Capítulo 2: Acaso

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Pilotei a moto até essa lojinha, entrei nela, observei tudo o que tinha e percebi que era uma loja de comida. Peguei algumas coisas para disfarçar, levei até o caixa e sorri para o vendedor

— olá, boa tarde! — ele diz sorrindo e passando aquelas compras
— boa tarde! Eu sou nova na cidade, não sei nada sobre aqui
— sério? Aqui é muito bom, você vai ver
— mas o senhor soube sobre aquele assassino que está rondando aqui? É tão assustador!
— eu soube, mas não achei ele — mostrei uma foto dele no meu celular e o senhor se chocou — o que?
— o que houve?
— ele veio aqui ontem, comprou umas coisas e saiu
— nossa. Ele disse alguma coisa?
— só me desejou um bom dia. Ah, ele estava no celular, ouvi ele falando com alguém que iria encontrar uma pessoa... Carolino? Sim, Carolino. Saiu em um trailer preto
— isso é muito sério, se eu fosse o senhor tomaria cuidado — paguei ele e fui embora — tenha um bom dia!
Carolino, quem é Carolino? Investiguei um pouco sobre os amigos dele, familiares, pessoas próximas, etc. Ele se chama Augusto Alves, não tem mãe, o pai mora no norte do país, o irmão mais velho tem 33 anos e parecem não se falar muito. Acessei o Facebook dele e descobri algumas coisas também.

O treiler!

Coloquei a placa dela no rastreador, aparecendo uma parada perto de um bosque... Ele não poderia ser tão burro assim, então levei minhas armas e algumas munições. Outra vez fui atrás desse miserável. Assim que cheguei lá, tomei cuidado e entrei sorrateiramente dentro daquele trailer. Não tinha ninguém, mas muita sujeira e comida espalhada pelo chão. Ouvi barulhos de fora, me escondi e deixei minha arma preparada

— agora sim vou fazer uma comida decente para mim — Augusto diz sem nem perceber que tinha uma presença estranha. Um cheiro de bicho morto invadiu aquele lugar. Saí de onde me escondia, o homem leva um susto — que isso???
— cala a boca e senta ali! — apontei para o sofá. Lentamente ele sentou no sofá e ficou quieto — eu vou te levar, não tente fazer nenhuma besteira, se não eu atiro em você!
— por que uma moça tão bonita quanto você veio me buscar? Geralmente os rapazes que buscam as damas — aquele sorriso sarcástico dele me deixou irritada — sabe, bem que eu queria comer antes de você me levar, você quer?
— não quero nada de você! — peguei minha algema e me aproximei dele, prendendo suas mãos. Quando coloquei a mão no bolso para pegar o celular, senti uma batida forte no meu rosto. Ele tinha me dado um chute. Aquele homem levanta, tenta ficar por cima de mim, mas eu rolei e ele caiu de joelhos no chão. A perseguição aconteceu até eu conseguir me levantar e dar um soco no rosto dele
— já chega!! — gritei. Ele me olha sorrindo, como se não tivesse levado um soco na cara a um segundo atrás. Vejo o nariz dele sangrar
— ficou irritada, querida?
— seus dias de assassino acabaram, desgraçado!

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