Capítulo 8: Fuga

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POV Augusto

Tinha recolhido muitas coisas sobre a morte da minha mãe, minha querida mãe. Ana vai querer defender o pai dela, mas eu sei que ele não é merecedor de misericórdia e eu não vou ter misericórdia dele. Peguei alguns dados e observei eles, fui até a janela, vejo Ana falando no celular embaixo de uma árvore... Ela é muito linda, tem olhos firmes e sedutores, cabelos castanhos claros, uma pele clara e uma boca muito rosada

— talvez você seja útil para alguma coisa, Ana.

Ela poderia muito bem estar armando para mim, mas como não cair nas graças de uma linda mulher? Ela poderia estar com o pai dela, já que defende tanto ele que nunca discorda de suas palavras. Ou nunca discordou dele e hoje em dia está assim... Tantas possibilidades
Ouço os passos apressados dela na escada, parecia estar furiosa, me preparei para o pior. Quando abre a porta, vejo seu olhar melancólico

— o que houve, Ana?
— vamos descobrir quem matou sua mãe! — ela disse tão decidida que não pude discordar, na verdade eu não iria, mas não tinha como dizer não
— quando vamos sair daqui?
— amanhã. Iremos até São Paulo, faremos perguntas a esse sujeito e depois vamos ver o que descobrimos. Também podemos ir até o lugar do massacre para descobrir algumas coisas
— concordo com você, dama. Então amanhã cedo iremos sair e fazer tudo isso
— vou trazer disfarces hoje a noite, só preciso ir na empresa buscar. Você deveria cortar um pouco o cabelo
— e você, o que vai fazer?
— peruca

Mais tarde ela trouxe algumas roupas e adereços. Me vesti para tentar animar, mas Ana não parecia nem um pouco bem

— tem certeza que está tudo bem?
— na verdade não, mas não posso contar
— se você precisar é só chamar, sabe disso. Sei que não deve confiar em mim, até porque sou um assassino e estranho, mas também sou humano e tenho sentimentos, por isso te compreendo. Eu sempre estive sozinho e sei o quão importante é conversar com alguém de confiança — sorri, ela faz o mesmo. Vejo suas lágrimas descerem por seu rosto, sequei suas lágrimas e a abracei
— é tão difícil viver em uma família destruída
— eu sei bem o que é isso, pode contar comigo. Vamos executar esse plano e os dois saem felizes, ok?
— ok! — ela sorri

𝗕𝗮𝗱 𝘽𝙪𝙣𝙣𝙮 Onde histórias criam vida. Descubra agora