Capítulo 18

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Sasuke caminhava apressadamente pelo castelo, procurava por cada divisória e não estava a encontrar Sakura, o seu desespero naquele momento fazia o seu coração a apertar, pois sabia que Sakura não conhecia o castelo e tão pouco aquele sítio.

- Onde estará ela? - dizia para consigo mesmo, estava receoso, pois sabia que as palavras da rainha Kaguya havia afetado a rosada, quando notou ao longe da porta principal a pequena raposa, ao ver o pequeno animal um sorriso estampou no seu rosto, pois se Kurama estava ali significa que sua dona não está muito longe.

Sasuke ao sair do grande salão, para o exterior do castelo, passou uma vista de olhos pela paisagem toda e notou ao longe uma cabeleira rosa indo em direção da estufa real. Caminhou apressadamente quase a correr para ir ter com Sakura, ao seu lado a raposa de pelagem laranja acompanhou na corrida.

Sakura adentrou na enorme estufa, ao deparar com variáveis plantas de diferentes espécies, parou ficando maravilhada com o que acabara de ver, parecia que tinha acabado de entrar num mundo encantado, olhava atentamente para cada planta, algumas ela conhecia, pois ela via muitas na pequena aldeia onde cresceu. A pequena raposa rompeu pela estufa adentro assustando Sakura, a índia ao se deparar com o seu pequeno animal sorriu pegou na Kurama para os seus braços e apertou para um abraço.

- Andava à tua procura! - disse Sakura contente.

- Eu também - a voz de Sasuke ecoou pela estufa fazendo Sakura sobressaltar-se novamente, a rosada encarou para o príncipe ofegante que caminhava para dentro da estufa, estreitou os seus olhos verdes colocando a raposa no chão, desviou o seu olhar para as plantas aproximando-se de uma delas.

- Eu não sabia que tinhas uma cabana com plantas, aqui dentro é reconfortante - desconversou Sakura, Sasuke ficou ao lado da índia seus braços rodaram Sakura para que a rosada ficasse de frente para ele, para que ela pudesse encará-lo nos seus olhos.

- Sakura... - começou Sasuke, seus olhos negros mirava intensamente os olhos verdes de Sakura - Eu sei que não estavas à procura de Kurama, mas o que aconteceu no castelo, eu prometo que não vai acontecer - respondeu, seu tom de voz estava preocupado - Não sabia que meu pai estava com planos quando eu regressasse, mas uma coisa eu tenho a certeza eu amo-te - terminou trazendo Sakura para o seu peito.

- Eu não devia ter vindo contigo, essa é a tua terra eu não sei o que estava a pensar, essa é a tua casa não a minha - respondeu Sakura apertando o seu abraço, suas lágrimas ameaçava a sair de seus olhos.

- Não chores, eu vou encontrar uma solução eu prometo - prometeu Sasuke enxugando as lágrimas da mulher.

Os soldados estavam posicionados em frente da enorme porta das masmorras, o calabouço era húmido e escuro, roedores acinzentados e baratas eram a companhia dos prisioneiros, a pouca iluminação que havia era as chamas das tochas. E na última cela, encostado na parede de pedra fria, estava Madara cabisbaixo perdido nos seus pensamentos, seus olhos vendados devido à maldição, escutava o som dos ratos a rastejar no chão, vez ou outra sentia as ratazanas a saltar para cima dele fazendo com que o homem sacudisse do seu colo com pânico os animais.

- Maldito sejam os ratos! - resmungou para si, se encolhendo nas poucas vestes e no feno que ficava no chão como sua cama. 

Ruidosamente os portões foram abertos fazendo com que Madara ficasse atento ao movimento e ao barulho, o som de saltos altos a soar pelo corredor fez com que o Uchiha desconfiasse quem era, já ouvira um burburinho pelos soldados vigiantes que ela havia chegado ao reino e fazendo-lhe companhia a sua primogénita.

O som dos saltos pararam em frente da cela de Madara, ele podia não ver, mas sentia a presença e o olhar penetrante que encarava-o.

- Kaguya... - falou Madara, sua voz quase saiu como sussurro, mas o suficiente para a mulher de cabelos platinados ouvir o seu nome como súplico pelos lábios do Uchiha.

- Ora, Ora... Quem te viu e quem te vê - a voz feminina suave carregada de ironia ecoou pela cela, um meio sorriso fez nos lábios encarnados da mulher, seu olhar estava desprezível que mirava o pobre amaldiçoado - Presumo que tua vingança serviu-te extremamente fria - uma risada pelo nariz escapou da mulher - Digo até com bafio - colocou o seu longo cabelo para trás dos seus ombros, cruzando seus braços em frente aos seus seios.

- Em todos esses anos teu sentido de humor ainda não mudou - respondeu Madara, levantou-se indo em direção das grades, uma de suas mãos estava à frente para poder guiá-lo, quando sentiu o metal a tocar na palma agarrou com a outra mão no metal, seus olhos podiam não ver mais nada no mundo, mas em seu âmago podia ver como Kaguya estava à sua frente, tentou esticar o seu braço para poder acariciar o rosto alvo da mulher, mas a rainha impediu-o com a sua mão baixando o braço do Uchiha.

- Não... - repreendeu Kaguya, Madara fez um sorriso triste.

- Como ela está? - indagou o Uchiha, estava curioso o paradeiro da filha de Kaguya.

- Está numa linda mulher - foi curta e direta, seu sobrolho franziu lembrando-se que sua filha está mais parecida com o pai, a única diferença é que ela herdou a cor de seus olhos.

- Acredito que sim - falou ameno, sua cabeça abaixou-se e um sorriso surgiu em seus lábios secos e rachados por falta de líquidos - Se não estivesse fechado aqui, tinha imenso gosto de ouvi-la a cantar, eu sei que herdou a voz angelical de sua mãe - respondeu, tirando da rainha um estalo de língua no céu da boca - Diz-me Kaguya, o que te trouxe ao reino? Conhecendo-te bem, eu sei que boas intenções não te trazem aqui - exclamou por fim.

- Eu não te devo explicações, mas já que és um pobre farrapo já vou adiantando... - deu uma breve pausa - Hinata vai se casar com Sasuke, o teu adorável irmão há muito me escreveu propondo a mão de minha única filha em casamento com o seu último herdeiro - terminou. Madara ao ouvir tal notícia ficou estupefato.

- Afinal os boates estavam certos - disse Madara, sua voz tão fraca quanto ao seu desânimo de receber tal notícia.

- Não fiques triste Madara, faço questão depois de mandar-te um pedaço de bolo de casamento, só não me certeficarei se estará venenado ou não - respondeu Kaguya, seu azedume na voz fez com que Madara sorrise sarcasticamente.

- Às vezes me pergunto porque me odeias tanto sendo que conseguiste casar-te com um rei com os pés para a cova. - disse o homem dando de seguida um longo suspiro.

- Não te faças de inocente Madara - a voz embargada da rainha fez com que ela parasse por meros segundos para poder se recompor, ao encarar o rosto sereno de Madara irritou tanto que agarrou no rosto do Uchiha cravando suas unhas na pele - Usas-te como um objeto sexual, aproveitaste de mim sabendo que estava apaixonada por ti. Depois disso engravidaste-me e deixaste-me sozinha para teres a tua aventura. Não! Deixaste-me para a tua doentia obsessão pelo ouro e pelo trono do teu irmão. Por isso, quando teu adorado filho morreu naquela maldita terra eu fiquei tão feliz - a voz da mulher tornou-se embargada respirou fundo e aproximou o seu rosto perto do rosto do homem - Conheci aquele velho estúpido, dormi com ele uma única vez e fiz da nossa filha, uma princesa. Enquanto tu ficaste como um cão rafeiro pelos cantos a choramingar pela morte do teu primogénito, a minha estava a se progredir cada dia que passava. E quem vai ficar com o trono será Hinata. - terminou, mas o seu discurso nada alterou o ânimo de Madara, ele apenas gargalhou no fim - Qual é a graça? - indagou indignada.

- Só te vou desejar-te sorte, para este casamento ir por diante - terminou, recebeu da mulher um estalo no seu rosto.

- Só te aviso, que eu não irei fracassar na minha determinação, não sou um mero vagabundo como tu - Kaguya deu sua conversa como terminada saindo das masmorras deixando para trás um Madara com seus próprios pensamentos.

A Princesa dos ÍndiosOnde histórias criam vida. Descubra agora