando água na boca.

- Eu faço a sobremesa. - Disse e ele assente. - Vou fazer aquela torta de holandesa que vocês sabem que eu capricho.

- É isso que estava com saudades! - Carol fala e levanta as mãos agradecendo. - Eu vou apenas olhar porque eu não sei fazer nada.

- Não é problema, vou te dá uma função... Lava aquela louça que está ali, mas pode tomar seu cafézinho antes, fica a vontade meu amor. - Meu pai fala e ela enterra as mãos no cabelo.

- Que vida meu Deus! - Ela resmunga e nós rimos. - Eu devo ter jogado pedra na cruz.

- Isso aí é um poço de preguiça. - Minha mãe fala balançando a cabeça negativamente e meu pai derruba algo no chão. - Bom... Vou ajudar o Roger antes que ele acabe com a minha cozinha. - Termino de tomar meu café enquanto conversava com eles e me levanto indo para o armário da cozinha pegar os ingredientes para fazer a torta.

The Damn Love || Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora