Capítulo 14: Baile de máscaras Pt. 2

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Olhei para cima e percebi que não tinha nenhuma câmera, então olhei todos os armários do quarto. Encontrei alguns documentos, fotos, livros antigos, laços, pinturas, etc. Não sabia que alguém poderia guardar tantas coisas de mulheres. Vejo uma foto familiar, era a minha mãe, não acreditei quando vi, mas peguei e guardei no vestido. Ouço passos apressados, voltei a me sentar, aquela moça abre a porta com um copo e um remédio

— aqui está senhora, espero que melhore! O Sr. Xavier quer que a senhora vá até o pátio, ele quer te ver
— tudo bem — tomei aquele remédio e segui a mulher até o pátio. Os corredores da casa eram estranhos, muitos quadros de mulheres de todas as formas e jeitos, mas todas com sangue pelo corpo... Nunca vi quadros assim em toda a minha vida

Camilo Xavier se encontrava sentado em uma cadeira, ele me olha com aquela máscara de leão e sorri. Sentei ao lado dele e esperei ele falar

— não sabia que você era tão jovem. Bom, jovens também sofrem com doenças e pragas. É uma bela mulher senhora...?
— Alves!
— nome interessante. Seu marido, onde está? — ele observa meu corpo, todos os gestos e ações dele
— está lá dentro, mas daqui a pouco preciso ver ele
— ah, não precisa se incomodar com isso, deixe que ele se divirta!
— sabe o que dizem por aí Sr. Xavier, “Uma parte dos homens age sem pensar e a outra pensa sem agir”. Melhor não dar mole, meu homem é muito bonito! — levantei, mas aquele velho agarrou meu braço e me puxou de volta
— seja boa e obediente, querida senhora Alves. Preciso que você fique comigo hoje. Não seja uma coelha má — olhei com ódio para ele
— não ficarei com o senhor, nem se fosse o homem mais rico do mundo! — me soltei dele e voltei para dentro. Procurei Augusto, ele não parecia estar em lugar nenhum, então vi ele sair de dentro do banheiro. Corri e o abracei forte
— o que houve, Ana?
— eu já entendi tudo. Aquele Xavier é um estuprador! — Augusto me olha surpreso, muito surpreso. Fomos para um canto sentar e então expliquei toda a história — ... Acho que todas as mulheres dos quadros são vítimas e elas podem estar em algum lugar dessa casa... Isso é um crime!
— ele é um nojento e precisa ser preso. Se ele encostasse em você iria ver minha faca entrando no coração dele
— você não faria isso por mim e eu sei disso
— Faria sim — seus olhos estavam brilhando muito e eu fiquei muito feliz em ouvir aquilo, mas não é hora disso
— tudo bem. Vamos continuar nosso plano — fomos escondidos para o segundo andar, havia muitos guardas nas portas de trás, então entramos em uma sala estranha para nos esconder e meu pai amado, que sala escura — vou acender a luz... —ele faz isso e logo dá um grito — Ana, isso não é normal
— que nojo!

Eram manequins de mulheres, com furos e rasgos, uma coisa que atormentava a cabeça de qualquer um

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