Um mês. 30 dias. Que o Jin sumiu e eu não consigo entrar em contato com o meu namorado. Quer dizer, nem sei se é namorado.
Eu to com a cabeça cheia.
Não posso me dar ao luxo de sofrer por causa de namoro.
Pelo menos eu sei que Jin está bem, é o que Morena me falou.
...
Há três meses atrás eu falei a última vez com Jin,
Eu sei que o coreano lê minhas mensagens. Mas não as responde:
Por que você não me bloqueia? Gosta de ver meu desespero/humilhação? É a última vez que tento. Se não me responder, nosso namoro acabou.
A última mensagem que enviei há quase um mês. Eu lembro que joguei o celular longe com medo da resposta ou, pior, de ser ignorada outra vez.
Em segundos peguei o aparelho novamente e desbloqueei, Jin estava on-line e digitando, mas sua mensagem nunca chegou.
— Parece que minha família estava certa, coreanos dificilmente levam a sério estrangeiras. — Falo enquanto apago e bloqueio o telefone do meu ex namorado.
...
Um ano. Fui convidada para o aniversário do segundo filho de Namjoon e Sorriso Bonito. Pedi para Morena entregar um presente em meu nome, enviei o valor para sua conta.
Dois anos. Eu continuei acompanhando o caso de morena à distância em parceria com a equipe médica da Coreia.
— Eu espero não voltar tão cedo! — respondo rindo a minha paciente e amiga, que mais uma vez pergunta quando volto para Coreia.
— Jk é pai. — Morena me fala e fico surpresa. — eu também reagi assim. — a mais nova ri em reação a minha cara de espanto. Nossas conversas são geralmente por vídeo chamada.
...
Estou de plantão no hospital lendo um artigo sobre um novo remédio que pode ser usado em pacientes com o mesmo tipo de leucemia que morena desenvolveu e venceu. Tomo um gole do meu café, o líquido frio em contato com minha língua me chama a realidade.
Não gosto de café frio, vou até a máquina pegar mais.
Aproveito e vou ao banheiro, meus cabelos estão grandes e desisti da chapinha e escova progressiva, assim como da descoloração. É a primeira vez, em anos, que uso meu cabelo natural: preto, ondulado.
Eu seco as mãos, reabasteço meu copo de café e volto para meu artigo. Assim que sento em minha cadeira, vejo chamadas perdidas de yoongi.
Torço para que não seja nada com morena.
— Maria?! — sua voz baixa e um pouco nervosa me deixa em alerta.
— Oi yoongi, pode falar. Aconteceu alguma coisa com a morena? — tomo um gole do meu café, pra tentar lidar com a ansiedade. — péssimo hábito.
— A Morena tá ótima. O Jin... eu vou ser sincero. O Jin não tá bem. Há muito tempo. E eu não quis me meter, afinal é meu hyung.
— Yoongi — interrompo o coreano que considero meu amigo — eu não vou mais correr atrás do seu hyung, minha cota de humilhação por coreano já tá batida. O Jin não quer saber de mim. Eu to no meu horário de trabalho.
— O Jin quer largar o BTS. E eu sei que tu és o motivo. Eu não sei o que tá acontecendo, mas eu sei que você precisa dar mais uma chance para o hyung.
— O que? — eu não acredito no que estou escutando, mas eu conheço o homem que está me falando isso, se fosse qualquer outro eu acharia que era exagero, mas yoongi não é do tipo que exagera.
— Maria o Jin precisa de você. Aqui. — o desespero nas palavras do mais novo é notável. — Vem para Coreia, Maria.
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A noite de inverno que nunca esqueci (Livro 4)
Fiksi Penggemar(Concluída) Essa é a quarta história do meu multiverso onde os meninos do BTS se apaixonam por brasileiras. Maria é uma médica brasileira oncologista que está em Seul acompanhando sua paciente Morena, prima da esposa de Kim Namjoon. Um famoso cantor...