Capítulo 3

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O crepúsculo do dia já havia chegado, os índios organizavam os enormes galhos secos para ficar no centro da aldeia, rodeados de pedregulhos rectangulares desenhando uma circunferência quase perfeita em volta dos galhos, as mulheres decoravam o chão com os tapetes de peles de alguns animais de porte grande, outros índios já haviam chegado de sua caça, os índios carregavam nos seus ombros um bom veado para o banquete, e logo começaram a prepará-lo para a enorme refeição, as mulheres havia ido à colheita trazendo nas suas enormes cestas, frutos silvestre ou colhido de suas hortas os legumes frescos daquela época, os jovens índios andaram no rio à pesca de boas trutas e carpas para o enorme banquete prestes a começar.

Todos estavam felizes, excepção de uma índia que se encontrava dentro da floresta em cima de um galho a observar a sua população a festejar a volta de seus amados, Sakura encontrava com os seus braços cruzados, sua amiga raposa estava ao seu lado igualmente sentada a observar a movimentação alegre da aldeia. 

- Todos estão alegres Kurama... - olhou para a pequena raposa acariciando o topo da cabeça da mesma deixando escapar um suspiro pesaroso - O papá disse que esse banquete tem um benefício para mim, mas estou certa que não vou gostar... - nesse momento a pequena raposa laranja grunhiu, sua dona reconheceu que o seu animal estava eufórico por ver alguns tambores e jambés a serem transportados por alguns índios para um canto que supostamente para os músicos que iriam tocar celebrando a grande alegria que iria haver no banquete - Tambores! - exclamou, a índia rosa desceu da árvore, a raposa saltou para os ombros da mesma, assim desceram ambos do tronco, Kurama saltou para o chão em seguida e Sakura foi correndo em direção aos tambores alegremente quando foi chamada à atenção.

- Sakura, hoje não irás tocar nos tambores e nem nos jambés... - falou a Xamã do grupo, recebendo de sua filha uma cara de insatisfação.

- Porquê mãe? - perguntou Sakura, até Kurama grunhiu de tristeza, a ruiva aproximou de sua filha acariciou o rosto alvo da rosada sorrindo amavelmente para a mesma.

- Porque... - foi interrompida por uma voz máscula com um timbre de autoritário e amoroso.

- O que as minhas duas mulheres da minha vida fazem juntas? - intrometeu-se Hashirama com um sorriso no seu rosto, depositando um beijo no topo da testa mais precisamente no losango de cada mulher, o Cacique do grupo olhou para o losango esverdeado de Sakura e sorriu - Em breve esse losango irá ficar azulado, querida Sakura... - falou o chefe da tribo, Sakura arregalou os seus olhos passando a sua mão pela sua testa, olhou para a ruiva, uma pequena ventania surgiu sacudindo as mechas do cabelo rosado de Sakura, fixando o seu olhar novamente no seu pai.

- Eu não... - foi interrompida.

- Querida, Sasori pediu-me a tua mão em casamento. - pausou olhando a reação chocada de sua filha - Eu aceitei, ele é um bom guerreiro e tenho a certeza de que será um bom esposo para ti Sakura... - garantiu Hashirama, Sakura não pronunciou nenhuma palavra apenas desatou a correr para fora da aldeia adentrando na floresta seguida de sua fiel raposa, era evidente as lágrimas que caía de seus olhos esmeraldinos - Sakura! - chamou o Chefe da tribo, mas foi impedido por sua esposa.

- Deixa-a sozinha nesse momento... Ela irá precisar... - disse Mito com um semblante de preocupação estampado no seu rosto, enquanto Hashirama ainda permanecia olhando para a zona onde Sakura desapareceu...

Sakura corria sem parar pela a lareira da floresta, quando deu por si encontrava-se na pequena cascata, o seu refúgio, o seu esconderijo, se as águas cristalinas pudessem falar iriam contar vezes sem conta as melodias e tristezas da pequena rosada em relação ao seu pai devido à proibição de tocar flauta e da música, mas no fundo ela o amava. Sakura olhou para o pequeno lago e saltou, mergulhando profundamente nas águas transparentes e frescas reemergindo em seguida, soluçava de tristeza sua raposa 'gania' apontando com o seu pequeno focinho pontiagudo para a cortina de água que caía no pequeno lago para que Sakura pudesse ir para dentro da caverna, para poder acalmar-se com alguns dos instrumentos que a própria construiu com as suas próprias mãos. A Rosada nadou em direção ao rochedo, subiu a grande pedra torceu as suas vestes molhadas tirando o excesso de água, escalou a parede de pedras molhadas, assim adentrando na gruta escondida recebendo de sua raposa um aninhar nas suas pernas, a índia pegou no pequeno animal ao colo abraçando-o com força.

- Ainda a bem que te tenho a ti, Kurama... - falou olhando meigamente para o animal laranja, colocando-a em seguida no chão, Kurama seguiu para perto de um baú feito de tábuas e amarrado com vimes para que os objetos ali guardados não perdessem. Sakura caminhou para perto da caixa de madeira abrindo-a de seguida tirando da mesma uma outra flauta de pan composto por uma fila dupla de canas de bambu sentou-se na posição de lótus, aninhando sua amiga selvagem entre as suas pernas observando e preparando para escutar o que Sakura iria tocar, a rosada inspirou uma boa quantidade de ar para dentro de seus pulmões, fechou os seus olhos começando a assoprar para dentro dos tubos formando já uma melodia melancólica.

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Nos sete mares uma tripulação lutava contra uma enorme tempestade que Neptuno enviara para provar se os marinheiros eram verdadeiramente aptos por desafiar tais águas perigosas e desconhecidas, Madara permanecia dentro de sua cabine e ignorando o tempo e não prestando ajuda para a tripulação no convés, enquanto a tripulação batalhava lá fora contra a chuva, ventos e a ira do mar. Sasuke comandava a tripulação para organizar os materiais do barco entre as cortinas de água, os marinheiros atrapalhados não conseguiam ouvir o Capitão quando o vento assoprou com mais força a vela do mastro maior bate em um dos marinheiros e atira-o para fora de bordo caindo na água fria do mar. Sasuke ao ver que um dos marinheiros saiu fora do barco, chamou os outros camaradas para vir ajudá-lo, o Uchiha amarrou uma corda na sua cintura e os marinheiros pegaram na outra ponta para servir a força para puxar o corpo do homem novamente para a bordo. Sasuke atirou-se mergulhando na água gélida do mar tentou procurar debaixo de água, mas a escuridão da noite impedia ver na neblina bassa da água, reemergiu das água puxando o ar para os seus pulmões quando ouviu na direção direita um grito de socorro.

- Naruto! - gritou Sasuke para o loiro que havia arremessado para fora do barco indo nadando em direção ao súplico de ajuda.

- Ajudem-me! - gritou mais uma vez o marinheiro, perdendo suas forças, o mesmo fechou os seus olhos e quando pensou que seria o seu fim sentiu uns braços arrodiar o seu corpo elevando o corpo do homem para cima para que não se afogasse.

- Puxa! - gritou Sasuke, e a corda começou a ser puxada para cima, Sasuke agarrou bem na cintura do loiro e ambos os marinheiros subiram para o barco, quando os dois homens já se encontravam a bordo Sasuke largou o corpo do Uzumaki o loiro caiu no chão cansado do seu nado sobre as ondas violentas, colocou sua mão por cima do ombro de Sasuke com um sorriso nos seus lábios.

- Obrigado Sasuke - agradeceu tirando do Capitão um sorriso pelo seu ato, quando de repente a voz máscula de Madara ecoou.

- Vocês que mexam com essas mãos, o barco precisa de vocês para enfrentar essa tempestade! - ordenou o Uchiha - Capitão Sasuke, ainda bem que conseguiu salvar um dos nossos marinheiros. Agora põe eles a trabalhar! - gritou entrando novamente para dentro da sua cabide.

- Que belo discurso Comandante - ironizou um dos tripulantes do navio revirando os seus olhos fazendo Sasuke suspirar pesadamente. O Comandante encontrava-se no seu camarote, o mesmo mexia em papeladas que se encontrava na secretária, Madara desvia as cartas náuticas revelando um mapa com um enorme X assinalado, o mesmo sorriu esfregando as suas próprias mãos, e em seus lábios encontrava-se um sorriso vitorioso.

- Vemo-nos em breve, Hashirama... - disse gargalhando no fim da frase.

A Princesa dos ÍndiosOnde histórias criam vida. Descubra agora