Capítulo 4: Choque de realidade

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Antes da minha mãe morrer ela deixou uma herança para mim. Uma casa, uma moto que era dela e uma pequena fortuna. Não usei a fortuna ainda, nem pretendo usar tão cedo. Levei aquele Augusto para a casa, seus olhos não deixaram de brilhar nem por um minuto ao ver a casa

— uau!
— uau o que Augusto? Nunca viu uma casa?
— ela é sua??
— sim, eu ganhei de herança da minha mãe
— isso é muito maneiro. Na verdade eu ganhei uma casa também, mas ela é pequena e em um vilarejo, bem afastada do centro
— mas eu preferiria que minha mãe estivesse aqui
— eu também — nos olhamos
— bom, você pode ficar à vontade, menos para roubar as coisas, ouviu?
— sim senhora! — vi que a casa se encontrava muito suja e com muita poeira — mas sua casa está suja em!
— eu não venho aqui a muitos anos... Na verdade não sei porque nunca me mudei da casa do meu pai
— e quem é seu pai? Ele deve ser muito rico para você ficar morando com ele e aguentando ele falar
— na verdade ele não fala comigo
— explicado!
— meu pai é o Carlos Hellman — vejo sua reação surpresa
— então você é uma das filhas do Hellman?? Nossa, deve ser terrível!
— sim, é horrível. Ele fica me ignorando, mas só mora nós dois lá naquela casa. Desde que minha mãe morreu ele não fez mais questão de mim
— sinto muito. Olha, sinceramente, eu quero matar seu pai
— e quem não quer?
— não, tô falando sério, eu quero matar ele! — olhei para ele sem entender nada, foi aí que veio na minha mente que ele estava falando a verdade e quer matar meu pai
— por que?
— ele matou minha mãe!
— ah não, meu pai não mataria ninguém, ele nunca matou ninguém!
— eu estou falando a verdade, ele matou minha mãe e eu quero a vingança
— você não vai matar ele!!
— claro que eu vou!! — dei um tapa na cara dele, fazendo o mesmo parar de falar. Percebi que tinha feito uma burrada quando levantou para ir embora — se vira!
— não, desculpa! — peguei na mão de Augusto fazendo ele me olhar — eu sei que meu pai é um homem mal, mas não conheço essa história. Desculpa ter te batido, eu não deveria ter feito e nunca mais vou fazer, prometo
— só vou ficar aqui porque quero me vingar dele e esse seu plano pode ser o início. Agora eu quero dormir, posso ir para o quarto?
— sim. Amanhã vou trazer comida, então durma bem e não me roube, eu vou saber onde você está e vou te matar!
— tudo bem, madame

𝗕𝗮𝗱 𝘽𝙪𝙣𝙣𝙮 Onde histórias criam vida. Descubra agora