Capítulo 3: Uma pequena desavença

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Levei aquele homem para a empresa, deixaram ele em uma sala separada onde iriam interrogar e levar para a polícia. Bati à porta do escritório do meu pai

— entra! — abri a porta e sentei em sua frente
— consegui pegar ele, não foi tão difícil
— o que é isso em seu rosto?? — toquei no machucado na testa
— foi aquele sujeito, mas não se preocupa
— não estou. Que bom que conseguiu pegar ele, estou feliz. Agora pode ir embora
— meu dinheiro!
— resolvemos isso depois
— não, quero meu dinheiro depositado na minha conta agora!
— já disse que não!! Saia daqui agora. — levantei com ódio e saí. Fiquei o dia inteiro pensando, então fui para casa. Nessa mansão só mora eu e meu pai, alguns seguranças e empregadas, é muito solitário. Fiquei olhando o jardineiro cuidar do jardim, ele me olhou, acenou e sorriu
— boa tarde St. Hellman, como está hoje?
— estou bem, obrigada! As flores estão tão lindas
— obrigado. Gosta de flores?
— gosto muito — sorri. Vejo o carro do Carlos chegando, ele me olha e vira a cara para mim. Peguei a chave da minha moto e andei um pouco com ela

Quero me vingar do meu pai, para isso vou fazer ele se passar por bobo na frente da polícia. Vou "soltar" o Augusto, levar ele para a casa que minha mãe deixou para mim e ficar com ele lá, só depois que ele entregar meu dinheiro vou devolver. Entrei por trás da empresa, estava usando minhas luvas e um disfarce. Não cheguei a entrar porque tem câmera, mas a sala onde ele está preso dá para sair por uma pequena janela no segundo andar, se aquele Augusto for burro ele não vai conseguir, mas se for esperto o suficiente consegue. Abri a janela, olhei e vi ele sentado. Apontei uma lanterna e liguei ela, fazendo o mesmo acordar. Me escondi em cima de um contêiner. Saiu pela janela, olhou para os dois lados, ficou desconfiado

— olá! — se assustou com o que eu disse, olhou para cima e me viu
— não vai me prender? Consegui sair pela janela!
— eu sei, eu que facilitei — pulei lá de cima, coloquei as mãos no bolso e o observei
— por que fez isso??
— se cooperar eu te falo, ok?
— acha que vou obedecer a uma garotinha que provavelmente tem uma vida maravilhosa e ganha tudo dos pais?! Claro que não!
— para a sua informação eu não tenho uma vida maravilhosa e nem ganho tudo dos meus pais. Eu só tenho pai, assim como você — Augusto me olha surpreso, mas isso não teve muita importância
— isso pode acontecer com qualquer um, não é por isso que preciso te obedecer!
— realmente. Mas não acha que posso te matar bem aqui?
— não tenho medo de morrer, senhora!
— que bom! Tenho uma proposta para você... Se vier comigo, vou ganhar 10 mil, você fica com 4 mil e vai embora, mas precisa aceitar o plano que criei
— hum... Tudo bem
— os acordos são: nenhum dos dois pode se matar, nem brigar. Vamos ser parceiros, mas depois que tudo acabar não vamos nos falar nunca mais e nem falar um do outro
— fechado — apertamos as mãos e sorrimos

𝗕𝗮𝗱 𝘽𝙪𝙣𝙣𝙮 Onde histórias criam vida. Descubra agora