Respirei fundo uma última vez frente às grandes portas de madeira, tentando espantar o nervosismo que quase me dominava por inteiro. Felizmente, nada se comparava à minha imensa alegria naquele momento.
- Está pronta? – Chan, que tinha seu braço entrelaçado ao meu, me perguntou, com um grande sorriso no rosto. Apesar de sua expressão alegre, ele parecia estar mais nervoso do que eu.
Chan era um irmão para mim desde que nos conhecemos, pouco antes de entrarmos no ensino médio, e com certeza seria o responsável por me acompanhar até o lugar que minha vida se entrelaçaria por completo com a de Minho; até o altar em que a pessoa que eu mais amo estaria me esperando.
- Não, mas nunca estive tão perto de estar – Respondi à pergunta de Chan, respirando fundo para não surtar ali mesmo.
- Ainda dá tempo de desistir – O garoto falou, trêmulo, sem nem esconder o seu medo do que vinha pela frente.
Sorri de lado, tentando transmitir confiança.
- Chan, eu estou nervosa, mas não hesitante. Eu sei que é isso que eu quero, senão não estaria parada aqui. Você sabe que eu nunca faria algo sem ter certeza de que terei minha felicidade. Bom... a não ser que eu prejudique alguém com isso – Afirmei e passei a mão em seu rosto levemente, em um gesto de carinho.
Vi seus olhos marejarem na hora. Ele provavelmente ia bancar um de pai, mas o som abafado da música nos despertou e logo ele estendeu seu braço para que eu o segurasse. Nós dois nos arrumamos, nervosos, e encaramos as grandes portas que nos separavam do espaço interno do local do evento.
Respirei fundo, nervosa, e apertei levemente o braço de Chan numa tentativa de me sentir mais segura. Porém, de nada adiantou quando os dois seguranças das portas disseram que iriam abri-la.
E foi assim, em câmera lenta. As portas se abriram, e todos os convidados nos olharam. Pensei que fosse morrer de ataque cardíaco naquele momento, mas então vi Minho parado no Altar.
Ele estava perfeito. Naquele momento, fui capaz de amá-lo ainda mais, e vi em seus olhos marejados que ele sentia o mesmo.
Tudo parou para mim. Eu não era mais capaz de escutar a música. Em seu lugar, pude ouvir as batidas fortes e aceleradas do meu coração. Os convidados, assim como Chan, haviam sumido. Tudo o que eu era capaz de ver era Lee Minho, tão deslumbrante em seu terno, tão perene enquanto me olhava, tão jovem com seu belo sorriso que, apesar de eu já ter visto milhares de vezes, sempre me faria sorrir também, porque era o mais puro e verdadeiro que alguém poderia ter.
Eu não sentia minhas pernas se movimentarem, e parecia que todo o peso do meu corpo havia me deixado. Era como se eu estivesse flutuando em direção ao meu noivo e, à medida que eu me aproximava, me sentia mais anestesiada. Sim, esse era o termo certo para descrever como eu me sentia perto de Lee Minho.
Quando subi as escadas do altar e parei frente a ele, consegui sorrir mais ainda assim que ele pegou minhas mãos. Logo em seguida, Chan se afastou e, finalmente, pude sentir uma bolha rodeando eu e Minho, como se qualquer ação externa fosse impedida de nos alcançar.
As luzes concentradas em determinados locais naquela área reservada do hotel que decidimos realizar o casamento pareciam iluminar até mesmo a aura de Minho. Eu podia sentir sua felicidade, e sabia que ele também sentia a minha.
Apesar de já termos visto um ao outro na área reservada para as fotos, agora era oficial. A cerimônia que nos uniria estava acontecendo, e eu me sentia anestesiada com essa realização.
Em segundos, vários flashes passaram na minha cabeça. De quando nos conhecemos no primeiro semestre da faculdade, e odiamos um ao outro. De quando quebrei sua perna com um chute numa briga feia que tivemos alguns meses depois. De ser forçada a visitá-lo no hospital com um buquê de flores e pedir desculpas, mas fiz questão de arrancá-las do talo em cima da cama em que ele esperava para receber alta e, então, dei um forte tapa em sua perna engessada quando discutimos mais uma vez.
Segurei minha risada ao me lembrar dos nossos momentos de guerra. Minho, ao ver minha expressão, pareceu entender do que se tratava e deu uma risada baixa.
Lembrei também de quando decidimos criar uma rixa. Éramos os dois melhores do curso, um sempre competindo com o outro, então fomos escolhidos para formar uma equipe de debate contra outras Universidades, um ano depois. Acontece que tínhamos o espírito tão competitivo que era quase questão de vida ou morte vencermos. E conseguimos.
No mesmo dia tivemos a nossa primeira noite juntos, logo depois de discutirmos para ver quem ficaria com o certificado original da equipe e quem teria de tirar uma cópia. Daí pra frente nossa relação ficou cada vez mais calorosa... em todos os sentidos. Claro que ainda brigávamos por motivos bestas, mas isso cessou quando, três meses depois, começamos a namorar.
Ele se mostrou ser extremamente carinhoso e brincalhão. Uma companhia agradável e nunca, jamais, entediante. Nossa relação, que agora estava completando quase cinco anos, finalmente tomava um rumo mais profundo: o casamento.
Aceitamos um ao outro e ele colocou o anel no meu dedo com tanta delicadeza que parecia ter medo de me quebrar. De quebrar o belo laço que formamos e fortalecemos ao longo dos anos. Na minha vez, ele me encarou com afeto no fundo dos olhos ao ver que eu tremia de nervosismo. E, na hora do beijo, tive a certeza de que nós compartilhávamos de uma imensidão que nunca acabaria, talvez nem depois da morte.
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Clichê que até eu gosto kkkkkk
Oq acharam? Espero que tenha ficado bom!
Tá todo mundo bem?
Espero que sim!
Até o próximo imagine! Beijinhos
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Imagines: Stray Kids
FanfictionHistórias independentes dos nossos amorzinhos para te descontrair e te iludir . . . •Qualquer conteúdo poderá ser escrito •Os imagines poderão ou não ser dos meninos como um grupo de kpop •Aceito sugestões •Alguns capítulos terão continuação, caso...
