Conversa Definitiva

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Sem saber muito o que fazer e com medo, Catleia foi correndo para o quarto de Judy, porém a porta estava trancada, ela bate na porta, mas ninguém responde.

- Judy, abra a porta por favor.

- Não quero ver ninguém, me deixe um pouco sozinha por favor. Catleia não insistiu, pensou no que tinha acontecido mais cedo, escutou três batidas na porta principal,  a garota foi até uma pequena mesinha, tirou de lá um pedaço de papel e uma caneta, escreveu algumas coisas e deixou encima da mesinha que ficava perto do quarto de Judy, ela foi até a janela da sala e viu que seu pai estava tentando abrir a porta principal com uma ferramenta, sem fazer barulho ela vai até a cozinha, destranca a porta  e sai correndo pela floresta a dentro sem o senhor Pilson perceber. O homem consegue entrar na casa, entra em silêncio, passa pela cozinha e sobe as escadas, no momento em que está passando pelo quarto de Judy ela abre a porta e sai pra fora do quarto se esbarrando no homem, o que a deixa assutada, antes que ela reagisse ele segura ela tampando sua boca, coloca ela dentro do quarto, pega o telefone que ficava no criado mudo ao lado da cama e o joga pela janela para que Judy não pudesse ligar para ninguém, ele tira a chave da porta e empurra a menina a fazendo cair e machucar seu braço na mesinha de estudos, ele sai do quarto trancando a porta por fora. O homem caminhou até o próximo quarto, abriu a porta devagar e viu Roberta  dormindo na cama cheirando uma blusa de Ed,  o homem sentiu uma raiva tomar seu corpo, ele entrou no quarto e puxou a mulher pelos cabelos a fazendo acordar.

- O que faz aqui? Como conseguiu entrar?

- Vamos embora para onde é o nosso lugar!. Ele sai levando ela pelos cabelos, a coloca dentro do carro e a leva para casa. Judy ficou em sua cama colocando um pano para parar o sangramento em seu braço, não tinha muito o que fazer, já que Amélia tinha ido com seu pai para o hospital ficar com Lorraine.

Mais tarde, por volta das 21:00 da noite, Ed retorna para casa, deixou Amélia no hospital para passar a noite caso Lou acordasse.
Ed sentiu  seu corpo cansado, quase sem esperanças que Lorraine despertasse do coma, cada vez mais os médicos lhe deixavam sem esperanças. Ele estaciona o carro e estranha as luzes estarem apagadas, ele se aproxima da casa e tira a chave do bolso mas ao colocar a chave na trincadura ele percebeu que não estava trancada, sentiu seu coração acelerar logo pensou em Judy, entrou na casa e tudo estava escuro, ele corre até o quarto da filha e tentou abrir a porta.

- Judy? Esta Aí?

- Papai me ajuda, me tira daqui- Ela falou de dentro do quarto. Ele tentou abrir a porta mas estava trancada, corre até a cozinha e procura por alguma chave reserva, pegou a chave e voltou para o quarto abrindo a porta e entrando, a menina estava na cama com os olhos vermelhos de chorar, ele sentou na cama e a garota o abraçou.

- Papai, fiquei com tanto medo.

- O que aconteceu minha filha? E Catleia, Roberta, onde estão? O que é isso em seu braço?
Ele viu o pano sujo de sangue no chão.

- O pai de Catleia conseguiu entrar aqui.

- O que? Meu Deus, o que ele fez?

- Eu estava aqui no quarto, daí eu abrir a porta e dei de cara com ele, ele tampou minha boca, jogou o telefone pela janela e me empurrou aí eu cair me machucando na mesinha. Ele levantou e fechou o punho, voltou a sentar na cama.

- Vou cuidar de seu ferimento- ele segura no rosto de Judy- Me desculpa por não te proteger desse maluco.

- Você não tem culpa de nada papai, você estava com a mamãe, como ela está?

- Na mesma, mas onde está Roberta e Catleia?

- Não sei, mais cedo eu tive uma discussão com elas, daí eu me tranquei aqui, Catleia até pediu que eu abrisse a porta mas eu não abri, depois quando eu abri a porta foi quando dei de cara com o pai dela, e desde a tarde que estou aqui trancada.

- Se eu ver esse homem na minha frente eu juro que não sei se vou ser tão sensato, eu preciso ir atrás dele, agora todos estão correndo perigo, com certeza ele levou Catleia e Roberta.

- Papai, eu estou com muita fome.

- Verdade minha filha, tome um banho que irei fazer algo rápido para você comer, para nós dois comer por que também estou com fome. Ele sai para a cozinha, Judy levanta e vai para o banheiro tomar banho. Ao terminar a garota põe seu roupão, sai do quarto fechando a porta, e ainda no corredor ela olha para a mesinha que tinha ali perto e ver um papel com uma caneta, ela pega e começa a ler.

"Judy, espero que fique bem, nunca irei esquecer de você, desculpa por todo esse transtorno que você e sua família passaram por causa da minha família, não sei qual será o meu destino daqui para frente, mas não posso mais ficar perto de você, não posso permitir que você corra risco de vida, obrigada por tudo.... Catleia"
As letras estavam quase rabiscada, como se ela tivesse escrito com pressa. Ela desceu até a cozinha onde Ed tinha acabado de terminar um lanche.

- Papai, Catleia deixou esse bilhete encima da mesinha perto do meu quarto. Ele leu a carta.

- Então existe a possibilidade de Catleia não ter ido com o pai?
Judy perguntou sentado na cadeira e pegando seu lanche.

- Sim, mas como ela sairia sem que ele tivesse visto? A porta principal estava destrancada.
Ele olhou para a porta da cozinha, foi até ela e abriu, certificando que estava destrancada, trancou-a de volta.

- Possivelmente Catleia viu o pai na porta principal e fugiu pela cozinha.

- Papai, a polícia poderia prender ele?

- Acredito que não minha filha, não há provas que diga que ele é culpado pelo sumiço da Catleia, só se Roberta revelar as agressões que sofreu.

- Mas o medo que ela tem dele ela não consegue falar a verdade. Ed sentou e respirou fundo, pegou seu sanduíche e começou a comer, ele olhou o ferimento no braço de Judy, lembrou que Lorraine está em uma cama de hospital devido ter ido investigar mais um caso, e tudo por causa da casa dos senhores Pilsons.

- Irei organizar tudo para irmos embora, eu não sei o que há naquela casa, mas que isso está afetando nossa família está, era para ser apenas suas férias, mas acabou se tornando um pesadelo, irei na casa por uma última vez conversar com eles...

- Papai, toma cuidado por favor.

- Não se preocupe, irei levar você amanhã pela manhã para o hospital, e vou contratar um segurança para ficar na porta enquanto vou tentar resolver esse assunto. Os dois terminam o lanche e vão para os quartos dormirem. No dia seguinte, Ed e Judy se arrumam, fazem o café da manhã e juntos vão para o hospital. Judy entra no quarto em que sua mãe estava,  ela acaricia o rosto se Lou e começa a chorar, por vê-la entubada. Amélia estava no quarto também, Ed se aproxima dela

- Alguma evolução?

- Não, nada.

- Deixei um segurança aqui fora do quarto, irei resolver um assunto muito importante. Ele sai do quarto, entra no carro e segue em sentindo para a casa dos Pilsons.

Não Solta A Minha MãoOnde histórias criam vida. Descubra agora