A Princesa dos Índios

Capítulo 15

A manhã havia nascido com o sol a reluzir, a embarcação Uchiha preparavam-se para partir para o seu mundo.

Todos os índios também estavam presentes, encarando a enorme caravela, o acampamento já havia sido tirado deixando as suas marcas naquela terra sã.

Madara caminhava com alguma dificuldade, era ajudado por um dos marujos a subir as escadas para o navio, em redor dos seus olhos estava um venda, visto que o Comandante ficou cego devido às maldição de Jaci.

Hashirama, Mito, Sakura e Sasuke estavam juntos, o príncipe falava com os pais de Sakura pedindo a permissão para que a índia de cabelos rosas fosse com ele para a sua terra.

- Eu sei que vai ser egoísmo da minha parte em dizer para que ela ficasse aqui comigo, mas eu vou dizer o contrário... - iniciou o chefe da tribo acariciando o rosto de sua filha, o homem falava com a mesma língua que Sasuke falava para que assim o príncipe percebesse o que ele falava - Eu só quero que cuidas do meu mais precioso tesouro... - terminou encarando desta vez para a sua esposa. Mito aproximou-se de sua filha tirando do bolso de sua saia um pequeno bastão de cabelo, exatamente igual ao bastão que Sakura carregava na batalha.

- Aqui tens o que te pertence, assim Jaci protegerá sempre quando eu não estiver lá para te proteger, aos nossos olhos o bastão parecia que havia desaparecido, mas no chão ao teu lado ele estava caído, e isso só prova que foste abençoada pela deusa da lua. - dizia Mito arranjando os fios róseos de sua filha colocando o acessório de cabelo nos cabelos de Sakura.

- Obrigada mãe - agradeceu Sakura, a índia encarava para Sasuke que parecia nervoso com a situação.

- Sasuke - Mito chamou pelo príncipe tirando a atenção do Uchiha para si - Eu vejo que na tua alma que transbordas de amor pela Sakura, mas pressinto que essa batalha ainda não chegou ao fim, por isso peço-te que cuidas de Sakura, eu sei que minha filha tem a bravura de um urso, mas também ela é uma jóia rara - terminou.

- Cuidarei de Sakura nem que eu dou a minha própria vida para protegê-la - prometeu Sasuke aos pais adotivos da índia.

- Agora antes que vão se embora, eu tenho algo para falar acerca do que aconteceu com o filho de Madara... - começou Hashirama seu semblante mudou para tristeza - Foi um acidente... - a última frase foi quase que um sussurro.

Sakura e Sasuke encararam um para o outro, ambos estavam curiosos o que havia se passado com o primo do príncipe. Mito depositou sua mão no ombro de seu marido, seu semblante também ficou entristecido.

- A primeira vez que Madara cá chegou, ficamos espantados ao ver gente como nós, mas com roupas diferentes, a língua nós não compreendia. Ficamos curiosos, mas não nos aproximamos. Até que o pequeno Obito encontrou o nosso acampamento e foi aí que Madara nos descobrimos, ele tornou-se nosso amigo. Ensinou-nos a sua língua, alguns costumes, também ensinamos a ele as nossas tradições, mas seu olhar era como raposa, ele insistia em perguntar onde estava o ouro, nem sabíamos o que era isso, foi então que ele nos mostrou através de uma moeda o que era o ouro. Nós não temos isso nas nossas terras, Madara ficou extremamente furioso e saiu. Havia passado alguns dias, Obito havia voltado para o nosso vilarejo, aquela criança adorava ficar com a gente, foi então que Madara apareceu com uma arma na mão apontada para mim, também apontei para Madara a flecha e entre nós estava Obito tentando para que houve consenso entre nós os dois, Madara não queria cessar e ele apontou a arma para mim e quando disparou em minha direção, Obito havia levantado a mão do seu pai e eu para me proteger atirei a minha flecha que por grande azar fincou no peito de Obito - Hashirama fez uma pausa seus olhos ficaram marejados ao lembrar-se do incidente triste, Mito tentou reconfortar o seu marido, o chefe da tribo recompôs-se a sua postura e continuou - Madara ao ver o que havia se passado com o seu filho enlouqueceu, chorou ele pela perda de seu filho, eu fiquei petrificado, desde esse dia nunca mais eu peguei em um arco e flecha, eu não queria matar aquele jovem inocente... - terminou sua voz já falhava pela angústia que sentiu naquele dia.

- Obito era uma criança tão pura, ofereci a Madara um funeral digno para que Obito que Luison* pudesse levá-lo para o mundo dos mortos, mas Madara recusou ele nem quis que eu tocasse no corpo de Obito, desde daí que nunca mais vimos Madara até que muitos anos depois ele voltou para causar mais desconforto tanto a ele como para nós... - disse Mito com o seu olhar baixo - Por isso estamos com medo de voltares para a terra dos brancos, por ele poder fazer-te algum mal - terminou, Sasuke ao ouvir o que a mãe de Sakura disse abraçou sua amada mais para perto de si.

- Prometo que protegerei Sakura do meu tio, podem confiar em mim - prometeu o Uchiha.

- Eu sei que sim, meu rapaz eu vejo em teus olhos - disse Mito sorrindo - Sakura veio dos mares, e acredito que ela encontrará sua verdadeira família na tua terra - terminou a xamã abraçando sua filha, todos estavam chorosos com a partida. Sakura também abraçou os seus pais também triste com a promessa que iria buscá-los um dia para poder viver com ela visto que eles cuidaram de Sakura quando ela estava mais vulnerável.

Todos já se encontravam a bordos. Sakura acenava para o povo indígena que também acenavam de volta, Mito rezava para que os deuses guiassem o barco e para que não houvessem impedimentos e que todos voltassem para a sua terra sã e salvos, Sasuke também estava ao lado de Sakura também acenando para todos, seria uma viagem de alguns meses e muito para descobrir.

Nota da Autora:

Luison, deus da morte - O último filho de Kerana e Tau, Luison é representado como um lobo ou um macaco de olhos vermelhos. Sua figura é parecida com o lobisomem. Tal como esta outra criatura mitológica, ele é o resultado de uma maldição que cai sobre o sétimo filho homem de um casal e nas noites de lua cheia se transforma nesta assustadora criatura.