𝗕𝗮𝗱 𝘽𝙪𝙣𝙣𝙮

Capítulo 22: O dono da razão

Saí com minha arma, deixei Augusto do lado de dentro e fui falar com meu pai. Fomos ao encontro um do outro e quando chegamos, vejo seus olhos cheios de ódio

— você não pode fazer igual aos seus irmãos, não pode ir embora assim. Lembre-se da sua mãe, ela deveria ser obediente e não o fez, por isso morreu
— isso já prova que você matou ela e nem se nega quanto a isso. Nunca pensei que meu próprio pai poderia ser um monstro!
— você descobriu muitas coisas, vejo que não estava atrás do Augusto, estava com ele para poder me derrubar, mas não vai fazer isso
— acha mesmo que preciso fazer isso? Você mesmo já fez!
— está se sentindo espertinha, mas não vejo nada demais em você. Espero que seu destino não seja como o da sua mãe. Bom, depois nos vemos — ele foi embora. Entrei, tranquei a casa e subi para junto do Augusto, que estava lendo um livro na maior tranquilidade
— o que aconteceu lá?
— preciso dos meus irmãos aqui, eles vão saber o que fazer e como me ajudar, mas não sei como posso reunir todos eles
— podemos ligar
— vou ver com a Larissa e John se podem me ajudar. Vou desmascarar esse velho para todo mundo
— você está certa. Sinto que meu tempo está acabando, sabia?
— como assim?
— vivi mais coisas boas com você nessas últimas duas semanas do que na minha vida inteira. Você foi necessária para mim, muito necessária e te levarei em minha memória para sempre
— não fala assim, parece que vai morrer
— você sabe, vou ser preso daqui a algum tempo e quero que eles me deem perpétua, não quero ficar apenas 10 anos, isso seria injusto — me senti comovida por ele, meus olhos estavam lacrimejando e eu tentava não chorar a todo o custo, até que Augusto me abraçou, minhas lágrimas escorreram por todo o meu rosto — não fica assim, você vai ter uma vida muito boa, vai viajar o mundo, achar um par maravilhoso, casar, ter seus filhos e continuar sendo feliz. Só me promete que vai ser muito feliz
— eu vou ser muito feliz Augusto!
— isso!