Capítulo 6: 5 AM

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Pela manhã peguei minha moto e fui até a minha casa, pensei que Augusto estaria acordado, mas não estava. Eram 5 da manhã, ele não deveria mesmo estar de pé. Andei até o quarto, abri a porta, vi ele dormindo, gritei e acordei ele

— acorda!!
— que? Que isso? — ele levanta como se o mundo estivesse acabando, depois cai na cama, provavelmente foi a pressão — ah, é você. São que horas?
— cinco
— da tarde?
— da manhã!
— o que??? Você só tinha esse horário para vir, não tinha outro?? Está doida??
— não, mas Carlos Hellman está doido atrás de você. Ele não avisou as autoridades, mas se eu demorar mais de 2 semanas para executar o plano, provavelmente vai acontecer e isso vai ser um bônus para a gente
— que tal você se fingir de morta e quando ele morrer aparecer e ficar com toda a herança? Se quiser eu te ajudo nisso... Mas preciso de 30% da herança!
— não, não vou fazer isso! Precisamos criar uma estratégia e sair da cidade, assim podemos fugir dele — sentei na cama, peguei o computador na bolsa e liguei ele — tenho alguns lugares e acho que vai ser uma boa
— sair da cidade? Está pensando em um plano às cinco da manhã?? Você só pode estar louca!
— é, devo estar
— ah, eu vi umas fotos da sua mãe pela casa, ela era muito bonita. Acho as mulheres de cabelos castanhos, olhos escuros e pele clara bonitas. Na verdade acho qualquer uma linda, todas tem sua própria beleza
— Obrigada. Sabe, você não tem perfil de um assassino
— fui treinado para isso
— como assim treinado??
— minha mãe morreu a 21 anos atrás assassinada, depois disso fui para um orfanato, já que meu pai verdadeiro ninguém sabia do paradeiro. Fui adotado alguns anos depois por uma família, eles eram psicopatas e eu odeio isso. Todos tinham uma “função”, matar pessoas e nunca serem descobertos... Aposto que sentiriam vergonha de mim!
— sinto muito!
— não precisa. Como sua mãe morreu?
— eu não sei ao certo, ela vivia trancada no quarto e somente meu pai podia cuidar dela. Ele dava comida, água, banho, tudo. Os dois não estavam se entendendo bem antes da morte dela. Lembro de me falar que eu deveria ser forte, aguentar, não ser mandada e ser totalmente independente... Não sei se no independente eu posso ser aprovada, mas no resto sim
— não acha que essa história é muito mal contada? Como assim seu pai nunca te contou os motivos? Você era grande o suficiente para saber tudo... Nunca perguntou depois?
— não quis tocar no assunto, ele ainda fica mal quando falamos dela. Por que acha que ele matou sua mãe?
— seu pai é um homem sorrateiro e ardiloso, é claro que não deixaria nenhuma prova quanto a isso. Não foi somente minha mãe que morreu, outras mulheres morreram também, foi o quarteirão inteiro
— eu nunca ouvi falar dessa história... Será que tem na internet?
— claro que não, você sabe como essa gente famosa é, só pensam em notícias de bosta! — ele levanta e vai até o banheiro, fiquei pesquisando algumas coisas 

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