Capítulo 4

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Sakura caminhava tristemente por entre a floresta, seus pensamentos estavam longe, e não queria casar ainda, sua raposa estava ao lado dela com o seu focinho baixo partilhando a mesma tristeza que a índia sentia. A rosada entrou na aldeia, a fogueira já estava acesa, o fogo estava alto transmitindo a beleza das suas chamas dançantes somente à noite, os seus olhos esmeraldinos percorreu pela aldeia, todos estavam felizes, os jovens casais índios encontravam-se atarefados também, visto que aquela era a altura em que os jovens iria proclamar o amor entre eles para toda a tribo e todos aguardavam aquele momento. Momento de folia para os índios eram momentos que eles aproveitavam muito, rezava para os deuses agradecendo seu dia e pela sua comida. Os músicos estava nos tambores batendo levemente para que o ambiente ficasse mais animado. Sakura olhou ao seu redor à procura de sua mãe, e não levando muito tempo, viu Mito e Hashirama na sua cabana, ambos a conversar, o semblante do Cacique era duro, a face da Xamã era de preocupação, a índia sabia que algo não estava certo, em suas memórias da noite vem sempre um naufrágio, misturado com memórias e fantasias, viu Hashirama se afastar de Mito e notou que Mito lhe chamava com a mão a mesma caminhou para perto dela, e com um sorriso meigo abraçou sua mãe:

- Querida temos que te preparar as tuas vestes... - falou Mito guiando Sakura para dentro da cabana, dentro da mesma encontrava as amigas de Sakura à espera dela todas com um sorriso na sua face, a única que não transmitia qualquer alegria era a própria Sakura, a índia sentou-se no centro, despiu sua roupa feita de peles de animais, vestiu outra roupa coberta de uma pele de animal branco macio, alguns detalhes de penas acastanhadas, na cintura fazia um cinto detalhado com pedras vulcânicas realçava a cintura definidas da rosada, em seus braços as índias tatuava desenhos típicos da sua tribo, em seu rosto a maquilhagem e símbolos característicos da tribo, seu losango esverdeado foi apagado ficando a testa da jovem índia limpa pronta para receber o losango azulado, as índias começaram a trançar o cabelo de Sakura, colocando missangas acompanhadas de penas acastanhadas, pretas e brancas enroladas com corda de couro, Mito apareceu com um sorriso em sua face e em suas mãos estava um adorno de penas azuis, detalhada com miçancas coloridas e com pedras vulcânicas, aproximou de Sakura colocou o adorno de penas na cabeça da rosada, elevou o rosto baixo de sua filha e sorriu - Estás linda, Sakura! - elogiou a mulher do Chefe da Tribo sua filha, Sakura sorriu quase que um sorriso impercetível, se levantou virou o seu rosto para a porta da cabana, e caminhou lentamente, sua Kurama mexia com o rabo para os lados olhando para sua dona em forma de elogiar Sakura o quão bonita ela estava nos trajes para ficar noiva de Sasori.

Sakura saiu da cabana, os índios festejaram ao ver Sakura, a índia andou para um trono que ficava ao lado direito de seu pai e sua mãe se sentou ao lado esquerdo, ficando Sakura no centro de seus pais, os tronos quase ficava no centro da festa, foi então que o ritual do noivado começou.

Os índios homens foram buscar num canto da festa canas de bambu grossas, todos encontravam vestidos iguais, em sua cabeça estava um adorno de penas alaranjadas, na sua cintura era cobrido por folhas de bananeira largas que fazia uma espécie de saia e amarrado com um cordel feitos de dentes de tigres, em volta de seus ombros estava cadarços que dava a curva na outra axila, em seus pescoços cordões com pedras preciosas, e em seus tornozelos e pulsos pequenas pulseiras com guizos para que ao se moveram com os braços e as pernas os guizos fizessem o som para acompanhar a melodia dos batucos que os tambores e as canas faziam no chão.

Os índios fizeram uma fileira ficando um ao lado do outro, e com as canas ele começaram a fazer batucos no chão, as suas pulseiras chocalhavam e cantarolavam canções antigas, as índias noivas ficavam em frente aos índios igualmente por fileira ao lado uma das outras e à sua frente os seus respetivos noivos. Os homens batiam as canas no chão e dançavam para um lado e para o outro, sempre cantarolando, as mulheres apenas batia com os seus pés e balançava os seus corpos para um lado e para o outro sem sair do mesmo sitio. Os homens contornaram as mulheres à volta sempre com as danças típicas de tribos. Sakura olhavam para os casais, seu olhar estava demasiado sério, não demonstrava nenhum tipo de feição de sentimentos, Mito ao seu lado notou que a mesma podia demonstrar que estava tudo bem, mas a Xamã sabia que em seu coração habitava a angustia e tristeza, colocando sua mão por cima da mão de sua filha chamando a atenção de Sakura.

- Querida, o homem e a mulher foram feitos um para o outro, é como o céu e a terra, sol e lua, som e silêncio como dormir e acordar, um só um não ajuda, são como um só juntos, em casal que além do amor cultiva a amizade no relacionamento terá com certeza um casamento mais duradouro e feliz, Sakura... - falou a xamã carinhosamente para a rosada, Sakura sorri carinhosamente para sua mãe, mas seu semblante entristeceu soltando um longo suspiro, naquele momento os casais havia acabado de dançar, e os tambores começaram a tocar outro tipo de batimentos, Sakura olhou para seu pai, e o mesmo encontrava-se com um sorriso em seus lábios, a rosada olha para a sua frente para a figura masculina que vestida de forma diferente dos outros, Sasori estava todo pintado com tintas vermelhas e azuis com desenhos típicos pelo seu corpo, em sua cabeça um adorno azul parecido a de Sakura, mas o de Sasori acabava em seus ombros, em seu pescoço um cordel de couro entrelaçado contornava a sua garganta, pendurado estava um colar com um círculo e dentro da circunferência havia desenhado o Sol e a Lua todos eles ricamente detalhado com pedras vulcânicas e com missangas de cores ricamente claras, e o Sol e a Lua representava o amor e o casamento, seus braços encontrava-se entrelaçados com cordel e tanto com os seus pulsos e tornozelos havia os guizos para chacoalhar para que os sons se harmonizassem com os batucos dos tambores, em sua cintura era coberta por uma "saia" de pele de tigre e rodeada com os dentes do animal. 

Sasori dançava para Sakura quando o índio foi buscar ela, Sakura olhou para a mão de Sasori depois olhou de relance para a multidão de índios respirou fundo e deu a sua mão ao homem à sua frente, levantou-se desceu alguns degraus e colocou o seu braço por baixo dos braços do homem visto que era mais baixa que Sasori e já ensaiada desde pequena aquela coreografia, Sakura já sabia a dança de cor que iria ter com Sasori, foi então que eles começaram a sincronizar os passos da dança, para toda a multidão ver. Depois da sua dança Sasori e Sakura pararam diante do Cacique, a índia rosa ficou de frente a Sasori e de seu pai, ajoelhou-se elevando as suas mãos para a frente juntando formando uma concha com as mãos, o Chefe da Tribo se levantou olhou para a sua esposa e a mesma dá-lhe uma pequena tigela com água e com pano molhou na água, o Cacique olhou para a sua filha e sorriu.

- Sakura, levanta a cabeça. - ordenou Hashirama, Sakura elevou o seu rosto, seu olhar esmeraldino estava entristecido, mas mesmo assim Sakura fez a vontade de seu pai, era isso que estava destinado, casar-se com Sasori e chefiar sua tribo como xamã, a rosada já havia aprendido muita coisa com sua mãe, para esse seu futuro. Hashirama limpou o losango esverdeado na testa de Sakura, e com um pó azul que Mito tinha o Cacique molhou o seu dedo anelar na água passando pelo pó azulado e desenhando um novo losango na testa de Sakura marcando ali o noivado de Sakura com Sasori - Eu Hashirama, quero mostrar aos deuses, esse noivado e para todos aqui presentes, declaro-te Sakura, minha filha como noiva de Sasori. E daqui a 60 pôr-de-sois, será a vossa celebração da união. - anunciou Hashirama fazendo todos os índios celebrar aquela união, Sakura se levantou virou o seu corpo ficando de frente para Sasori, o mesmo se levanta e com um sorriso em seus lábios, aproxima-se mais um pouco de Sakura elevando as mãos da índia para os seus lábios depositando um beijo em cada mão.

- Irei fazer-te a mulher mais feliz de todos os tempos, Sakura. - declarou-se Sasori para Sakura, a mesma sorriu fraco para o homem, e naquele momento Kurama correu em direção de Sakura rodeando a índia, a rosada pega no animal para o seu colo, acariciando a pelagem alaranjada da raposa. A festa do noivado de Sakura e de Sasori prosseguiu com muitas danças, cantorias e música, todos os índios estavam felizes pelo aquele momento.

- Eu queria que isso tudo fosse mentira, Kurama - falou Sakura na sua língua materna, para que nenhum indígena ali presente percebesse o que ela havia falado, mas Mito estava ali perto e percebeu o que a rosada havia dito, afinal muitas vezes Mito e Hashirama falava com Sakura na sua língua materna para que a miúda não perdesse a sua antiga fala, e nisso Mito estreitou o seu olhar mirando a sua amada filha.

A Princesa dos ÍndiosOnde histórias criam vida. Descubra agora