- O que vocês querem aqui? Porque ainda estão aqui?- o homem falando com uma voz grave enrolando as palavras.
- Já estamos indo embora senhor Pilson, apenas vimos aqui fazer uma visita a sua família- Ed fala levantando e colocando as mãos nos bolsos da calça.
- Minha família não precisa de visita, ainda mais de desconhecidos, saiam daqui- O homem fala parecendo está com raiva da presença deles, Lorraine pega na mão de Judy, Ed pega na mão de sua amada, e saem da casa, os três entram no carro, já tinha parado de chover.
- Ed, estou com um mal pressentimento, o semblante daquele homem não estava bem.
- Querida, mas não podemos ficar aqui, você viu que ele nos expulsou- Ele fala já colocando a chave no iguinição do carro, mas o mesmo não pegava.
- O que houve?
- O carro não quer pegar, vou ver se é algo- ele sai do carro e abre o capô do carro e da uma revisada, mas não ver nada de anormal, ele escuta um barulho vindo de dentro da casa e olha para lá mais precisamente para a cozinha onde tinha uma janela de vidro e dava para ver seu interior, os senhores Pilson estavam brigando.
Na casa o clima não era nem um pouco agradável, Catleia estava em seu quarto, com os ouvidos tampados tentando não ouvir a briga de seus pais, na cozinha os dois brigavam, por causa da visita dos Warren's. O homem que estava com uma camisa xadrez e sua barba mal feita começou a falar palavras feias para a mulher, a raiva o dominou e ele deu-lhe um tapa no rosto, e com sua mão esquerda segurou os cabelos da mulher fazendo levantar seu pescoço, e com a mão direita segurou em seu pescoço deixando a mulher roxa já quase sem ar. Roberta já estava quase perdendo a consciência quando, ainda com a vista embassada, viu o vulto de Ed entrando na cozinha. O Warren puxou aquele homem ao chão deixando ele imobilizado. Lorraine entra na cozinha segurando Roberta que já estava no chão quase que sem forças, tossindo para tentar recuperar seu fôlego, Lorraine pega um copo d'água e a entrega.- Ouça, saia daqui antes que eu chame a polícia- Ed fala ficando em pé, o homem levanta rápido e corre para fora da casa, pega seu carro e sai.
- Você não pode ficar aqui Roberta, venha conosco pra nossa casa- disse Lorraine ajudando-a levantar do chão.
- Obrigada, mas não posso ir, não posso sair dessa casa, se amanhã quando meu esposo chegar e eu não tiver aqui, ele me procura onde for e me mata.
- Você não pode viver em um relacionamento assim, nenhuma mulher merece ser maltratada, pelo contrário, vocês só merecem amor e carinho- Ed diz se abaixando perto dela.
- Eu seria tão feliz se meu marido fosse como você- Senhora Pilson diz, e ele olha para Lorraine.
- Bom, já que não quer vim com a gente, pelo menos tranque todas as portas, espere- Lorraine levanta e vai até a pequena sala, pega um pedaço de papel e um caneta que ficava na mesinha do telefone e volta para cozinha anotando- Aqui o número da casa de onde estamos, nos ligue se precisar de ajuda.
- Claro, ligarei sim- A mulher fala observando o pequeno pedaço de papel. O casal saem da casa, entram no carro, e como uma mágica o carro pega na primeira tentativa de Ed, ele dá a partida e vão embora. Foram o caminho em silêncio, Lorraine olhava pela floresta, com um olhar perdido em meio aquelas matas. Chegam na casa de campo, Judy vai direto pro quarto, Ed tranca a porta principal e deixa seu casaco no hall de entrada, e vai direto ao banheiro tomar uma ducha. Lorraine vai até o quarto, tira sua roupa e coloca sua camisola rosa, a preferida de Ed, senta em sua cadeira em frente ao espelho, e começa a tirar suas jóias, ela gostava de usar brincos e cordões, por mais simples que fossem, alguns. Ela escuta o barulho da água do chuveiro derramar sobre o chão, e as palavras da senhora Pilson ecoavam em sua mente "Se meu esposo fosse como você eu seria feliz" ela sentiu uma pontada de ciúme, mas logo afastou esses pensamentos, em mais de 15 anos de casamento, seu amado sempre a respeitou, mas também nunca ouvira isso de alguém. Sem perceber ela sente uma mão pesada em seu ombro, ela levanta sua vista e olha no espelho, era seu esposo que já estava de roupão pronto para dormir.
- Não vi você sair do banho- Ela fala fechando sua gavetinha de jóias
- Desde que voltamos daquela casa você está com pensamentos distantes.
- Não é nada, vamos dormir, estou cansada. Ela da um leve sorriso, e acaricia o rosto do marido que retribui com um selinho, ambos deitam na cama e cada um desligam seu abajur.
- Sabe Ed, eu sinto que tem algo naquela casa.
- Algo sobrenatural?
- Não sei, talvez sim, mas não estou conseguindo descobrir, parece que está se escondendo, esperando o momento certo para atacar.
- Bom então precisamos fazer algo, eu só queria curtir as férias com a nossa família, mas parece que o nosso trabalho não nos larga. Sorriram um para o outro, e os dois adormecem.
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Não Solta A Minha Mão
FanfictionE se após vários anos trabalhando em casos, os Warren's sentirem a imensa vontade de tirar férias, e na intenção de descansar eles terão que enfrentar algo jamais visto por eles? Decisões terá que ser tomada, acontecimentos que podem abalar psicolog...